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Oficina avalia peixes da família Rivulidae
Publicado em
23/05/2019 12h40
Atualizado em
23/05/2019 18h24
Espécie endêmica é ameaçada pela destruição de seu habitat, geralmente, poças de água temporárias.
Espécie Hypsolebias fulminantis. (Foto Wilson J.E.M. Costa)
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveu a IV Oficina de Avaliação do Estado de Conservação de Peixes Continentais do 2°Ciclo – família Rivulidae, entre os dias 6 a 10 de maio, em Pirassununga (SP). A família Rivulidae são pequenos peixes altamente endêmicos (várias espécies têm registro em apenas uma ou poucas localidades) e ameaçados pela destruição de seus habitats, geralmente, poças temporárias de água que surgem apenas no período das chuvas.
Segundo os pesquisadores, os Rivulideos que habitam as poças de água têm ciclo de vida anual. Eles nascem no início do período chuvoso, quando as poças começam a se formar, crescem e se reproduzem rapidamente, e morrem quando a poça começa a desaparecer, no início do período seco. Os ovos deixados no substrato garantem que o ciclo recomece no ano seguinte. Por esse ciclo associado ao período das chuvas, são popularmente chamados de “peixes de nuvem”. No entanto, há espécies que vivem em riachos permanentes, apresentando ciclo de vida mais longo.
A oficina teve como objetivo dar sequência ao segundo ciclo de avaliação dos peixes continentais, com previsão de ser concluído em 2020. O próximo encontro de avaliação de peixes continentais será realizado no mês de outubro. A oficina contou com a presença de 12 especialistas, representantes de instituições de pesquisa como UFRGS, UFRJ e INPA. Durante o evento, foram reavaliadas as espécies de Rivulidae do primeiro ciclo e incluídas as espécies novas, descritas após 2014, ano final do ciclo anterior. Ao todo, 255 espécies de Rivulideos tiveram seu estado de conservação avaliado, das quais 96 foram categorizadas como Menos Preocupante (LC), 120 ficaram em alguma das três categorias de ameaça (CR, EN ou VU), 18 como Quase Ameaçadas (NT) e 17 como Dados Insuficientes (DD).
Ambas as oficinas foram realizadas com a parceria entre os dois Centros de Pesquisa (Cepam e Cepta) e contaram com a participação do Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado (CBC), responsável por coordenar o macroprocesso de avaliação das espécies da fauna brasileira.
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