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DO CERRADO:
BIODIVERSIDADE NEGLIGENCIADA
GISELDA DURIGAN
NATASHI A.L. PILON
GEISSIANNY B. ASSIS
FLAVIANA M. SOUZA
JOÃO B. BAITELLO
GISELDA DURIGAN
NATASHI A.L. PILON
GEISSIANNY B. ASSIS
FLAVIANA M. SOUZA
JOÃO B. BAITELLO
Ficha Técnica:
Autores
Giselda Durigan
Natashi A.L. Pilon
Geissianny B. Assis
Flaviana M. Souza
João B. Baitello
Imagem da Capa
Evolvulus pterocaulon - planta fotografada por Natashi A.L. Pilon no
Arboreto do Cerrado, na Floresta Estadual de Assis
Revisão de texto
Marlene Durigan
Projeto Gráfico
Vera Severo
Impressão
Rettec Artes Gráficas e Editora
Realização
Secretaria de Estado do Meio Ambiente
Av. Professor Frederico Hermann Jr. 345
São Paulo SP 05459 900
www.ambiente.sp.gov.br
INSTITUTO FLORESTAL
Diretor Geral Luis Alberto Bucci
4 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eduardo Trani
Secretário de Estado do Meio Ambiente
6 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Agradecimentos
Ao longo dos anos em que percorremos as áreas naturais fotografando, coletando e lutando
com todos os meios para identificar as plantas reunidas nesta obra, contamos com a ajuda
de um grande número de pessoas, entre as quais os botânicos que nos auxiliaram na desa-
fiadora tarefa de chegar ao nome correto de cada uma das espécies, a quem agradecemos
de modo especial: André Moreira, Ana Tozzi, Antônio Schmidt, Benoit F. P. Loeuille, Bruno
M. T. Walter, Carolina Siniscalchi, Cássia B. Munhoz, Cassiano Welker, Christopher Fagg,
Cintia Kameyama, Cláudia Bove, Fábio de Barros, Fátima R. G. Salimena, Fiorella Mazine,
Francisco F. de Miranda Santos, Geraldo A. D. C. Franco, Guilherme F. Ceolin, Gustavo Hei-
den, Hilda M. Longhi-Wagner, Inês Cordeiro, Ingrid Koch, James A. Ratter, João Semir, Jorge
Tamashiro, José Floriano Barêa Pastore, José F. Montenegro Valls, José Rubens Pirani, Lilian
Eggers, Luciano Bianchetti, Luis Carlos Bernacci, Marcelo F. Simon, Marcelo Monge, Marcos
Sobral, Maria Cândida H. Mamede, Maria Salete Marchioretto, Maurício Bonesso Sampaio,
Natália M. Ivanauskas, Osny T. Aguiar, Paulo C. Baleeiro, Paulo Minatel Gonella, Rafaela J.
Trad, Raquel A. Ronqui, Renata G. Udulutsch, Rosângela S. Bianchini, Tarciso Filgueiras,
Vinicius Castro Souza.
Na etapa de montagem do livro, contamos com a generosidade de colegas que cederam fotos
de sua autoria para melhor ilustrar as espécies, entre os quais agradecemos especialmente a
Alessandra T. Fidelis (Bulbostylis paradoxa), Antonio Carlos Galvão de Melo (Panicum campes-
tre), João de Deus Medeiros (Calolisianthus pedunculatus e Stachytarpheta gesnerioides), Jona-
than Ribeiro (Mimosa debilis), José Marcelo Pelloso Molina (Peixotoa tomentosa), Maria Ana
Farinaccio (Nautonia nummularia) e Paulo Minatel Gonella (Drosera sessilifolia). Contamos
também com a cuidadosa revisão gramatical de todos os textos pela Dra Marlene Durigan, a
quem agradecemos pela generosidade em realizar este minucioso trabalho.
Agradecemos ainda aos autores dos volumes já publicados da Flora de SP e Flora do DF, bem
como de diversos guias de identificação de plantas não arbóreas, além das inúmeras revisões de
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gêneros que tornaram possível o trabalho de identificação, pelos próprios autores, da maior parte
das espécies que compõem esta obra. Especial agradecimento aos criadores e mantenedores das
bases de dados SpeciesLink e Flora do Brasil, que, ao disponibilizarem dados e imagens das plan-
tas depositadas em coleções botânicas e a nomenclatura atualizada das espécies, contribuíram
imensamente para facilitar o trabalho de identificação.
Não podemos deixar de agradecer a duas profissionais que, dentro da Secretaria do Meio Am-
biente do Estado de São Paulo, tornaram realidade o nosso trabalho: Helena de Q. Carrascosa
von Glehn, que entendeu a importância da obra e viabilizou sua publicação, e Vera Severo, que
dedicou a sua arte na construção de cada página, preservando, no papel, a beleza que essas
plantas têm na natureza.
Agradecimentos
atrás de cada imagem que ilustra esta obra.
8 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
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Sumário
Apresentação • 10
Prefácio • 13
CERRADO: ecologia,
conservação, importância
e restauração • 17
Samambaias • 25
Angiospermas • 33
Bibliografia • 685
Glossário • 691
Índice Remissivo • 705
10 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apresentação
Estudando a vegetação nativa do bioma Cerrado há mais de trinta anos, fica fácil constatar
como ideias, preconceitos e conceitos incorretos trazidos de outras regiões do país e do mundo,
bem intencionados em sua ampla maioria, têm feito muito mal para a diversidade de espécies
vegetais que naturalmente aqui evoluiu e se estabeleceu. De maneira geral, nós, brasileiros, ine-
briados por nossas exuberantes florestas tropicais, relegamos a um plano secundário, ou mesmo
desprezamos, vegetações e floras das áreas não florestais do país, quer elas estejam no Cerrado,
na Caatinga, no Pantanal ou nos Pampas, e até mesmo imersas na própria Mata Atlântica e na
Amazônia. Áreas naturais abertas, que não são florestas em sua forma fisionômica, somavam
originalmente por volta de 40% do território do país.
A ocupação incauta e descuidada O bioma Cerrado, em particular, cuja maior parte da vegetação é aberta, tem sofrido
do cerrado tem produzido severas perdas em sua flora autóctone, especialmente depois que a capital do país foi
malefícios ambientais sem instalada na sua área nuclear, em 1960. Em pouco menos de sessenta anos, uma popu-
encontrar respaldo efetivo em lação humana crescente, incauta e descuidada irradiou-se a partir de Brasília e do Bra-
ações e políticas que preservem sil central, estimulada a ocupar áreas do Cerrado, produzindo malefícios ambientais
e assegurem sua indiscutível que têm sido alertados e destacados por vários estudiosos, mas sem encontrar respaldo
biodiversidade efetivo em ações e políticas que lhe preservem e assegurem a indiscutível biodiversida-
de. Conceitos incorretos e preconceitos têm dizimado populações de inúmeras espécies nativas
de plantas, colocando muitas delas em risco de extinção, quer por eliminação direta (para se
fazer agricultura em larga escala, por exemplo), quer por manejo inadequado, como acontece
com a eliminação de uso do fogo, um elemento que se encontra demonizado entre a população
leiga. Se o fogo geralmente é prejudicial para as florestas tropicais, o contrário se dá para a flora
de vegetações savânicas e campestres, que necessita dele para ter a chance de existir. E isso é
particularmente imperioso nas vegetações do Cerrado.
Com muita clareza, a pesquisa mostrou que esse bioma contém a savana mais rica do planeta.
Pelos atuais dados disponíveis, considerando o número de espécies vegetais conhecidas pela
ciência, o bioma Cerrado (com 12.707 espécies, na soma de angiospermas, gimnospermas, sa-
mambaias e licófitas) só possui flora menor que o bioma Mata Atlântica (com 16.464 espécies)
e a Amazônia (com 12.743 espécies). Diante desses números atuais, de fevereiro de 2017, é
mister destacar que, enquanto a Amazônia ocupa 4,19 milhões de km², ou 49% do território
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brasileiro, o Cerrado alcança 2,01 milhões de km², ou 24% do território. Portanto, em metade
daquela área, o Cerrado apresenta praticamente o mesmo número de plantas da Amazônia,
que é um foco de preocupação mundial e que está completamente associada à conservação da
biodiversidade, ou à necessidade de conservar o meio ambiente no Brasil e no mundo. Por que
o Cerrado não recebe tanta atenção? Por que ao Cerrado não se destina pequena parcela dessa
consideração? Por que ao Cerrado foi ungida a função de “carregar o piano” – que por quase
cinco séculos coube à riquíssima Mata Atlântica –, para salvaguardar outros ecossistemas brasi-
leiros? Seria por desconhecimento dos bens e serviços ambientais que ele comporta e realiza?
Seria por desconhecimento, fora do meio acadêmico, de sua incrível riqueza florística? A causa
seria a recente constatação, também ainda restrita ao meio acadêmico, de O Cerrado é rico em flora e, por
uma certa “tirania das árvores”, frente a outras formas de vida? As respostas vínculo direto, rico em vegetações;
não são completamente fáceis ou únicas, mas o olhar e a sensibilização – é responsável direto pela propalada
pelo menos a que cabe aos brasileiros – precisa de urgente mudança em seu fartura hídrica nacional, mas, se
foco. O Cerrado é rico em flora e, por vínculo direto, rico em vegetações; é faltarem a vegetação e sua flora,
responsável direto pela propalada fartura hídrica nacional, mas, se faltarem esse recurso ficará seriamente
a vegetação e sua flora, esse recurso ficará seriamente comprometido e até comprometido e até mesmo ameaçado
mesmo ameaçado. Os recursos ambientais solo e água – água de qualidade para consumo direto
pelas populações humanas e suas atividades essenciais – dependem fortemente de um cuidado
muito maior que precisamos começar a ter e a empreender com o bioma Cerrado e suas plantas.
Em tempo: as árvores não são tiranas, assim como não o são outras formas de vida ou espécies
utilizadas pelo ser humano. O uso inadequado e arrogante que fazemos de algumas delas, e a
ignorância, estes são os verdadeiros tiranos.
"Plantas pequenas do Cerrado" é um livro absolutamente oportuno e necessário por trazer luz ao
grupo mais diverso, pouco estudado e – aproveitando o título – mais negligenciado do bioma.
Mais uma vez reportando aos atuais dados disponíveis, para cada espécie de árvore do bioma
(que somam 1.842 espécies) existem pelo menos seis espécies de plantas que são arbustos, su-
barbustos, ervas e lianas (ou 10.865 espécies): uma proporção de 1:6. Essa diversidade tem sido
negligenciada não por desconhecimento dos estudiosos quanto à sua existência e relevância,
mas certamente pelas dificuldades de estudar número tão expressivo de plantas e os obstáculos
12 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Por conceitos e manejo inadequados, inerentes à identificação de tantos táxons. Não é uma tarefa trivial! Ecossistemas
por preconceitos e por talvez tropicais são complexos e megadiversos, e o Cerrado é um expoente desamparado
imaginar que o mundo deveria ser disso. Sua diversidade vegetal tem lhe possibilitado resiliência, um termo ecoló-
uma floresta, as plantas pequenas do gico que exprime a capacidade de retornar ao estado original, após o ambiente
Cerrado estão ameaçadíssimas ter sido submetido a perturbação. O problema é que, por conceitos e manejo
inadequados, por preconceitos e por talvez imaginar que o mundo deveria ser uma floresta, as
plantas pequenas do Cerrado estão ameaçadíssimas – e estamos a “gastar resiliência acumulada”
ao longo de milênios. Plantas gostam e necessitam de luz solar, e a sombra das árvores limita a
presença de inúmeras espécies, aqui ditas “pequenas”.
Foi com gratidão e até uma dose de alívio que recebi o convite para apresentar este livro. Gratidão
por poder comentar um trabalho de profissionais tão qualificados, reconhecidos e atuantes no
estudo do Cerrado. Alívio pela constatação de que “as pequenas” começam a sair da obscuridade,
para finalmente ocuparem algum destaque “na vitrine”. Estou seguro de que este importante livro
não deverá faltar nas bibliotecas dos profissionais, estudantes, restauradores, ambientalistas e da-
queles que “se ligam”, estudam e desvendam os mistérios do Cerrado.
Prefácio
Em todo o mundo, as florestas tropicais despertaram a atenção de cientistas, conservacionistas
e da sociedade como um todo muito antes das savanas e de outros tipos de vegetação não flo-
restal. Assim, os movimentos em busca da conservação começaram pelas florestas. Uma das
explicações plausíveis para este viés está no fato de que, em todo o mundo, terras florestais
foram as primeiras a serem convertidas para a agricultura, enquanto campos e savanas conti-
nuavam sendo utilizados para pastoreio e extrativismo, uma vez que os solos com restrições e a
longa estação seca colocavam essas terras na condição de marginais para o cultivo. Na savana
brasileira – o Cerrado –, as barreiras tecnológicas foram vencidas nas últimas décadas, levando a
taxas alarmantes de conversão (Sano et al. 2009, Strassburg et al. 2017) e igualmente alarmantes
perdas de biodiversidade que colocaram o bioma entre os hotspots globais para a conservação
da natureza (Myers et al. 2000).
Além de não serem valorizados, os ecossistemas não florestais são geralmente mal compreendi-
dos em sua forma e funcionamento e, até hoje, há quem acredite que savanas e campos tropicais
são resultado da ação humana queimando florestas. No entanto, a ciência já demonstrou que
esses ecossistemas são não só adaptados, mas dependentes do fogo e que já existiam há cerca de
dez milhões de anos, quando surgiram no planeta as gramíneas C4. Muito antes, portanto, que
o homem começasse a queimar florestas (Simon et al. 2009, Simon & Pennington 2012). Feliz-
mente, ainda que aos poucos, as savanas e campos tropicais vêm ganhando reconhecimento em
escala global, à medida que são conhecidos e compreendidos (Parr et al. 2014, Veldman et al.
2015). É sabido que as pessoas em geral só valorizam aquilo que conhecem – e foram os estudos
ecológicos e os inventários de biodiversidade que trouxeram dignidade às savanas.
Todavia, o olhar dos cientistas e conservacionistas não tem sido enviesado somente na escala de
biomas, mas também quanto ao porte dos seres vivos dentro da biota que os compõe. Entre os
animais ou entre as plantas, os maiores sempre receberam maior atenção e são, portanto, mais
conhecidos, mesmo sendo minoria. No Cerrado como um todo, entre as espécies já conhecidas
de plantas, apenas uma em cada seis tem porte arbóreo (Mendonça et al. 2008). As outras cinco
espécies são ervas, gramíneas, arbustos, subarbustos e outras plantas pequenas, que são pratica-
mente desconhecidas, uma vez que muito raramente são incluídas nos estudos que caracterizam
14 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Esta obra traz imagens e descrições botânicas simplificadas de plantas pequenas do Cerrado.
Nosso objetivo maior foi dar visibilidade a esta biodiversidade negligenciada e, especialmente,
tornar possível a identificação dessas plantas em campo, fora de seus períodos reprodutivos,
que é essencial para estudos ecológicos e para ações de manejo conservacionista. Considera-
mos "pequenas", na preparação desta obra, as espécies que podem atingir o estágio de adulto
reprodutivo com altura inferior a 2 m, de modo que foram incluídas ervas (graminoides e não
graminoides), subarbustos, arbustos, trepadeiras, palmeiras e até espécies que apresentam hábito
variável, podendo ser desde subarbustos até árvores, como Licania humilis, Eugenia dysentherica
e Eugenia suberosa, entre outras. Para cada espécie, procuramos apresentar, além da sua identi-
ficação atual, uma breve descrição, os ambientes em que ocorre, as denominações latinas mais
conhecidas que a espécie já recebeu (sinônimos) e seus nomes populares. O desconhecimento
das plantas pequenas fica evidente quando, para a maioria das espécies, não conseguimos obter
nem ao menos um nome popular ou quando verificamos, em muitos casos, que diversas espé-
cies do mesmo gênero recebem a mesma denominação, numa clara indicação de que as pes-
soas não percebem as diferenças entre elas. Há, porém, duas circunstâncias em que uma dessas
espécies de plantas pequenas pode receber diversas denominações populares: quando a planta
tem uso conhecido (medicinal ou alimentício) ou quando ocorre também em áreas cultivadas ou
pastagens, sendo tratada como planta daninha.
As espécies que compõem este livro, com raras exceções, foram fotografadas no estado de São
Paulo, embora, em sua grande maioria, ocorram em outras regiões do Brasil. Muitas dessas
espécies não tinham registros em coleções nas últimas décadas e algumas estão incluídas na
categoria de presumivelmente extintas no estado de São Paulo (e.g., Byttneria oblongata). Outras
espécies aqui apresentadas nem sequer haviam sido registradas no Estado (e.g., Medusantha
molissima, Piriqueta viscosa).
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Em sua grande maioria, as imagens foram obtidas em três unidades de conservação – Parque
Estadual do Juquery e Estações Ecológicas de Itirapina e Santa Bárbara –, as únicas que ainda
preservam amostras significativas e bem conservadas de fisionomias campestres do Cerrado
no Estado de São Paulo. No entanto, essas preciosidades – fisionomias campestres e plantas
pequenas do Cerrado – encontram-se seriamente ameaçadas por dois fatores causadores de
perda de diversidade em savanas: a política de supressão do fogo e as invasões biológicas. Sa-
vanas são ecossistemas mantidos pelo fogo e muitas das espécies apresentadas nesta obra foram
observadas com flores ou frutos exclusivamente em áreas queimadas (e.g. Arthropogon villosus,
Bulbostylis paradoxa, Eryochrisis holcoides, Paspalum carinatum, Paspalum pectinatum, Pfaffia
jubata, Sporobolus cubensis), além de que a maioria das espécies tem os processos reprodutivos
intensificados pelo fogo. Sem a passagem do fogo, espécies arbóreas do Cerrado crescem e se
adensam e espécies florestais da vizinhança colonizam rapidamente as fisionomias abertas,
com frequência transformando campos e savanas em florestas (Durigan e Ratter 2006), proces-
so que vem sendo observado em diferentes regiões do mundo (Stevens et al. 2016). Com essa
transformação, todas as plantas pequenas que dependem de luz solar direta (mais de 95% das
espécies apresentadas nesta obra) desaparecem do ecossistema, o que significa extinção local
de boa parte da flora endêmica do Cerrado. Esse processo geralmente só é percebido quando a
espécie desaparecida faz parte da cultura regional, como é o caso da gabiroba (Campomanesia
adamantium), que não sobrevive quando o cerrado aberto e ensolarado se transforma no denso
cerradão e, outrora muito comum, já se tornou espécie rara em SP. No sub-bosque do cerradão,
as únicas plantas pequenas existentes são indivíduos jovens das espécies arbóreas e raras es-
pécies herbáceas típicas de ambientes florestais, como Coccocypselum lanceolatum, Panicum
sellowii, Rhynchospora exaltata, Voyria aphylla.
A segunda grande ameaça às plantas pequenas do Cerrado vem de outras regiões do planeta.
São plantas exóticas invasoras, especialmente do gênero Pinus, e gramíneas africanas. Em de-
corrência do sombreamento e da deposição de espessa camada de acículas, as árvores de Pinus
podem transformar radicalmente o habitat, levando à extinção todas as plantas nativas pequenas
(Abreu e Durigan 2011). As gramíneas africanas, de diversos gêneros e espécies (Pivello e Mattos
2009), podem dominar completamente o estrato herbáceo da vegetação do Cerrado, eliminando
as plantas nativas pela competição.
mente, qualquer ação de manejo visando reverter os processos de degradação do Cerrado, como
a erradicação ou pelo menos o controle das gramíneas invasoras e a restauração da vegetação
nativa, depende, sobretudo, da identificação das espécies que compõem o estrato herbáceo-
-arbustivo. Pesquisas visando à utilização dessas plantas com fins medicinais, alimentícios ou
ornamentais também dependem da sua correta identificação em campo.
Os autores
GISELDA DURIGAN
Engenheira florestal, doutora em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas -
UNICAMP, pesquisadora científica do Instituto Florestal do Estado de São Paulo.
NATASHI A. L. PILON
Bióloga, doutoranda em Ecologia pela UNICAMP.
GEISSIANNY B. ASSIS
Bióloga, doutora em Botânica pela Escola Nacional de Botânica Tropical,
do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
FLAVIANA M. SOUZA
Engenheira florestal, doutora em Biologia Vegetal pela UNICAMP, ocupa o cargo de analista
técnico-científico do Ministério Público do Estado de São Paulo.
JOÃO B. BAITELLO
Graduado em História Natural, doutor em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade
de São Paulo - USP, pesquisador científico do Instituto Florestal do Estado de São Paulo.
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CERRADO:
ecologia, conservação,
importância e restauração
18 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
A CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES RARAS E AMEAÇADAS, assim como de toda a biota, depen-
de da conservação dos ecossistemas em que essas espécies ocorrem naturalmente. Não bastam
políticas públicas e leis rigorosas direcionadas a esta ou àquela espécie, isoladamente. Mais
importante do que listar as espécies ameaçadas é identificar os tipos de habitat mais raros e
ameaçados, que é onde geralmente ocorrem tais espécies, e passar a tratá-los como prioritários
para a conservação.
As áreas naturais remanescentes dentro da grande região denominada Cerrado são ocupadas
por um mosaico de tipos de vegetação, caracterizado por um gradiente de biomassa, desde os
campos, passando pelas fisionomias savânicas, até as fisionomias florestais. Esse gradiente está
relacionado com fatores ambientais e é mantido por um regime de distúrbios, naturais ou antro-
pogênicos, fazendo com que o mosaico seja dinâmico no tempo e no espaço (Figura 1).
Capacidade
Capacidadede
deágua
águadisponível
disponívelno
nosolo
solo
Saturação hídrica
AMBIENTAIS
FATORES
Profundidade do solo
Duração da seca
Disponibilidade de nutrientes
Frequência de geadas
DISTÚRBIOS
Frequência de fogo
Intensidade de pastoreio
Figura 1. Representação esquemática dos fatores ambientais e distúrbios relacionados com a estrutura da
vegetação em regiões de Cerrado. Os fatores ambientais limitam o estoque máximo possível de biomassa
arbórea em determinado local ou região, enquanto os distúrbios, naturais ou antropogênicos, diminuem ou
impedem o acúmulo de biomassa proporcionalmente à intensidade e frequência em que ocorrem. O con-
torno tracejado para disponibilidade de nutrientes é devido às incertezas sobre esta relação na literatura.
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No Cerrado, a vegetação tende a ser de menor porte quanto mais prolongado o período de defi-
ciência hídrica, ou seja, quanto mais longa for a estação seca ou quanto menor a capacidade do
solo em armazenar a água da chuva e disponibilizar essa água para as plantas nos períodos de
estiagem. Por outro lado, nas áreas encharcadas dos campos úmidos e veredas, é o excesso de
água próximo à superfície que limita o estabelecimento de árvores. Da mesma forma, em solos
muito rasos, sobre rochas ou com camada de impedimento, as árvores têm dificuldade para se
estabelecer. É recorrente na literatura a afirmação de que o gradiente de biomassa no Cerrado
está relacionado com a disponibilidade de nutrientes no solo. No entanto, estudos recentes não
têm comprovado esta relação. Distúrbios naturais, como a geada ou o fogo desencadeado por
raios, reduzem a biomassa lenhosa acima do solo, mantendo vegetação aberta mesmo onde as
condições ambientais permitiriam maior biomassa. O mesmo papel é exercido por distúrbios
ocasionados pelo homem, como as queimadas, o pastoreio e a extração de lenha. Embora não
sejam naturais, tais distúrbios, em baixa intensidade e frequência, podem contribuir para a ma-
nutenção da diversidade (Figura 2), especialmente de espécies de plantas e animais que não de
adaptam à baixa disponibilidade de luz do cerradão e de outras fisionomias florestais.
Figura 2. Campo
cerrado, aos dois
meses após a
passagem do fogo.
20 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Figura 3. Detalhe da vegetação do campo úmido, com alta diversidade de espécies exclusivas desse tipo
de vegetação.
espécies endêmicas pode ocorrer tanto em fisionomias savânicas quanto campestres, mas exis-
tem espécies exclusivas de cada tipo de vegetação e, especialmente, existe uma flora quase que
totalmente distinta nos ambientes permanentemente úmidos (Figura 3).
Assim, para que se preservem todas as espécies do Cerrado, é crucial que se preservem áreas
naturais suficientes para representar todas as fisionomias e que se mantenha este mosaico por
meio de práticas adequadas de manejo, como a queima controlada, o controle permanente de
plantas invasoras e até mesmo o pastoreio controlado ou o corte seletivo de árvores. Todavia,
políticas públicas e mesmo iniciativas não governamentais visando à conservação do Cerrado
dependem da existência de bons mapas que apontem a existência de áreas naturais com todas
as suas fisionomias e que permitam detectar mudanças indesejáveis na estrutura da vegetação
ao longo do tempo. Este é um desafio ainda por ser vencido, já que as técnicas de mapeamento
disponíveis não oferecem a acuidade necessária para diferenciar a vegetação campestre natural
de pastagens ou mesmo de lavouras, sendo comuns os erros de legenda mesmo dentro de uni-
dades de conservação (Figura 4).
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A abundância de
gramíneas e a
condição hídrica
do solo influenciam
fortemente o carbono
armazenado abaixo da
superfície
Figura 4. Vegetação campestre natural do Parque Estadual do Juquery, mapeada recentemente, de maneira
equivocada, como área de “culturas e pastagens”.
A estrutura da vegetação é determinada, portanto, pela interação complexa de diversos fatores No solo orgânico e nas
ambientais e de distúrbios e passa a ser determinante de diversos processos ecológicos ligados turfeiras (Figura 6) dos
ao funcionamento e aos serviços do ecossistema (Figura 5). A ciclagem de nutrientes tende a
campos úmidos e veredas
ser mais rápida quanto maior a biomassa arbórea e, quanto mais árvores, maior será o estoque
se encontram os mais
de carbono acima do solo. Porém, a abundância de gramíneas e a condição hídrica do solo in-
elevados teores de carbono
fluenciam fortemente o carbono armazenado abaixo da superfície. Por isso, é no solo orgânico e
armazenado abaixo da
nas turfeiras (Figura 6) dos campos úmidos e veredas que se encontram os mais elevados teores
de carbono armazenado abaixo da superfície, de modo que o estoque total de carbono desses
superfície, superando
ecossistemas supera até mesmo ecossistemas florestais. até mesmo ecossistemas
florestais.
A estrutura da vegetação influencia direta e indiretamente os processos hidrológicos relacio-
nados com a partição da água da chuva. Quanto maior a densidade de árvores, maior será a
retenção da água da chuva pelas copas, de modo que menor será o volume de chuva chegando
ao solo. Quanto mais árvores, também será maior o volume de água extraído do solo pela ve-
getação, que retornará à atmosfera pela transpiração. Assim, quanto menor a biomassa arbórea,
22 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Transpiração
Deposição de serrapilheira
Figura 5. Representação esquemática da influência do gradiente de biomassa arbórea sobre processos eco-
lógicos relacionados com serviços ecossistêmicos relevantes em regiões de Cerrado.
maior será a proporção da água da chuva que irá infiltrar e alimentar nascentes, riachos e reser- Nos cerrados do Planalto
vas de água subterrânea. Não é por acaso que nos cerrados do Planalto Central se encontram as Central se encontram as
nascentes de oito das doze regiões hidrográficas brasileiras, formando o chamado Arco das Nas- nascentes de oito das
centes do Brasil, agora oficialmente reconhecido. Sendo a mais úmida das savanas do mundo e doze regiões hidrográficas
com solos arenosos e profundos na maior parte do país, o Cerrado, especialmente por meio de brasileiras, formando
sua vegetação campestre e savânica, funciona como uma esponja, absorvendo a água abundan-
o chamado Arco das
te das chuvas de verão e liberando essa água lentamente ao longo de todo o ano, garantindo rios
Nascentes do Brasil
perenes, enquanto em outras savanas do mundo os rios permanecem secos durante boa parte do
ano. A vegetação típica de áreas úmidas do Cerrado, especialmente, com seus solos orgânicos
profundos e extensas turfeiras sob vegetação herbácea, exerce com alta eficiência este papel de
armazenar água e abastecer nascentes durante a estiagem.
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Figura 7. Campo úmido ao redor de nascente, município de Botucatu, SP.
24 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Samambaias
26 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Blechnaceae
Neoblechnum brasiliense (Desv.) Gasper & V.A.O.Dittrich
Nome popular: samambaiaçu-do-brejo
Planta terrestre com caule ereto, robusto, formando cáudice, com escamas lineares,
nigrescentes ou castanhas, brilhantes. Frondes pecioladas, podendo ultrapassar 1 m de
comprimento e 30 cm de largura, com as escamas da base do pecíolo semelhantes às
do caule, monomorfas, pinadas ou pinatissectas.
Dicranopteris flexuosa
Gleicheniaceae
(Schrad.) Underw.
Sinônimo: Gleichenia flexuosa Schrad.
Polypodiaceae
Sinônimo: Polypodium latipes Langsd. & Fisch.
Planta herbácea com caule horizontal reptante. Frondes monomorfas, eretas, espaçadas
entre si, pecíolo sulcado. Lâmina pinatissecta, cerca de 50 cm de comprimento. As
folhas secam e caem anualmente, surgindo as novas folhas na primavera.
Planta herbácea com caule horizontal reptante, com escamas. Pecíolo contínuo com o
caule, longo, marrom escuro, com escamas. Frondes espaçadas, eretas, planta com altu-
ra geralmente inferior a 30 cm. Lâmina bipinada, pínulas quase retangulares, com cerca
de 1 cm de comprimento e 0,5 cm de largura, soros dispostos ao longo da margem.
Pteridaceae
Nome popular: feto
Planta terrestre com caule rizomatoso, recoberto por escamas castanhas rí-
gidas. Frondes dimorfas, eretas a patentes. Pecíolos longos (até 60 cm nas
frondes férteis) e delgados (1 mm), castanho-escuros a negros, lustrosos,
cilíndricos, com escamas na base. Lâmina lobada a pinatissecta, margem
enegrecida, espessada, lobos arredondado-obtusos e margem crenada nas
frondes estéreis, lobos lineares e margem inteira nas frondes férteis.
Acanthaceae
Erva prostrada ou ereta, um ou poucos caules quadrangulares partindo do xilopódio,
altura ao redor de 20 cm, entrenós geralmente mais longos que as folhas. Folhas sim-
ples, opostas cruzadas, sésseis, glabrescentes, ligeiramente lustrosas, elípticas, cerca
de 2,5 cm de comprimento e 1,5 cm de largura, elípticas a ovais, base obtusa e ápice
agudo, obtuso ou arredondado, margem ciliada. Flores solitárias ou em pares, axilares
ou terminais, lilases, às vezes quase brancas (de cor creme antes da abertura), a corola
e a garganta de coloração homogênea.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
36 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Acanthaceae
Subarbusto ereto, um ou poucos ramos partindo da base, altura ao redor de 20 cm.
Folhas simples, opostas cruzadas, largo-ovais, base obtusa e ápice agudo, pilosidade
abundante e viscosa em ambas as faces, cerca de 2,5 cm de comprimento e 2,0 cm de
largura, nervação terciária impressa no limbo. Flores geralmente geminadas, axilares,
corola lilás na flor aberta (botões amarelos com a base roxa), a garganta mais escura
internamente do que a corola.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos ou sazonalmente
úmidos.
38 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Alismataceae
Nome popular: congonha-do-brejo
Planta herbácea grande, 42 a 113 cm de altura, glabra. Folhas sempre emersas, simples,
partindo da base, longipecioladas, muito longas e estreitas, 16 a 60 cm de comprimento
e 3 a 6 cm de largura, base atenuada e ápice agudo. Inflorescência sempre mais alta que
as folhas, flores brancas, dispostas em verticilos ao longo da haste. Fruto envolto pelas
tépalas do cálice, formando estrutura flutuante.
Ocorre em vegetação ripária, em terrenos permanentemente úmidos ou alagadiços.
40 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Alismataceae
Sinônimos: Sagittaria affinis Seub., Sagitaria rhomboidalis Micheli
Nomes populares: aguapé-de-flecha, flecha, sagitária
Erva aquática, 50 a 100 cm de altura. Folhas simples, partindo da base: as submersas
sésseis, lineares; as emersas longipecioladas, multinervadas, geralmente rombiformes,
ápice agudo, base aguda a arredondada, cerca de 20 cm de comprimento e 10 cm de
largura. Flores brancas, mancha purpúrea na base das pétalas, dispostas em inflorescên-
cia racemosa com altura semelhante à das folhas. Fruto aquênio.
Ocorre em vegetação ripária, em terrenos alagadiços.
42 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Amaranthaceae
Sinônimo: Xeraea graminea (Moq.) Kuntze
Nome popular: perpétua-gramínea
Subarbusto ereto, piloso, pouco ramificado, sistema subterrâneo tuberiforme, lenhoso,
altura ao redor de 50 cm. Folhas simples, opostas, sésseis, cerca de 8 cm de comprimen-
to e 0,5 cm de largura, com secção em “v”, linear-lanceoladas, acuminadas, revestidas
por pelos esbranquiçados, longos e esparsos, nervura amarelada ao longo da margem.
Inflorescência em espiga, terminal e axilar, com pedúnculo longo, flores pequenas em
tons do amarelo ao vermelho.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
44 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Amaranthaceae
Sin ônimo: Gomphrena denudata Moq.
Nomes populares: pfáfia, corrente, ginseng-brasileiro
Erva ou subarbusto, caule ereto, cilíndrico, estriado, altura ao redor de 50 cm, geral-
mente áfila. As folhas, se presentes, são linear-lanceoladas, com menos de 2 cm de
comprimento, revestidas por tricomas híspidos. Inflorescência terminal, em capítulos
isolados, ou dispostos em forma de candelabro, com dois ou três capítulos.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
46 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Amaranthaceae
Sinônimo: Gomphrena jubata Moq.
Nome popular: ginseng-brasileiro
Subarbusto, sistema subterrâneo lenhoso, tuberiforme ou fusiforme. Em áreas queima-
das, o caule é praticamente ausente, as folhas congestas rebrotando da base, mas plan-
tas protegidas do fogo ganham aspecto estiolado, com vários caules frágeis, entrenós
longos, chegando à altura de 40 cm. Folhas sésseis, simples, opostas, lanceoladas, li-
near-lanceoladas, elípticas ou espatuladas, comprimento 1,5-5 cm, largura 0,4-1,6 cm,
ápice acuminado a cuspidado, base decurrente ou aguda, face adaxial densamente vilo-
sa, flavescente a ferrugínea, face abaxial densamente tomentosa. Inflorescência em espi-
ga, isolada, simples, terminal, pedúnculo longo, piloso. Floresce logo após a passagem
do fogo.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
48 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Amaryllidaceae
Sinônimo: Amaryllis iguazuana Ravenna
Nomes populares: lírio, açucena
Erva bulbosa, com folhas basais, altura ao redor de 60 cm. Folhas espessas, planas, li-
near-lanceoladas, cerca de 30 cm de comprimento e 3 cm de largura, sem uma nervura
central perceptível. Inflorescência umbeliforme, geralmente duas flores.
Ocorre em fisionomias campestres em terrenos secos, geralmente em altitudes elevadas,
e em outros biomas além do Cerrado.
50 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Annonaceae
Sinônimos: Annona cuyabaensis Barb.Rodr., Annona dioica var. mattogrossensis R.E.Fr.
Nomes populares: araticum, cabeça-de-negro
Arbusto com altura ao redor de 1 m, geralmente com muitos ramos robustos, de colora-
ção verde-clara, pubescentes, partindo da base. Folhas alternas, simples, largo-elípticas,
cerca de 10 cm de comprimento e 7 cm de largura, subsésseis, base obtusa a arredonda-
da, ápice arredondado, verde-claras, concolores, pubescentes. Flores isoladas, axilares.
Fruto geralmente ovoide a arredondado, verde, com mais de 10 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
52 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Annonaceae
Nomes populares: marolinho-do-cerrado, araticum
Arbusto grande, cerca de 1,5 m de altura, ramos rijos, geralmente numerosos, de colora-
ção marrom-escura, partindo da base. Folhas simples, alternas, oblongo-lanceoladas ou
elípticas, cerca de 10 cm de comprimento e 3 cm de largura, base e ápice agudos, com
pelos estrelados em ambas as faces, mais abundantes na face inferior. Flores isoladas,
axilares. Fruto globoso, de coloração verde-amarelada quando maduro, com cerca de
6 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
54 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apiaceae
Sinônimos: Eryngium nudiflorum Wild. ex Spreng., Eryngium caricinnum Standl.
Nome popular: gravatá-do-campo
Erva com altura de 0,6 a 2m, folhas dísticas a rosuladas, simples, linear-lanceoladas a
lanceoladas, partindo da base, sésseis, glabras, glaucas, opacas, paralelinérveas, mar-
gem cartilaginosa, comprimento ao redor de 50 cm e largura 3 cm, ápice agudo e base
atenuada, bainha mais larga que a base da lâmina. Sinflorescência solitária, de colora-
ção marrom a roxa, racemosa, densiflora, umbeliforme na porção terminal, sobre haste
muito mais longa que as folhas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
56 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eryngium
floribundum
58 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Subarbusto ereto, lactescente, até 30 cm de altura, geralmente com um único ramo.
Folhas simples, opostas, sésseis ou subsésseis, rijas, côncavas, eretas, glabrescentes,
elípticas a elíptico-lanceoladas, cerca de 6 cm de comprimento e 3 cm de largura, ápi-
ce agudo, acuminado, base obtusa, glaucas e com nervuras secundárias proeminentes
na face inferior, margem ondulada, espessada, amarelada. Inflorescência umbeliforme,
terminal ou axilar, com flores numerosas alvas, com detalhes róseos e amarelados. Fruto
folículo fusiforme, cerca de 10 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
60 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Subarbusto volúvel, glabrescente, com látex. Pecíolos longos e delgados, folhas sim-
ples, opostas, elípticas, glabras, cerca de 5 cm de comprimento e 2 cm de largura, ápice
mucronado, acuminado, base obtusa a arredondada. Flores esverdeadas, pubescentes,
em grupos pequenos axilares. Fruto folículo fusiforme, glabro.
Ocorre em fisionomias savânicas e florestais, em terrenos secos.
62 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Erva ereta, lactescente, ramificada desde a base, cerca de 20 cm de altura. Folhas verti-
ciladas, patentes, aciculares, cerca de 2 cm de comprimento e 0,1 cm de largura. Flores
isoladas, axilares. Frutos folículos ovais ou semilunares, rugosos.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
64 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Nomes populares: jalapa, jalapa-silvestre-encarnada
Subarbusto ereto, lactescente, até 60 cm de altura, geralmente com apenas um ramo,
que seca no inverno e rebrota na primavera, a partir do sistema subterrâneo desenvol-
vido. Folhas opostas cruzadas, subcoriáceas, elípticas, comprimento ao redor de 5 cm
e largura 2 cm, levemente conduplicadas, formando secção do limbo em "v", ápice
obtuso a arredondado, base obtusa a subcordada. Inflorescência racemosa terminal.
Flores vermelhas ou vermelho-alaranjadas. Folículos delgados e cilíndricos, em pares,
cerca de 20 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
66 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Sinônimo: Macrosiphonia longiflora (Desf.) Müll.Arg.
Nomes populares: flor-de-babado, jalapa-branca, velame
Subarbusto lactescente, ramos eretos albo-lanosos partindo da base, altura entre 30 e 60
cm. A parte aérea seca no final da estação chuvosa, para rebrotar na primavera. Folhas
simples, opostas, elípticas ou lanceoladas, cerca de 5 cm de comprimento e 2 cm de
largura, ápice acuminado, base obtusa, discolores: a face superior verde-escura; a in-
ferior albo-lanosa. Inflorescência terminal, com uma ou duas flores. Folículos lineares,
torulosos, com até 20 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
68 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Mandevilla
pohliana
70 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Sinônimo: Macrosiphonia velame Müll.Arg.
Nomes populares: velame, losna-do-campo, velame-branco
Subarbusto lactescente, ramos partindo da base, eretos, albo-lanosos, altura entre 20 e
50 cm. A parte aérea seca totalmente no final da estação chuvosa e rebrota na primave-
ra. Folhas simples, opostas cruzadas, elípticas ou lanceoladas, cerca de 5 cm de compri-
mento e 2 cm de largura, ápice acuminado, base obtusa a arredondada, ambas as faces
densamente revestidas por pilosidade albo-lanosa; a folhagem praticamente branca se
destaca na vegetação. Inflorescência terminal, com uma ou duas flores. Folículos linea-
res, torulosos, cerca de 20 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
72 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Erva reptante, lactescente, ramificando e enraizando rente ao solo. Folhas curto-pecio-
ladas, cerca de 1,2 cm de comprimento e 1,0 cm de largura, opostas dísticas, ovais,
ápice acuminado e base cordiforme. Inflorescências em cimeiras umbeliformes ou ra-
cemiformes, axilares, com poucas flores, corola amarela. Folículo fusiforme.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
74 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Nome popular: cipó-de-leite
Arbusto volúvel, lactescente, ramos pubescentes. Folhas simples, opostas, cerca de 6
cm de comprimento e 3 cm de largura, oval-lanceoladas a oblongas, ápice agudo, base
cordiforme, pilosidade velutina em ambas as faces, nervação mais clara que o limbo.
Inflorescência corimbiforme, corola verde-amarelada. Folículos oblongo-fusiformes, ao
redor de 8 cm de comprimento e 1 cm de espessura.
Ocorre em fisionomias campestres, savânicas e florestais, em terrenos secos.
76 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Nome popular: leite-de-cachorro
Subarbusto ereto, lactescente, pubescente, cerca de 50 cm de altura, geralmente com
um único ramo partindo da base. Pecíolo ao redor de 2 mm, folhas simples, opostas,
linear-lanceoladas, cerca de 5 cm de comprimento e menos de 5 mm de largura, ápice
agudo a acuminado, base obtusa a arredondada, esparsamente pubescentes. Inflores-
cências umbeliformes, corola róseo-acastanhada. Folículo fusiforme.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
78 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Nome popular: chifre-do-diabo
Subarbusto ereto, lactescente, 30 a 50 cm de altura, ramos vilosos, geralmente com
um único ramo partindo da base. Folhas simples, opostas, imbricadas, lanceoladas a
oblongas, cerca de 3 cm de comprimento e 1,5 cm de largura (comprimento geralmente
menor que duas vezes a largura do limbo), ápice agudo a acuminado, base cordiforme,
pubescente em ambas as faces. Inflorescências umbeliformes, axilares, corola acasta-
nhada e internamente alva. Folículo fusiforme.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
80 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Apocynaceae
Arbusto volúvel ou trepadeira lactescente, ramos velutinos. Folhas simples, opostas,
cerca de 5 cm de comprimento e 2 cm de largura, oblongas a oblongo-lanceoladas,
ápice arredondado-mucronado, base cordiforme, ligeiramente inequilátera, velutinas,
nervação mais clara que o limbo. Inflorescência corimbiforme, corola verde-amarelada.
Folículos oblongo-fusiformes, ao redor de 8 cm de comprimento e 1 cm de espessura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
82 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rhabdadenia madida
84 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Arecaceae
Sinônimo: Diplothemium campestre Mart.
Nomes populares: buri-do-campo, imburi, pissandó, ariri
Palmeira de caule subterrâneo ou muito curto, às vezes formando colônias. Folhas pi-
nadas, menos de 1 m de comprimento, folíolos estreitos, dispostos em vários planos,
em grupos ao longo da raque, glaucos e ceráceos na face inferior, ápice estreitamente
agudo, simétrico. Inflorescência interfoliar em espiga, pedunculada, frutos elipsoides,
cerca de 1 cm de comprimento, justapostos a ponto de adquirirem forma angulosa em
decorrência da compressão.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
86 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Arecaceae
Sinônimos: Cocos paraguayensis Barb.Rodr., Syagrus paraguayensis (Barb.Rodr.)
Glassman
Nomes populares: butiá, butiá-do-cerrado, butiá-de-espinho
Palmeira de caule solitário, curto, raramente ultrapassando 1 m de altura. Pecíolos lon-
gos, espinescentes. Folhas compostas pinadas, cerca de 1 m de comprimento, folíolos
dispostos em dois planos (em forma de "v"), simetricamente distribuídos ao longo da
raque, glaucos em ambas as faces, ápice estreitamente agudo, simétrico. Inflorescência
ramificada, longo-pedunculada. Frutos ovoides, cerca de 2 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos ou sazonalmente
úmidos.
88 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Aristolochiaceae
Nomes populares: jarrinha-do-cerrado, mil-homens, papo-de-peru-do-cerrado
Trepadeira lenhosa na base, ramos numerosos e delgados, geralmente não lignificados.
Folhas longipecioladas, simples, alternas, glabras, verde-claras, opacas, geralmente re-
niformes, ápice obtuso-mucronado, base auriculada. Flores isoladas, axilares, vináceas,
com odor desagradável. Fruto cápsula que se abre em seis valvas.
Ocorre em fisionomias savânicas e florestais, em terrenos secos.
90 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Gnaphalium satureioides Lam.
Nomes populares: macela, macela-do-campo, marcelinha, marcela-do-campo
Subarbusto, até 1 m de altura, ramificado desde a base, ramos flexuosos, com pilosida-
de esbranquiçada lanuginosa. Folhas simples, alternas, sésseis, 1-5 cm de comprimento
e 0,2-1,2 cm de largura, lineares a lanceoladas, ápice agudo, com pilosidade clara em
ambas as faces. Capítulos florais dispostos em corimbos, flores de coloração amarelada
a creme, aromáticas. Fruto cipsela, cerca de 3 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos ou moderadamente
úmidos.
92 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Aldama arenaria
94 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Aspilia reflexa (Sch.Bip. ex Baker) Baker
Nomes populares: bem-me-quer, mal-me-quer
Erva ramificada, comumente prostrada, de 0,2 a 1,2 m de altura. Folhas simples, opos-
tas, sésseis, 1,5-10 cm de comprimento e 1,3-3 cm de largura, lanceoladas, ápice obtu-
so, base amplexicaule, margem serreada, pilosidade hirsuta em ambas as faces. Flores
amarelas, em capítulos radiados pedunculados, solitários. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
96 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Austroeupatorium inulaefolium
Asteraceae
(Kunth) R.M.King &
H.Rob.
Nome popular: cambará
Arbusto ramificado, até 1,2 m de altura, ramos novos vináceos. Folhas opostas, peciola-
das, 7-10 cm de comprimento e 2-4 cm de largura, ovado-lanceoladas, ambas as faces
pubescentes, ápice agudo, base atenuada, margem serreada. Capítulos numerosos, dis-
postos em corimbos compostos, concentrados no ápice dos ramos. Flores róseas a alvas.
Fruto cipsela, cerca de 2,5 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou em ambientes perturbados, em ter-
renos secos.
97
Asteraceae
Sinônimo: Eupatorium amygdalinum Lam.
Subarbusto, até 1,5 m de altura, ramos estriados, vináceos, com pilosidade áspera. Fo-
lhas simples, sésseis, lâmina variando de 1-11,5 cm de comprimento e 0,5-3,5 cm de
largura, lanceoladas a elípticas, margem inteira a serreada, ápice agudo, base aguda a
atenuada, ambas as faces pilosas. Capítulos discoides, com flores rosa-escuras a lilases,
dispostas em panículas terminais. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
98 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Baccharis trimera (Less.) DC., Baccharis genistelloides var. crispa (Spreng.)
Baker
Nomes populares: carqueja, carqueja-amarga, carqueja-verdadeira
Subarbusto ramificado, até 1 m de altura, ramos tetra ou trialados na base, bialados nas
ramificações laterais. Flores alvas, dispostas em capítulos pequenos, geralmente aglo-
merados, ordenados em panícula. Fruto cipsela, cerca de 1,5 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
100 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Baccharis genistelloides var. milleflora (Less.) Baker
Nome popular: carqueja
Subarbusto ereto, 0,6 a 1,8 m de altura, com ramos trialados. Alas de largura variável,
glabras, cartáceas, levemente onduladas. Folhas atrofiadas. Flores alvas a creme, em
capítulos sésseis, solitários, dispostos em panículas, geralmente aglomeradas no ápice
dos ramos. Fruto cipsela, cerca de 1,5 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a moderadamente
úmidos.
102 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Conoclinium betonicaeformis DC.
Erva, altura ao redor de 50 cm, pouco ramificada, ramos cilíndricos com pilosidade
esparsa, acinzentada. Folhas opostas, ovadas, ápice agudo a obtuso, base arredondada
a subcordada, comprimento ao redor de 5 cm, largura ao redor de 3 cm, margem den-
tado-crenada, pubescente em ambas as faces. Capítulos dispostos em corimbos, com
flores róseas a lilases, densamente concentradas no ápice dos ramos. Fruto cipsela com
1,5 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
104 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Bidens pallida Rusby, Bidens patula Gardner, Bidens speciosa Gardner
Subarbusto ou arbusto, até 1,5 de altura, ramos cilíndricos, estriados, glabros. Folhas
simples, opostas, pecioladas, inteiras, lobadas ou compostas por até 5 folíolos. Lâmina
de tamanho variável, 2,5-10,5 cm de comprimento e 0,5-3,5 cm de largura, oval-lan-
ceolada, ápice agudo a acuminado, base atenuada, margem serreada, discolor. Capítu-
los radiados amarelos. Fruto cipsela fusiforme.
Ocorre em fisionomias savânicas e florestais, em terrenos secos.
106 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Calea hispida (DC.) Baker
Subarbusto, até 1 m de altura, pouco ramificado, ramos cilíndricos. Folhas ovais a ra-
ramente elípticas, sésseis, lustrosas, cerca de 4 cm de comprimento e 3 cm de largura,
gradualmente menores na porção superior dos ramos, margem levemente serreada, ápi-
ce arredondado ou agudo, base subcordada, nervação acródroma com 3 a 5 nervuras
partindo da base. Capítulos radiados amarelos, terminais ou axilares. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
108 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Eupatorium chlorolepsis Baker, Campuloclinium turbinatum Sch.Bip. ex
Baker
Subarbusto ereto, até 1,5 m de altura, com xilopódio. Ramificado na parte superior, pu-
bescente, pontoado de glândulas. Folhas opostas, pecioladas, 5-7 cm de comprimento
e 3-5 cm de largura, ovadas, híspidas, ápice agudo, base truncada, margem serreada,
pontoadas de glândulas em ambas as faces. Capítulos com flores brancas, dispostos em
inflorescências corimbiformes terminais laxas. Brácteas involucrais de coloração creme
a esverdeadas. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
110 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Campuloclinium
macrocephalum
112 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Nomes populares: dente-de-leão, língua-de-vaca, costa-branca, erva-de-sangue, lín-
gua-de-vaca-miúda, paraqueda
Erva, com altura entre 30 e 60 cm quando florida. Folhas rosuladas na base, sésseis,
oblanceoladas, lobadas na metade inferior do limbo, 6-25 cm de comprimento e 2-6
cm de largura, discolores, face superior glabra, verde-escura, face inferior com pilosida-
de branca, lanuginosa, ápice agudo, base atenuada, margem ondulada e denteada. Flo-
res amarelo-claras a róseas, dispostas em capítulos solitários, pêndulos quando jovens,
eretos na maturidade, no ápice de um escapo floral densamente piloso, com 24-55 cm.
Fruto cipsela, pápus creme.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou em ambientes perturbados, em terre-
nos secos ou moderadamente úmidos.
114 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Chresta cordata Vell., Chresta intermedia Gardner, Eremanthus sphaeroce-
phalus (DC.) Baker
Nome popular: chapéu-de-couro
Subarbusto com até 1,5 m de altura, de aspecto acinzentado. Caule cilíndrico, densa-
mente recoberto por pilosidade esbranquiçada. Folhas simples, alternas, ovais ou elíp-
ticas,14-22 cm de comprimento e 10-14 cm de largura, coriáceas, pilosas em ambas
as faces, base arredondada, cordada ou aguda, ápice obtuso, margem largo-ondulada.
Capítulos discoides com flores purpúreas, reunidas em glomérulos com 2,5-4 cm de
diâmetro. Fruto cipsela, pápus persistente.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
116 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Eupatorium congestum Hook. & Arn.
Subarbusto, usualmente com poucos ramos partindo de xilopódio, até 60 cm de altura.
Ramos pubescentes. Folhas opostas cruzadas, com espaçamento entre nós de 2 a 3 cm,
curto-pecioladas, deltoides, em torno de 1-3 cm de comprimento e 0,5-2 cm de largura,
ápice agudo a obtuso, base truncada, margem regularmente crenada, 3 a 5 nervadas,
com nervuras espessas e proeminentes na face inferior, opacas e pilosas em ambas as
faces. Inflorescência disposta em corimbos congestos no ápice dos ramos. Capítulos
com menos de 10 flores, lilases. Fruto cipsela, pápus alvacento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
118 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
H.Rob.
Sinônimo: Eupatorium maximiliani Schrad.
Nome popular: mata-pasto
Arbusto, até 1,5 m de altura, ramos pubescentes, geralmente opostos, formando um
ângulo próximo de 90o em relação ao caule. Folhas simples, opostas, em torno de 10
cm de comprimento e 4 cm de largura, oval-lanceoladas, ápice agudo, base cuneada,
margem serreada, opacas, com pilosidade em ambas as faces, mais abundante na face
inferior, trinervadas. Capítulos discoides com flores lilases, dispostos em inflorescências
corimbiformes terminais. Fruto cipsela, pápus alvacento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou em ambientes perturbados, em terre-
nos secos a moderadamente úmidos.
120 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Eupatorium squalidum DC.
Nome popular: cambará-roxo, mata-pasto, casadinha, erva-de-são-miguel
Arbusto ramificado, até 1,5 m de altura, ramos eretos, tomentosos, glandulosos. Folhas
simples, opostas, em geral ascendentes, 2-4 cm de comprimento e 1-2,5 cm de largura,
ovadas, ápice obtuso, mucronado, margem regularmente crenada, base atenuada, tri-
plinérveas, ligeiramente lustrosas e com a nervação terciária impressa na face superior
do limbo, com pilosidade em ambas as faces, mais abundante na face inferior. Capítu-
los com flores alvas, róseas ou lilases, dispostos em panículas terminais, inflorescência
corimbiforme. Fruto cipsela, pápus alvacento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
122 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Vernonia obovata Less., Chrysolaena herbacea (Vell.) H.Rob., Vernonia her-
bacea (Vell.) Rusby
Erva, até 60 cm de altura, ramos estriados, pilosos. Folhas simples, alternas, sésseis, 2,5-
10 cm de comprimento e 0,4-2,5 cm de largura, obovadas, geralmente discolores, com
pilosidade hirsuta na face superior e velutina na face inferior, ápice agudo, obtuso a
arredondado, base atenuada, margem levemente ondulada. Capítulos com flores lilases
a purpúreas, em inflorescências escorpioides formando corimbos terminais. Brácteas
involucrais 3-séries. Fruto cipsela, pápus alvacento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
124 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Vernonia simplex Less., Lessingianthus simplex (Less.) H.Rob.
Erva, 20-60 cm de altura, ramos pilosos. Folhas simples, alternas, sésseis, 2,5-8 cm de
comprimento e 0,2-1,2 cm de largura, lineares, discolores, ápice agudo, base atenua-
da, margem inteira, densamente pilosas em ambas as faces. Capítulos solitários, com
pedúnculo de até 4,5 cm de comprimento, pilosos, flores purpúreas. Fruto cipsela ob-
cônica, pápus marrom.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
126 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Dimerostemma rotundifolium (Baker) S.F.Blake, Oyedaea ovata (Gardner)
Benth.
Subarbusto, 0,5 a 1 m de altura, ramos eretos. Folhas opostas ou alternas próximo à
base, subcartáceas, pecioladas, 3-5 cm de comprimento e 2-3,5 cm de largura, ova-
das a orbiculares, base arredondada a cordada, ápice arredondado a obtuso, margem
crenada a serreada, discolores, com pilosidade acinzentada na face inferior, vilosas
na face superior, três nervuras principais partindo da base. Flores tubulares, usual-
mente amarelas, em capítulos campanulados a globosos, com brácteas foliáceas. Fru-
to cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
128 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Eupatorium intermedium DC.
Arbusto, até 1,5 m de altura, ramos castanhos a vináceos, com tricomas glandulares.
Folhas simples, opostas, 5-10 cm de comprimento e 1-2,2 cm de largura, lanceoladas,
ápice agudo, base aguda a cuneada, discolores, peninérveas, nervação terciária im-
pressa na face superior e proeminente na inferior, margem serrado-crenada a crenada,
levemente revoluta, pubescentes na face superior e com pilosidade aveludada na face
inferior, pontoadas de glândulas. Capítulos com flores alvas a lilases, dispostos em in-
florescências corimbiformes, congestas, aglomeradas no ápice dos ramos. Fruto cipsela,
pápus amarelado.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
130 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Eupatorium vernoniopsis Sch.Bip. ex Baker, Gyptis vernoniopsis (Sch.Bip.
ex Baker) R.M.King & H.Rob.
Subarbusto, até 70 cm de altura, com xilopódio. Ramos híspidos, com tricomas alvo-
-acinzentados. Folhas opostas ou apenas as superiores alternas, subsésseis, 5-7 cm de
comprimento e 2,5-3 cm de largura, oblanceoladas ou elípticas, ápice e base agudos,
margem crenado-serreada a partir da metade do limbo, pilosidade em ambas as faces,
glandulosas. Capítulos com flores arroxeadas, dispostos em inflorescências corimbi-
formes densas, na extremidade dos ramos ascendentes. Fruto cipsela, com tricomas,
pápus alvacento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
132 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Aster camporum Gardner
Erva, 15-30 cm de altura, ramos cilíndricos, estriados, sulcados, pilosos. Folhas simples,
alternas na base, sésseis, 1-6,5 cm de comprimento e 0,2-0,9 cm de largura, lanceola-
das a oblanceoladas, ápice agudo ou obtuso, base atenuada, margem denteada, ambas
as faces tomentosas, glandulosas. Capítulos radiados, com flores do raio brancas e flores
do disco amarelas, solitários, dispostos em escapo floral longo, até 15 cm. Floresce após
a passagem de fogo. Fruto cipsela, pápus cerdoso.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
134 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lepidaploa
chamissonis
136 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Vernonia remotiflora Rich., Vernonia remotiflora var. tricholepis (DC.) Baker
Arbusto, 0,3-1,4 m de altura, ramos cilíndricos, pilosos. Folhas alternas espiraladas,
sésseis, 0,2-7,1 cm de comprimento e 0,1-2 cm de largura, ovadas, elípticas ou obo-
vadas, ápice acuminado, base atenuada, margem crenada, levemente revoluta, pilosas
em ambas as faces. Flores roxas, em capítulos sésseis, inflorescência escorpioide. Brác-
teas involucrais em 7 séries, vináceas, brácteas subinvolucrais folhosas, verdes. Fruto
cipsela obcônica, pápus creme.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou em ambientes perturbados, em ter-
renos secos.
138 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Vernonia bardanoides Less.
Arbusto, 0,4-1,5 m de altura, ramos estriados, pilosos. Folhas simples, alternas, sésseis,
1,5-6,5 cm de comprimento e 0,6-2,7 cm de largura, elípticas, ápice agudo a acu-
minado, mucronado, base atenuada, margem levemente revoluta, folhas ásperas, com
pilosidade esparsa em ambas as faces, glandulosas na face inferior. Flores roxas, em
capítulos sésseis, dispostos em inflorescência escorpioide. Brácteas involucrais rígidas,
linear-lanceoladas, em 6-7 séries, esverdeadas a castanhas. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou em ambientes perturbados, em terre-
nos secos.
140 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Vernonia erythrophila DC.
Subarbusto, 30-80 cm de altura, ramos com pilosidade áspera, alvacenta. Folhas sim-
ples, alternas, sésseis, 3-8,5 cm de comprimento e 0,5-2 cm de largura, oblanceoladas
a obovadas, ápice acuminado a obtuso, base arredondada, margem ondulado-crenada,
folhas fortemente discolores, com a face superior verde e áspera, a face inferior marrom
a avermelhada, glabrescente e com as nervuras proeminentes. Capítulos com flores
roxas vistosas, dispostos em corimbos. Brácteas involucrais externas verdes e as mais
internas levemente arroxeadas nas extremidades. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
142 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lessingianthus glabratus
144 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Vernonia tomentella Mart. ex DC.
Subarbusto, até 80 cm de altura, pouco ramificado, ramos com pilosidade branca-acin-
zentada, folhosos até o ápice. Folhas simples, alternas, rijas, sésseis, comprimento 2-4
cm, largura 1-2 cm, orbiculares, ovadas ou elípticas, ápice obtuso, base arredondada,
margem revoluta, face superior pubescente, áspera, face inferior densamente pilosa,
com pilosidade branco-acinzentada, serícea. Flores roxas, em capítulos sésseis, axila-
res. Brácteas involucrais vináceas a castanhas, lanceoladas, 4-5 séries. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
146 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Erva ereta perene, até 50 cm de altura, ramos angulosos, sulcados. Folhas simples,
opostas, pecíolos sulcados, 0,7-4 cm de comprimento e 0,5-4,5 de largura, deltoide-
-cordadas, ápice agudo a acuminado, base largo-cordada, margem denteada, levemen-
te revoluta, glabras, glandulosas. Capítulos com flores brancas, em inflorescências co-
rimbiformes no ápice dos ramos. Fruto cipsela, pápus alvacento ou arroxeado.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a sazonalmente
úmidos.
148 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Gochnatia pulchra Cabrera
Nome popular: cambarazinho
Arbusto ou arvoreta, ramos jovens com pilosidade esbranquiçada. Folhas
simples, alternas, lanceoladas, elípticas a oblongas, cerca de 8 cm de com-
primento e 3 cm de largura, curto-pecioladas, base aguda, ápice arredon-
dado, discolores, face superior lustrosa em tom verde-escuro, face inferior
com pilosidade esbranquiçada, nervação secundária paralela, ascendente
e impressa na face superior, proeminente na face inferior. Flores creme,
capítulos dispostos em panículas terminais. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos,
150 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Porophyllum riedelii Sch.Bip. ex Baker
Erva ereta, em torno de 40 cm de altura, de ramos verdes a castanhos, delgados, glabros.
Folhas simples, alternas, lineares, sésseis, em torno de 20 mm de comprimento e 1 mm
de largura, glabras, com forte odor quando maceradas. Capítulos pedunculados, dis-
postos em corimbos, flores avermelhadas. Brácteas involucrais unidas, 1-seriadas. Fruto
cipsela fusiforme, pápus cerdoso.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
152 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Nome popular: verbasco
Erva perene, rizomatosa, 0,5 a 1,5 m de altura. Caules alados, revestidos por pilosidade
branca, alas de 2-4 mm de largura. Folhas simples, alternas, sésseis, 1,3-9 cm de com-
primento e 0,4-2,5 cm de largura, oblongo-elípticas, ápice agudo e base decorrente no
ramo, discolores, margem crenulada, glabrescentes na face superior e densamente la-
nosas na face inferior. Flores brancas, em capítulos dispostos em densas espigas alonga-
das. Fruto cipsela obcônica, pápus cerdoso. Assemelha-se a Pterocaulon lanatum, mas
tem folhas mais estreitas, pilosidade quase ausente na face superior e menos abundante
na planta como um todo em comparação com aquela espécie.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
154 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Nomes populares: branqueja, verbasco
Erva perene, até 60 cm de altura, ramos com pilosidade abundante esbranquiçada, ala-
dos, alas de até 2 mm de largura. Folhas simples, alternas, sésseis, 2-10 cm de compri-
mento e 0,4-3,3 cm de largura, lanceoladas, ápice acuminado a agudo, base decorrente
no ramo, discolores, margem serreada, pilosidade em ambas as faces, muito abundante,
branca e lanosa na face inferior. Flores creme, em capítulos dispostos em espigas alon-
gadas. Fruto cipsela obcônica, pápus cerdoso.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou em ambientes perturbados, em ter-
renos secos.
156 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Seris denticulata DC., Actinoseris radiata (Vell.) Cabrera, Trichocline radiata
(Vell.) S.F.Blake
Nome popular: margarida-da-serra
Subarbusto, 30-50 cm de altura. Folhas em roseta, subsésseis, coriáceas, 1,8-5,5 cm de
comprimento e 0,6-2,8 cm de largura, obovadas ou espatuladas, ápice arredondado
a obtuso, base aguda a atenuada, margem inteira ou levemente denteada a partir da
metade do limbo, pilosas em ambas as faces. Capítulos discoides solitários, com flores
brancas. Fruto cipsela cilíndrica, pápus cerdoso.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
158 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimos: Trichocline collina Baker, Tricholine paraguayensis Baker
Nome popular: cravo-do-campo
Subarbusto, com xilopódio, altura até 30 cm. Folhas basais, simples, oblanceoladas,
discolores, curto-pecioladas, 9-30 cm de comprimento e 1,5-4 cm de largura, ápice
agudo, base atenuada, margem inteira, face superior pubescente a glabra, face inferior
com pilosidade branca, densamente tomentosa. Flores amarelas, dispostas em grandes
capítulos solitários. Fruto cipsela cilíndrica, pápus branco.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
160 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Vernonia mucronulata Less.
Arbusto, até 1 m de altura, densamente ramificado, ramos levemente estriados, pilosos.
Folhas simples, alternas, rijas, 0,6-4,7 cm de comprimento e 0,3-1,5 cm de largura, elíp-
ticas a obovadas, ápice obtuso, mucronado, base arredondada, margem regularmente
crenada, face superior glandulosa, com pilosidade esparsa, face inferior com pilosidade
abundante, branca a ferrugínea. Flores lilases, em capítulos agrupados, inflorescência
em panícula. Brácteas involucrais 5-7 séries. Fruto cipsela, pápus alvo.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
162 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asteraceae
Sinônimo: Vernonia oligolepis Sch.Bip. ex Baker
Subarbusto, 0,5-1 m de altura, geralmente com numerosos ramos foliosos partindo da
base. Folhas simples, alternas, coriáceas, 3-4 cm de comprimento e 0,3-0,5 cm de lar-
gura, lanceoladas a oblongas, ápice agudo, base arredondada, margem ligeiramente
revoluta, glabras na face superior e pubescentes na face inferior, pontoadas de glându-
las. Capítulos com flores lilases, 4-6 flores por capítulo, dispostos em panícula. Brácteas
involucrais de 2-4 séries, pilosas. Fruto cipsela.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
164 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Bignoniaceae
Sinônimo: Memora axillaris Bureau ex K.Schum.
Nome popular: ciganinha
Subarbusto a arbusto, raramente ultrapassando 1 m de altura, ramos flexuosos, partindo
da base. Folhas opostas, compostas bipinadas, os folíolos basais compostos e os termi-
nais simples, superfície lustrosa, nervação secundária amarela, destacando-se no limbo.
Flores amarelas, com as pétalas amarrotadas, em panículas terminais. Fruto cápsula
alongada, enegrecida quando seca, até 25 cm de comprimento e 1,5 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
166 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Bignoniaceae
Nome popular: catuaba
Subarbusto prostrado, altura ao redor de 30 cm, ramos flexuosos, geralmente partindo
da base. Folhas opostas sésseis, compostas trifolioladas. Folíolos lineares a oblongo-
-lanceolados, sésseis ou curto-peciolados, cerca de 6 cm de comprimento e largura
geralmente inferior a 2 cm, glabros. Flores brancas, com o interior do tubo amarelo.
Fruto cápsula bivalve deiscente.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
168 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Anemopaegma glaucum
170 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Bignoniaceae
Nomes populares: caroba, caroba-do-campo
Arbusto com poucos caules, às vezes flexuosos, altura até 3 m, ramos glabros. Folhas
opostas, bipinadas, 4-6 pares de folíolos, ângulo entre os folíolos e a raque geralmente
superior a 45o, foliólulos elípticos a oblongo-lanceolados, glabros, ápice agudo, base
aguda, frequentemente assimétrica, cerca de 3 cm de comprimento e 1 cm de largura.
Flores purpúreas, em panículas amplas, terminais ou axilares. Fruto cápsula achatada
deiscente, cerca de 5 cm de comprimento e 3 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
172 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Jacaranda decurrens
174 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Bignoniaceae
Nome popular: caroba-do-campo
Subarbusto a arbusto ereto, com menos de 1 m de altura, ramos pilosos. Folhas opostas
bipinadas, raque e pecíolos alados. Foliólulos com cerca de 4 cm de comprimento e 1,5
cm de largura, base obtusa e ápice agudo ou acuminado, pilosos, nervação secundária
e terciária fortemente impressa no limbo. Flores róseo-escuras a vináceas, em panículas
amplas terminais. Fruto cápsula largo-elíptica, castanha, achatada, até 6 cm de compri-
mento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
176 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Zeyheria montana
178 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cochlospermum
regium
180 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Bromeliaceae
Nome popular: abacaxi-silvestre
Erva rosulada acaule, 40-90 cm de altura, folhas verdes a verde-avermelhadas, 0,7-1,4
m de comprimento e 1,3-2,5 cm de largura, linear-lanceoladas, coriáceas, margem com
espinhos recurvos ascendentes. Brácteas florais avermelhadas, inflorescência tipo espi-
ga, densa, com flores lilases sésseis. Fruto semelhante ao abacaxi comercial, cerca de
15 cm de comprimento, amarelo.
Ocorre em fisionomias campestres, savânicas e florestais, em terrenos secos.
182 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Bromelia balansae
184 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Bromeliaceae
Sinônimo: Dyckia coccinea Mez
Erva com altura de 0,5-1 m, caule compacto. Folhas em roseta com bainha castanha
envolvendo o caule, 12-42 cm de comprimento e 0,5-1,7 cm de largura, triangular-lan-
ceoladas, as externas recurvadas e as internas quase eretas, margem espinescente, es-
branquiçadas na face inferior. Escapo 20-67 cm, com pilosidade esparsa. Inflorescência
simples com poucas a muitas flores, 12-25 cm, raque com pilosidade cinza-esbranqui-
çada ou glabra, flores patentes a reflexas, laranja-avermelhadas. Fruto cápsula, 1,2-1,5
cm, castanho-escura, brilhante. Difere de D. linearifolia por ter a margem do limbo com
espinhos numerosos e evidentes, folhas esbranquiçadas na face inferior, folhas e escapo
geralmente mais curtos que naquela espécie.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
186 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Burmanniaceae
Erva com altura de 5-30 cm. Folhas estreitas, 2-9 mm, as basais geralmente rosuladas,
ápice agudo a acuminado. Inflorescência bifurcada, flores alvas a amareladas, às vezes
púrpura ou verdes. Fruto cápsula obovoide a elipsoide, 1-3 mm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos a alagadiços.
188 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Kielmeyera rubriflora
190 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
variabilis
Nomes populares: sabugo, malva-do-campo
Subarbustos ou arbustos com até 70 cm de altura, com xilopódio. Caule fistuloso, ramos
jovens amarelados a castanhos, folhas simples, alternas, coriáceas, lustrosas, geralmente
elípticas, cerca de 8 cm de comprimento e 4 cm de largura, ápice arredondado, emargi-
nado, obtuso ou mucronado, base arredondada a cuneada e decorrente. Inflorescência
em racemo ou panícula, flores grandes, brancas. Fruto cápsula septicida, rugosa, cerca
de 7 cm de comprimento e 3 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
191
Kielmeyera variabilis
192 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Campanulaceae
Sinônimo: Lobelia paulista E.Wimm.
Nome popular: voadeira-do-brejo
Erva ereta, até 1 m de altura, com ampla variação morfológica. Rizomatosa, com látex,
caule anguloso, glabro a piloso. Folhas simples, alternas, sésseis, eretas, as basais em
roseta, 2,6-15,3 cm de comprimento e 0,2-2,4 cm de largura, triangular-lineares, es-
patuladas ou oblongas, margem denteada, ciliada ou pilosa, base cuneada ou atenua-
da, decorrente. Flores brancas, rosadas, violetas ou azuladas. Fruto cápsula, ovoide ou
campanulada.
Ocorre em fisionomias campestres, em ambientes secos.
194 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caryophyllaceae
Erva anual, prostrada ou ereta, muito pequena, com até 15 cm de altura, geralmente
com caule único e pouco ramificado. A planta como um todo tem coloração esbran-
quiçada, especialmente no ápice dos ramos e inflorescências. Folhas verticiladas, di-
minutas, sésseis, estreito-lanceoladas, ápice apiculado. Inflorescência terminal, ar-
gêntea.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
196 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Celastraceae
Nomes populares: bacupari, bacupari-do-cerrado, bacupari-do-campo
Subarbusto com altura geralmente inferior a 70 cm, um ou poucos ramos rijos, fre-
quentemente inclinados, mas não flexuosos, partindo da base. Folhas simples, alternas
a opostas, geralmente elípticas, cerca de 10 cm de comprimento e 4 cm de largura,
base e ápice agudos, rijas, margem amarela, inteira, ou raro obscuramente crenulada.
Flores creme-esverdeadas, dispostas em inflorescências tirsoide-paniculadas, axilares,
com pedúnculos longos. Fruto drupa subglobosa, com diâmetro geralmente maior que
3 cm, pedúnculo robusto.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
198 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Chrysobalanaceae
Nome popular: fruta-de-ema
Subarbusto ou arbusto de pequeno porte. Folhas simples, alternas, oblongo-elípticas,
5-10 cm de comprimento e 2,5-4 cm de largura, arredondadas a ligeiramente cordadas
na base, obtusas a agudas no ápice, glabras ou com pubescência ferrugínea na face
superior e com pilosidade densa, branco-prateada na face inferior, paralelinérveas, pe-
cíolo densamente piloso com duas glândulas. Flores alvas, em inflorescência terminal,
recoberta por pilosidade castanho-ferrugínea. Fruto ovoide.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
200 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Commelina erecta L.
Commelinaceae
Nome popular: trapoeraba
Erva prostrada ou decumbente, altura ao redor de 40 cm. Folhas simples,
alternas, glabras, lanceoladas, bainha amplexicaule, comprimento ao redor
de 6 cm, largura 2 cm, ápice agudo. Flores azuis, em inflorescências pau-
cifloras terminais.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes degradados,
em terrenos secos ou moderadamente úmidos.
201
Convolvulaceae
Nome popular: azulzinha
Subarbusto, até 50 cm de altura. Ramos eretos, entrenós tomentoso-ferrugíneos. Folhas
simples, alternas, curto-pecioladas, comprimento 25-55 mm, largura 9-29 mm, ovadas,
oblongas a cordiformes, ápice obtuso a arredondado, base obtusa a arredondada, não
raro assimétrica, pilosas em ambas as faces. Flores azuis, sésseis, em inflorescência es-
piciforme, terminal. Sépalas estreito-ovadas, ápice acuminado, pilosas a glabrescentes,
corola hipocrateriforme, com uma faixa branca que se estende da base ao ápice de cada
pétala. Fruto cápsula ovoide, cerca de 5 mm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
202 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Convolvulaceae
Nome popular: erva-galega
Subarbusto, até 60 cm de altura, ramos eretos ou prostrados, longos e com poucas ra-
mificações, pilosos. Folhas simples, alternas, elípticas a estreito-ovadas, comprimento
10-50 mm, largura 2-7 mm, ápice agudo a obtuso, apiculado, base atenuada, pilosas
em ambas as faces, pecíolo alado, decorrente ao longo do ramo, caráter distintivo da
espécie. Flores geralmente azuis, sésseis, em inflorescência terminal espiciforme, con-
gesta, persistente após a floração, assemelhando-se a um rabo de gato de coloração
acinzentada. Sépalas lineares a estreito-ovadas, ápice agudo, lanuginosas a vilosas,
corola hipocrateriforme. Fruto cápsula globosa a ovoide, 1,5 mm diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Jacaranda decurrens
204 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
205
Evolvulus pterocaulon
206 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Convolvulaceae
Nome popular: erva-galega
Erva a subarbusto, altura geralmente inferior a 40 cm. Ramos pilosos, geralmente pros-
trados, rentes ao chão, entrenós mais curtos que as folhas. Folhas simples, alternas
dísticas, quase sésseis, 6-12 mm de comprimento e 4-6 mm de largura, estreito-ovadas,
ovadas a elípticas, ápice acuminado, base atenuada ou aguda, glabrescentes na face
superior e densamente recobertas por pelos longos e esbranquiçados na face inferior.
Flores brancas, róseo-pálidas ou lilases, solitárias, axilares, subsésseis, sépalas estrei-
to-ovadas, ápice acuminado, pilosas a seríceas, corola rotada, tubo muito curto. Fruto
cápsula ovoide, 3-4 mm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
208 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Convolvulaceae
Sinônimo: Ipomoea villosa (Choisy) Meisn.
Nome popular: jalapa
Subarbusto a arbusto, em geral ereto. Ramos tomentosos. Folhas simples, alternas espi-
raladas, curto-pecioladas, comprimento 4-12 cm, largura 1,5-6 cm, elípticas, oblongas
ou obovadas, base arredondada ou atenuada, ápice agudo ou obtuso, mucronado, face
superior denso-tomentosa, a inferior denso-argênteo-serícea. Flores 1 a 3 em cimeiras
axilares, sépalas externas vilosas ou glabras, as internas glabras, corola campanulado-
-infundibuliforme, coloração externa rosa e, no interior do tubo, púrpura, vermelha ou
branca. Fruto cápsula elipsoide, deiscente, cerca de 1 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Zeyheria montana
210 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cochlospermum
Ipomoea delphinioides regium
212 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Convolvulaceae
Nome popular: ipomeia
Subarbusto ereto ou prostrado, com ápices volúveis. Ramos tomentosos a glabrescentes,
tricomas estrelados, esbranquiçados. Folhas compostas, alternas, 3 a 5-folioladas, cur-
to-pecioladas, folíolos lineares, elípticos, espatulados, oblanceolados ou lanceolados,
comprimento 1-5 cm, largura 0,1-0,5 cm, esparso-pilosos em ambas as faces a glabres-
centes, base cuneada, ápice agudo ou obtuso. Flores brancas, solitárias ou em dicásios
paucifloros, axilares. Fruto cápsula globosa, esparso-vilosa.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
214 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Merremia tomentosa
216 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cucurbitaceae
Sinônimo: Melancium campestre Naud.
Nomes populares: melancia-do-campo, melãozinho-do-cerrado, cabacinha
Erva prostrada, reptante, com os ramos radicantes rentes ao chão, podendo estender-
-se por vários metros, ramos e pecíolos hirsutos. Folhas simples, alternas, 3-5 lobadas,
comprimento dos lobos 2,0-6,6 cm, largura 0,8-3,2 cm, base do limbo cordada, ápice
obtuso, nervuras hirsutas na face inferior. Flores amarelas, 2 a 7 dispostas em racemos
curtos, axilares. Fruto globoso, verde com máculas brancas ou verde-claras, glabro, liso,
epicarpo lenhoso quando seco, até 7 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
218 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Bulbostylis langsdorffiana (Kunth) C.B.Clarke, Bulbostylis juncoides (Vahl)
Kük. ex Osten
Erva perene, cespitosa, com rizomas curtos, 20-50 cm de altura. Lâminas foliares 10-
20 cm de comprimento e 0,3-0,5 mm de largura, filiformes, hirsutas, em campo apre-
sentando coloração esbranquiçado-azulada devido à pilosidade. Colmos cilíndricos
hirsutos. Inflorescência anteloide simples, brácteas involucrais mais longas do que a
inflorescência.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
220 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Schoenus paradoxus Spreng., Abildgaardia paradoxa (Spreng.) Lye
Nome popular: cabelo-de-índio
Erva perene, cespitosa, 12-25 cm de altura, base com cáudex desenvolvido. Lâminas fo-
liares rosuladas, 9-14 cm de comprimento e 0,5-0,7 mm de largura, filiformes, escabras.
Colmos triangulares, escabros. Inflorescência com estrutura única no ápice do colmo,
do tipo monocéfala.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos ou sazonalmente úmidos.
Kielmeyera pumila
222 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimo: Calyptrocarya longifolia (Rudge) Kunth
Erva perene, cespitosa, 20-50 cm de altura. Lâminas foliares com 12-20 cm de compri-
mento e 4-5 mm de largura, lineares, ápice agudo, glabras, margens glabras ou esca-
bras, coloração arroxeada na base da planta. Inflorescência anteloide.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
224 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperus odoratus L.
Cyperaceae
Sinônimos: Cyperus acicularis (Schrad. ex Nees) Steud., Cyperus bracteolatus Steud.
Nomes populares: tiririca, três-quinas, junquinho, junca
Erva perene, cespitosa, 50-60 cm de altura. Colmos triangulares. Lâminas foliares com
aproximadamente 75 cm de comprimento e 1,5 cm de largura, linear-lanceoladas, ápi-
ce acuminado, margens e nervura central escabras. Inflorescência anteloide, brácteas
involucrais semelhantes às folhas, mais longas que a inflorescência.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
226 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Chlorocharis balansaeana (Boeckeler) Rikli, Baeothryon tenuiculum
(Schrad. ex Schult.) A.Dietr.
Erva perene, cespitosa, 7-50 cm de altura. Colmos pentangulares. Folhas reduzidas às
bainhas, que medem 2-3 cm de comprimento, filiformes, ápice acuminado. Inflorescên-
cia em espigueta única no ápice do colmo.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
228 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Cyperus annuus Willd. ex Kunth, Ficinia ambigua Steud., Fimbristylis affinis
Hook. & Arn.
Erva perene, cespitosa, 20-50 cm de altura. Colmos cilíndricos. Lâminas foliares com
10-35 cm de comprimento e 1-3,5 mm de largura, lineares, ápice agudo, margens es-
cabras. Quando envelhecidas, as lâminas podem tornar-se recurvadas e persistentes na
planta. Inflorescência anteloide, pode apresentar brácteas involucrais mais longas que
a espigueta.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos ou sazonalmente
úmidos.
230 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Cyperus sellowianus (Kunth) T.Koyama, Lipocarpha glomerata Nees, Lipo-
carpha sellowiana Kunth
Erva anual, cespitosa, 15-50 cm de altura. Colmos sulcados longitudinalmente. Lâminas
foliares com 10-20 cm de comprimento e 0,1 cm de largura, convolutas, ápice obtuso
e margens escabras. Inflorescência formada por uma espiga pseudolateral, brácteas in-
volucrais mais longas que a inflorescência, reflexas ou eretas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
232 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Dichromena canescens Maury ex Micheli, Dichromena foliosa Hochst. ex
Boeckeler, Haplostylis albiceps (Kunth) Nees
Nome popular: capim-estrela
Erva perene, cespitosa, 20-80 cm de altura. Colmos cilíndricos. Lâminas foliares com
20-36 cm de comprimento e 0,1-0,2 cm de largura, lineares, glabras, margens escabras.
Inflorescência monocéfala, hemisférica, brácteas involucrais que ultrapassam a inflores-
cência, cremes ou alvas na base, tornando-se verdes em direção ao ápice.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
234 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Dichromena consanguinea Kunth, Asteroschoenus consanguineus var. an-
gustifolius Nees, Asteroschoenus consanguineus (Kunth) Nees
Erva perene, cespitosa, 20-70 cm de altura, rizomas curtos. Colmos cilíndricos. Lâminas
foliares com 14-50 cm de comprimento e 1,5-3,5 mm de largura, planas ou condu-
plicadas, flácidas, glabras. Inflorescência terminal monocéfala, hemisférica, brácteas
involucrais foliáceas, alvas na base e verdes no ápice, mais longas que a inflorescência.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
236 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Chaetospora globosa Kunth, Cephaloschoenus globosus (Kunth) Nees,
Rhynchospora globosa (Kunth) Roem. & Schult. var. globosa
Erva perene, cespitosa, 50-70 cm de altura, rizomas curtos. Colmos cilíndricos ou sub-
triangulares. Lâminas foliares com 20-30 cm de comprimento e 0,7-1 mm de largura,
conduplicadas, flácidas, glabras. Inflorescência terminal monocéfala, globosa ou he-
misférica, brácteas involucrais glumiformes, rígidas, castanhas, mais curtas que a inflo-
rescência.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
238 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Rhynchospora juncellus C.B.Clarke, Dichromena brasiliensis Raddi, Di-
chromena capillaris Kunth
Erva perene, cespitosa, 10-15 cm de altura, rizomas curtos. Colmos triangulares. Lâmi-
nas foliares convolutas e cilíndricas, flácidas, 10-13 cm de comprimento e 2-3 mm de
largura, glabras. Inflorescência terminal anteloide em fascículos laxos, brácteas involu-
crais foliáceas, verdes, mais longas que a inflorescência.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
240 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cyperaceae
Sinônimos: Scleria mollis Kunth, Carex hirtella (Sw.) J.F.Gmel., Hypoporum hirtellum
(Sw.) Nees
Erva perene, rizomatosa, 25-50 cm de altura. Colmos não cilíndricos, eretos ou leve-
mente pendentes, glabros. Lâminas foliares com 10-30 cm de comprimento e 0,2-0,4
cm de largura, basais ou ao longo do colmo, lineares, glabras, com nervura central evi-
dente. Inflorescência paniculoide espiciforme, composta por glomérulos pilosos.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
242 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Dilleniaceae
Nomes populares: lixeirinha, cipó-caboclo
Arbusto decumbente quando em ambientes abertos, trepadeira em ambientes florestais,
altura geralmente inferior a 2 m. Ramos numerosos, delgados, casca esfoliativa acobrea-
da. Folhas simples, alternas, geralmente elípticas, rijas, muito ásperas, cerca de 6 cm de
comprimento e 2,5 cm de largura, base aguda, obtusa ou arredondada, ápice arredon-
dado a obtuso. Nervação secundária paralela, impressa na face superior e proeminente
na inferior. Margem inteira a denteada em folhas jovens. Flores amarelas, em racemos
axilares. Fruto cápsula globosa deiscente, cerca de 1 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres, savânicas e florestais, em terrenos secos.
244 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Droseraceae
Sinônimo: Drosera dentata Benth.
Erva cujas folhas basais não ultrapassam 3 cm de altura. Folhas espatuladas, com pecío-
lo não distinto da lâmina, 1-2 cm de comprimento e 0,7-1 cm de largura, verde-aver-
melhadas, com tricomas glandulares curtos e longos tentáculos glandulares, estípulas
retangulares. Flores róseas, em grupos de 3 a 15, pedúnculo com base reta, até 25 cm
de comprimento, glabro. Pistilo com 5 estiletes indivisos. Fruto seco com numerosas
e minúsculas sementes ovoides. Distingue-se de todas as demais espécies do gênero
ocorrentes no Brasil pelas flores com 5 estiletes indivisos (vs. 3 bifurcados na base em
todas as demais).
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos, geralmente
em altitudes elevadas.
246 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
247
Drosera sessilifolia
248 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Ericaceae
Gaylussacia brasiliensis
250 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eriocaulaceae
Sinônimo: Paepalanthus polyanthus (Bong.) Kunth
Nomes populares: sempre-viva, chuveirinho, bem-casado
Erva, com 10-75 cm de altura. Folhas em roseta, 10-15 cm de comprimento e 0,7-1 cm
de largura, margem ciliada, com tricomas alvos, longos, bem visíveis. Sinflorescência
com 7 a muitos paracládios em disposição espiralada ao longo do eixo. Escapos com
disposição umbeliforme ou esférica, hirsutos. Esta espécie possui variação morfológica,
podendo não apresentar eixo central da sinflorêscencia, com os escapos partindo dire-
tamente da porção central da roseta.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
252 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
253
Actinocephalus
polyanthus
254 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eriocaulaceae
Sinônimo: Eriocaulon kunthii Koern.
Erva perene, com 30-60 cm de altura. Folhas em roseta, 19-20 cm de comprimento
e 1,5-3 cm de largura, lanceoladas, carnosas, glabras. Espatas com ápice truncado,
glabras. Capítulos compactos, esféricos a semiesféricos, as brácteas mais curtas que as
flores, estames negros.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
Jacaranda decurrens
256 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eriocaulaceae
Sinônimos: Eriocaulon flavescens Bong., Dupatya flavescens (Bong.) Kuntze, Paepalan-
thus flavescens (Bong.) Körn.
Nomes popular: sempre-viva-do-cerrado
Erva, com 18-35 cm de altura. Folhas dispostas em roseta basal, 3-15 cm de compri-
mento e 0,2-1 cm de largura, pilosas, ápice obtuso ou arredondado. Espatas pilosas,
podendo ser fendidas obliquamente, estriadas. Escapos multicostados. Capítulos semi-
globosos, brácteas involucrais de coloração creme ou castanha, em 3 séries, lanceola-
das, com ápice agudo.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
258 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eriocaulaceae
Paepalanthus chiquitensis Herzog
Sinônimos: Paepalanthus amoenus var. bolivianus Moldenke, Paepalanthus erectifolius
var. glabra Silveira, Paepalanthus erectifolius var. grandifolia Silveira
Nome popular: chuveirinho
Erva, com até 1,5 m de altura. Folhas dispostas em roseta, 25-40 cm de comprimento
e 1,5-2,5 cm de largura, lanceoladas, pilosas ou esparsamente pilosas em ambas as
faces, tricomas alvos. Eixo central alongado, região de onde se origina uma umbela de
capítulos. Capítulos subglobosos, brácteas involucrais douradas ou castanho-douradas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
259
Eriocaulaceae
Sinônimos: Eriocaulon flaccidum Bong., Eriocaulon juniperinum (Kunth) Steud., Paepa-
lanthus babyloniensis Silveira
Erva, com 30-60 cm de altura. Folhas espiraladas, dispostas ao longo do caule ramifica-
do, 5-10 mm de comprimento e 1-2 mm de largura, recurvadas, pilosas, tricomas longos
e alvos. Espatas pilosas, ápice agudo. Capítulos semiesféricos, brácteas involucrais com
5 a 6 séries.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos a alagadiços.
260 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Paepalanthus
chiquitensis
261
262 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eriocaulaceae
Sinônimos: Eriocaulon caulescens Poir., Syngonanthus caulescens var. angustifolius
Moldenke, Syngonanthus glandulosus Gleason
Nomes populares: sempre-viva, sempre-viva-do-cerrado
Erva, com até 30 cm de altura. Folhas congestas ou esparsamente distribuídas ao lon-
go do caule aéreo, 0,5-5 cm de comprimento e 0,1-1 cm de largura, patentes, ápice
agudo-mucronado ou acuminado, pilosas, tricomas curtos. Espatas com ápice longa-
mente acuminado, recurvado, pilosas. Capítulos globosos ou subglobosos. Essa espécie
apresenta grande variação morfológica, podendo ser encontrada em tamanhos muito
diminutos.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos a alagadiços.
264 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Erythroxylaceae
Sinônimo: Erythroxylum campestre var. obovale Mart.
Nome popular: mercúrio-do-campo
Subarbusto com altura geralmente inferior a 1 m, geralmente vários caules próximos
emergindo de um sistema subterrâneo comum. Ramos marrom-avermelhados, lenti-
celas esparsas e alongadas, com ramentos esparsos. Folhas curto-pecioladas, simples,
alternas, elípticas a obovais, cerca de 7 cm de comprimento e 4 cm de largura, ápice
geralmente arredondado, base aguda a arredondada, glabras, lustrosas em ambas as
faces. Flores brancas em grupos axilares. Fruto elipsoide vermelho, cerca de 8 mm de
comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Cochlospermum
regium
266 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Euphorbiaceae
Subarbusto prostrado, hirsuto, ramos pilosos, até 45 cm de comprimento, rentes ao
chão, látex hialino. Folhas simples, alternas, elípticas a ovais, 5-15 cm de comprimento
e 2-6 cm de largura, base cuneada a truncada, ápice agudo, tricomas estrelados em
ambas as faces, margem dupla a triplamente serreada, duas glândulas na base do limbo.
Flores alvas, em inflorescência racemosa curta, terminal. Fruto cápsula globosa, cerca
de 5 mm, verde-amarronzada.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
268 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Croton glandulosus L.
Euphorbiaceae
Erva a subarbusto, altura geralmente inferior a 60 cm, látex hialino, ramos castanhos,
pilosos, geralmente três partindo de um mesmo ponto. Folhas simples, alternas, ovais a
oval-lanceoladas, 1,5-5,5 cm de comprimento e 1-3,3 cm de largura, com tricomas es-
trelados em ambas as faces, base truncada, cuneada ou obtusa, ápice agudo ou obtuso,
margem serreada, pecíolo com duas glândulas pateliformes. Flores brancas, em inflo-
rescência racemosa terminal ou axilar. Fruto cápsula globosa, pilosa, cerca de 4,5 mm.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
270 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Euphorbiaceae
tripartita
Sinônimo: Manihot tripartita var. genuina Müll.Arg.
Nomes populares: mandioca-brava, mandioquinha-do-campo
Arbusto, cerca de 1 m de altura, ramos pilosos, látex branco abundante. Folhas simples,
alternas, longo-pecioladas, geralmente trilobadas, lobos ovais a elípticos, cerca de 7
cm de comprimento e 3 cm de largura, ápice agudo ou obtuso, apiculado, opacas e
pubescentes em ambas as faces. Flores esverdeadas, em inflorescência racemosa axilar
ou terminal. Fruto cápsula elipsoide, pilosa, 2 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
272 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Euphorbiaceae
Sinônimo: Cnemidostachys bidentata Mart. & Zucc.
Erva cespitosa, ereta, até 1 m de altura, ramos com poucas folhas. Folhas simples, al-
ternas, estreito-lanceoladas, 1,5-6,5 cm de comprimento e 1-4 mm de largura, base
atenuada, ápice acuminado, uninérveas, margem serrilhada, com os dentes adpressos
à lâmina. Flores amareladas, em inflorescência espiciforme terminal ou axilar. Fruto
cápsula tricoca oblonga, cerca de 4 mm.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
274 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Euphorbiaceae
Nome popular: sarã
Arbusto ereto, altura até 3 m, látex branco. Folhas simples, alternas espiraladas, elípticas
a obovadas, 4-10 cm de comprimento e 2-6 cm de largura, base cuneada, às vezes de-
corrente, ápice cuneado a arredondado, às vezes apiculado, glabras, lustrosas, margem
serrilhada, glândulas na junção do pecíolo com o limbo. Flores pequenas, vermelhas,
em inflorescência espiciforme. Fruto cápsula tricoca globosa a oblonga, cerca de 7 mm,
vinácea.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
276 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nomes populares: carrapicho, pega-pega, carrapichinho, sensitiva-mansa
Subarbusto prostrado, ramos pilosos com até 60 cm de comprimento. Folhas curto-pe-
cioladas, alternas, compostas pinadas, 5-9 folíolos alternos ou subopostos, elípticos a
obovais, ápice obtuso, mucronado, base oblíqua, 6-10 mm de comprimento, 3-4 mm
de largura, com pilosidade em ambas as faces. Flores amarelas, em racemo axilar ou
terminal, muito mais longo que as folhas, com poucas flores. Fruto lomento com 6-8
artículos, pelos longos e eretos ao longo do pedicelo.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes perturbados, em terrenos
secos.
278 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nomes populares: angelim-do-campo, angelim-rasteiro, morcegueira, mata-barata,
manga-do-campo
Subarbusto com altura inferior a 50 cm, vários caules unidos por um sistema radicular
robusto e ramificado, formando moitas que podem ultrapassar 10 m de diâmetro. Cada
caule tem poucas folhas, compostas imparipinadas, 9-15 folíolos curto-peciolados, ge-
ralmente elípticos, cerca de 6 cm de comprimento e 2,5 cm de largura, ápice agudo, ar-
redondado a emarginado, base arredondada a obtusa, lustrosos na face superior, opacos
e às vezes pubescentes na face inferior. Pecíolos e peciólulos espessados na base. Flores
róseo-arroxeadas, em racemos axilares mais curtos que as flores. Fruto drupa elipsoide
amarela, cerca de 5 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
280 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
281
Andira humilis
282 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cercidoideae
Fabaceae
Nomes populares: unha-de-vaca, pata-de-vaca-do-cerrado
Arbusto a arvoreta, ramos eretos, pubescentes, altura geralmente inferior a 2 m em vege-
tação campestre. Folhas simples, alternas, rijas, verde-escuras, tamanho e forma muito
variáveis, inteiras a curtamente bilobadas, cerca de 10 cm de comprimento e 8 cm de
largura. Ápice agudo ou obtuso, base arredondada a cordada. Face superior glabra, a
inferior com pilosidade variável. Flores brancas, em inflorescência racemosa terminal,
em que o eixo, os pedúnculos e os cálices são castanhos, pubescentes. Fruto legume
achatado, cerca de 20 cm de comprimento e 2 cm de largura, pubescente.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes perturbados, em terrenos
secos.
284 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Calliandra dysantha
286 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nomes populares: jequitirana, jetirana
Trepadeira herbácea, geralmente estendendo os ramos rente ao solo. Folhas pecioladas,
alternas trifolioladas, folíolos subsésseis, elípticos a estreito obovais, ápice arredonda-
do, mucronado, base aguda, cerca de 5 cm de comprimento e 2 cm de largura, opacos,
nervação terciária proeminente na face inferior do limbo. Os peciólulos, muito curtos,
são vináceos. Flores róseas a lilases, em inflorescências axilares com poucas flores.
Fruto legume linear achatado, margens espessadas, cerca de 10 cm de comprimento e
4 mm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
288 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Barneby var. cathartica
Sinônimo: Cassia cathartica Mart.
Nome popular: sene-do-campo
Subarbusto a arbusto ramificado, com altura geralmente inferior a 1 m, pelos glandu-
losos mais ou menos esparsos em toda a planta. Estípulas filiformes, folhas alternas,
compostas paripinadas, raque canaliculada, 6-11 pares de folíolos elípticos, ápice ar-
redondado, base assimétrica, glabros com a margem ciliada, eventualmente com pelos
nas nervuras. Flores amarelas, solitárias, axilares. Fruto legume compresso, piloso, cerca
de 3 cm de comprimento e 0,5 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
290 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
H.S.Irwin & Barneby
Sinônimo: Cassia desvauxii var. mollisima Benth.
Nome popular: sene
Subarbusto viloso, ereto, vários caules frágeis partindo de um sistema radicular robus-
to, altura ao redor de 50 cm. Estípulas grandes, lanceoladas, persistentes, espaçadas
nos ramos. Folhas alternas, compostas pinadas, dois pares de folíolos opostos, vilosos,
espatulados, sésseis, cerca de 2 cm de comprimento e 1 cm de largura, ápice obtuso
a arredondado, base aguda, glabros, 2-4 nervuras principais partindo da base. Flores
amarelas, isoladas, axilares, com pedúnculos mais longos que as folhas. Fruto legume
compresso, viloso, cerca de 4 cm de comprimento e 1 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
292 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Sinônimo: Cassia flexuosa L.
Nomes populares: mimosa, peninha
Erva a subarbusto, altura ao redor de 60 cm, ramos castanhos, rijos, geralmente inclina-
dos, pubescentes, em zigue-zague no ápice. Folhas alternas dísticas, pinadas, cerca de
40 pares de folíolos opostos, sésseis, oblongos, com ápice acuminado e base assimétri-
ca, glabros, cerca de 8 mm de comprimento e 1,2 mm de largura. A base dos folíolos
mais clara que o limbo forma uma faixa clara na folha ao longo da raque. Estípulas
persistentes grandes, 1-2 nectários no pecíolo. Flores amarelas, isoladas ou geminadas,
axilares. Fruto legume plano, compresso, cerca de 5 cm de comprimento e 0,5 cm de
largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes perturbados, em terrenos
secos.
294 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Barneby
Sinônimo: Cassia ochnacea (Vogel) H.S.Irwin & Barneby
Subarbusto, altura ao redor de 1 m, ramos eretos, glabros. Folhas alternas, compostas
por dois pares de folíolos glabros, sésseis, elípticos, ápice agudo a arredondado, mucro-
nado, base assimétrica, espessamento na base da nervura central. Limbo de coloração
verde glauca, opaco, margem cartilaginosa avermelhada. Flores amarelas, em racemo
terminal grande e vistoso, de forma cônica. Fruto legume compresso, cerca de 4 cm de
comprimento e 0,7 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
296 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Sinônimo: Cassia rotundifolia Pers.
Nomes populares: erva-de-coração, mata-pasto, fedegoso
Erva a subarbusto, altura geralmente inferior a 20 cm, ramos prostrados, avermelhados,
pubescentes. Estípulas grandes, lanceoladas, persistentes, espaçadas nos ramos. Folhas
alternas, compostas por um par de folíolos sésseis, orbiculares a obovais, cerca de 1,2
cm de comprimento e 1,0 cm de largura, ápice arredondado e mucronado, base assi-
métrica, dispostos como se fossem borboletas com as asas entreabertas. Flores amarelas
solitárias, axilares, mais longas que as folhas. Fruto legume compresso, cerca de 3 cm
de comprimento e 0,4 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes perturbados, em terrenos
secos ou sazonalmente úmidos.
298 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
299
Chamaecrista ramosa
var. parvifoliola
300 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nome popular: espelina-falsa
Subarbusto, cerca de 20 cm de altura, poucos ramos partindo da base. Folhas alternas
geralmente trifolioladas (às vezes 1-2). Folíolos lineares, glabros, sésseis, cerca de 10 cm
de comprimento e 0,5 cm de largura (os laterais menores), secção em "v", a face inferior
glauca. Flores lilases a roxas, em inflorescências axilares longipedunculadas, com 1-2
flores, mais longas que as folhas. Fruto legume com cerca de 8 cm de comprimento e
0,7 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
302 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Erva a subarbusto, altura ao redor de 20 cm, densamente revestida por pilosidade aco-
breada, hirsuta. Ala internodal decorrente, cerca de 1,5 cm de comprimento e menos
de 5 mm de largura, ápice agudo, às vezes ausente nos ramos inferiores. Folhas alternas
simples, sésseis, elípticas ou lanceoladas, cerca de 3 cm de comprimento e 1 cm de
largura, ápice mucronado e base subcordada. Flores amarelas, em racemos paucifloros.
Fruto legume inflado, verde-claro a negro, glabro, cerca de 2,5 cm de comprimento e
1 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
304 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Crotalaria pallida
var. obovata
306 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nomes populares: barbadinho, carrapicho, pega-pega
Subarbusto prostrado, ramos recobertos por pilosidade clara abundante. Estípulas gran-
des, castanhas, acuminadas. Folhas alternas compostas trifolioladas, discolores. Folío-
los elípticos, cerca de 2,5 cm de comprimento e 1,5 cm de largura, ápice mucronado,
discolores, com pelos esparsos na face superior e muito densos, esbranquiçados, na
face inferior. Flores azul-arroxeadas, dispostas em inflorescências racemosas terminais
ou axilares, os cálices muito pilosos resultando em aspecto muito peculiar. Fruto lomen-
to séssil, verde a pardacento, negro quando maduro, 2-4 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas e em ambientes perturbados, em terre-
nos sazonalmente úmidos.
308 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Desmodium subsecundum
310 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Fortunato
Nome popular: feijão-bravo
Subarbusto ereto, cerca de 30 cm de altura. Caule piloso, frequentemente geniculado,
entrenós longos. Estípulas lanceoladas, longas, rostradas, de coloração castanha. Fo-
lhas subsésseis, alternas, compostas trifolioladas, as basais podendo ser unifolioladas.
Peciólulos espessados, folíolos estreito elípticos, cerca de 6 cm de comprimento e 1,5
cm de largura, ápice mucronado, pelos longos e esparsos nas duas faces do limbo,
especialmente em folhas novas. Flores amarelas, em racemo mais curto que as folhas,
frequentemente com uma única flor. Fruto legume compresso deiscente, curto, rostrado,
com menos de 2 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos a sazonalmente
úmidos.
312 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nome popular: feijão-bravo
Subarbusto ereto, cerca de 50 cm de altura, caule geralmente simples, piloso, ama-
relado ou rufo, entrenós longos. Folhas alternas, compostas trifolioladas (as basais
podendo ser unifolioladas, curto-pecioladas. Folíolos lineares, os laterais menores,
cerca de 10 cm de comprimento e 1 cm de largura, eretos, ápice acuminado-mu-
cronado, base aguda, geralmente com tricomas longos. Flores amarelas, em racemo
axilar, muito mais curto que as folhas. Fruto legume compresso, rostrado, cerca de
1 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
314 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nomes populares: feijão-do-campo, feijão-bravo
Subarbusto procumbente a decumbente, caule pubescente, flexível, cujo comprimento
ultrapassa 1 m. Folhas alternas, unifolioladas, peciólulo com cerca de 1 mm. Folíolo
elíptico a oblongo, cerca de 10 cm de comprimento e 4 cm de largura, rijo, pubescente,
ápice arredondado mucronado, nervação proeminente na face inferior, inclusive o re-
ticulado da nervação terciária. Flores róseas a lilases, em racemos axilares mais longos
que as folhas. Fruto legume compresso, pubescente, cerca de 3 cm de comprimento e
0,5 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
316 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nome popular: feijão-bravo
Subarbusto ereto, cerca de 70 cm de altura. Um ou poucos caules pubérulos partindo
da base. Folhas alternas, unifolioladas, sésseis. Folíolo elíptico a oblongo, cerca de 7
cm de comprimento e 3 cm de largura, ápice arredondado a emarginado, densamente
revestido por pilosidade branca, que dá às folhas, especialmente às novas, um aspecto
argênteo. Flores róseas a lilases, em racemos curtos axilares. Fruto legume seríceo-vilo-
so, especialmente quando jovem.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos ou sazonalmente
úmidos.
318 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Galactia martii
320 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Sinônimo: Indigofera gracilis Bong. ex Benth.
Nome popular: anileira
Subarbusto ereto, até 50 cm de altura, com xilopódio. Folhas sésseis, alternas, unifo-
lioladas, folíolos lineares, cerca de 10 cm de comprimento e 1 mm de largura, glabres-
centes ou com tricomas adpressos. Flores coral, dispostas em racemos axilares. Fruto
legume cilíndrico, reto, cerca de 3 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro. Tem a
floração estimulada pelo fogo.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
322 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Nome popular: dormideira
Subarbusto decumbente, cerca de 50 cm de altura. Ramos inermes, hirsutos. Estípulas
lanceoladas, trinervadas. Folhas alternas, compostas por um par de folíolos, cada um
formado por cerca de 25 pares de foliólulos. Foliólulos oblongos, cerca de 7 mm de
comprimento e 2 mm de largura, pubescentes. Flores róseo-lilacinas, em inflorescência
globosa com cerca de 6 mm de diâmetro. Fruto craspédio formando aglomerados com
cerca de 3 cm de diâmetro. Diferencia-se de M. xanthocentra especialmente pelo hábi-
to decumbente e por ter no máximo 3 nervuras nas estípulas.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
324 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Nome popular: mimosa
Subarbusto semiprostrado, altura ao redor de 70 cm. Ramos inermes, com pelos sim-
ples. Folhas compostas por um par de folíolos, cada um com cerca de 15-20 pares de
foliólulos oblongos, 8 mm de comprimento por 3 mm de largura, setosos em ambas as
faces, com a margem mais clara que a lâmina. Inflorescências globosas, róseas, isola-
das, 6-9 mm de diâmetro. Frutos formando uma estrutura globosa espinescente, cerca
de 2 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
326 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Nomes populares: juqueri, mimosa
Arbusto ereto, cerca de 1 m de altura, inerme, sem tricomas glandulares. Ramos lano-
sos, macios, esbranquiçados. Folhas compostas por um par de folíolos, cada um com
cerca de 15 pares de foliólulos oblongos, cerca de 1,2 cm de comprimento e 0,3 cm de
largura, pilosidade macia em ambas as faces. Inflorescências globosas, róseas, cerca de
2 cm de diâmetro, dispostas em um racemo terminal. Frutos formando uma estrutura
globosa espinescente, cerca de 3 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
328 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Nome popular: mimosa
Subarbusto a arbusto ereto, cerca de 1,5 m de altura, pouco ramificado. Ramos glabros,
amarelados. Folhas compostas por um par de folíolos, cada um com cerca de 10 pares
de foliólulos oblongos, cerca de 1,5 cm de comprimento e 0,5 cm de largura, glabros,
rígidos, com a margem espinescente, mais clara que a lâmina. Inflorescências globosas,
róseas, isoladas, cerca de 2,5 cm de diâmetro. Frutos formando uma estrutura globosa
espinescente, cerca de 3 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a sazonalmente
úmidos.
330 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Caesalpinioideae
Fabaceae
Sinônimo: Mimosa viscida Willd.
Nome popular: juqueri
Arbusto ereto, altura ao redor de 1 m, ramos glabros a estrigosos, delgados, flexuosos,
inermes, avermelhados. Folhas alternas, compostas bipinadas, 2-6 pares de pinas, com
cerca de 30 foliólulos glabros. Espículas interpinais ovais. Flores róseas, em inflorescên-
cias globosas com cerca de 1 cm de diâmetro. Fruto craspédio, com cerca de 5 cm de
comprimento e 0,4 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes perturbados, em terrenos
secos.
332 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Sinônimo: Glycinopsis heterophylla (Benth.) Kuntze
Subarbusto ereto, altura ao redor de 50 cm, ramos jovens castanho-averme-
lhados. Folhas sésseis, alternas, compostas trifolioladas, uma raque de 2 cm
separando o folíolo terminal dos basais, que são menores e assimétricos. O
folíolo terminal é oval, ápice agudo e base obtusa, apiculado, cerca de 7 cm
de comprimento e 4 cm de largura, nervação impressa na face superior e
proeminente na face inferior. Flores vermelhas, dispostas em inflorescências
terminais paucifloras, mais longas que as folhas, com pedúnculo vináceo.
Fruto legume compresso, rostrado, cerca de 6 cm de comprimento e 0,5 cm
de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
334 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Periandra
mediterranea
336 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nome popular: meladinho
Subarbusto piloso, com altura não ultrapassando 20 cm, às vezes muito ramificado na
base, com xilopódio. Folhas alternas trifolioladas. Folíolos estreito-elípticos, cerca de
1,5 cm de comprimento e 0,4 cm de largura, com pelos longos esbranquiçados em am-
bas as faces. As flores pequenas, amarelas com estrias vináceas, são dispostas entre as
brácteas da inflorescência terminal ovoide, de coloração verde-clara a amarelada, com
cerca de 2 cm de diâmetro, desproporcionalmente grande para o porte da planta. Fruto
lomento com dois artículos.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
338 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Stylosanthes
gracilis
340 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Nomes populares: alfafa-do-campo, meladinho
Subarbusto ramosíssimo, com altura ao redor de 70 cm. Ramos eretos, geralmente com
tricomas curtos e escabrosos, ramos e pecíolos castanho-avermelhados. Folhas alternas
trifolioladas, folíolos elípticos a oblongos, base e ápice agudos, cerca de 1,5 cm de
comprimento e 0,7 cm de largura. Flores amarelas com estrias vináceas, em inflorescên-
cia terminal curta, elíptica a obovoide, com até 2-3 conjuntos de espigas. Fruto lomento
com dois artículos, rostro uncinado.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
342 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Papilionoideae
Fabaceae
Subarbusto com altura até 70 cm, ramos eretos, glabros, não ramificados. Estípulas
lineares a lanceoladas, glabras, 3-15 x 1-4 mm. Folhas alternas, longipecioladas, com-
postas bifolioladas. Folíolos glabros, os inferiores orbiculares a lanceolados, os supe-
riores lineares, ligeiramente glaucos, com pontoações na face inferior, cerca de 4 cm
de comprimento e 0,3 cm de largura. Flores amarelas, em inflorescência espiciforme
glabra. Fruto lomento com 5-6 artículos.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
344 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Gentianaceae
Sinônimos: Irlbachia pedunculata (Cham. & Schltdl.) Maas, Lisianthus pedunculatus
Cham. & Schltdl.
Nomes populares: genciana, trombeta-vermelha
Subarbusto glabro, com altura ao redor de 50 cm, um ou poucos caules, de secção tetra-
gonal. Folhas simples, opostas, sésseis, elípticas, cerca de 4 cm de comprimento e 1,5 cm
de largura, menores e ovais próximo à inflorescência, base arredondada, ápice acumi-
nado, nervação acródroma, proeminente na face inferior. Flores vermelhas, isoladas ou
em inflorescências paucifloras terminais. Fruto cápsula com até 3 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonalmente úmidos.
346 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Gentianaceae
Sinônimos: Irlbachia speciosa (Cham. & Schltdl.) Maas, Lisianthus speciosus Cham. &
Schltdl.
Nomes populares: lírio-do-brejo, lírio-do-cerrado
Subarbusto glabro, com altura ao redor de 70 cm, um ou poucos caules, de secção
tetragonal. Folhas simples, opostas, sésseis, elípticas, arredondadas a ovais, cerca de
5 cm de comprimento e 4 cm de largura, menores rumo à inflorescência. Base obtusa
a cuneada, ápice arredondado (que o diferencia de C. pedunculatus e C. pendulus),
nervação acródroma. Flores azuis, violáceas a raramente alvas, em inflorescências ter-
minais com uma ou poucas flores. Fruto cápsula com cerca de 2 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
348 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Gentianaceae
Nome popular: centáurea-menor
Erva ereta, cerca de 40 cm de altura, ramos delgados, vináceos, pubescentes. Folhas
simples, opostas, sésseis, ovais, elípticas a espatuladas, tamanho muito variável, com-
primento de 3 a 8 cm, largura de 1 a 5 cm, base cuneada, ápice agudo, margem cre-
nada, pelos longos esparsos. Flores pequenas, brancas com a base das pétalas vinácea,
dispostas em inflorescência terminal. Fruto cápsula, cerca de 5 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
350 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Gentianaceae
Erva anual glabra, ereta, altura até 30 cm, um ou poucos caules tetragonais. Folhas
simples, opostas, os pares muito distantes ao longo do caule, sésseis, ovais, cerca de 2
cm de comprimento e 1 cm de largura, base arredondada, ápice agudo. Flores de colo-
ração muito variável, podendo ser creme, rósea, vinácea, lilás ou roxa, isoladas ou em
inflorescências terminais paucifloras. Fruto cápsula com cerca de 1,5 cm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
352 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Gesneriaceae
Sinônimos: Sinningia tribracteata (Otto & Dietr.) Wiehler, Corytholoma tribractea-
tum (Otto & Dietr.) Fritsch, Gesnera tribracteata Otto & Dietr.
Nome popular: batata-de-perdiz
Erva rupícola ou terrestre, 15 a 60 cm de altura, ramos pilosos. Folhas simples, verti-
ciladas, às vezes opostas ou alternas, 4-10 cm de comprimento e 1,5-3 cm de largura,
ovado-oblongas, obtusas a agudas no ápice, margem crenulada, base obtusa, pilosas
em ambas as faces. Flores sésseis, vermelho-alaranjadas, em espiga terminal. Fruto cáp-
sula, cônico, marrom.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos ou sazonalmente úmidos.
354 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Haloragaceae
Sinônimo: Serpicula brasiliensis Cambess.
Erva prostrada, altura até 30 cm, caule avermelhado, glabro ou raramente piloso, geral-
mente radicante. Folhas simples, opostas ou alternas na parte inferior do caule, alternas
em direção ao ápice, 5-25 mm de comprimento e 1-7 mm de largura, lineares a lanceo-
ladas, ápice agudo ou obtuso, base estreita e levemente decorrente, margem bidenteada
em direção ao ápice, glabras ou raramente pilosas. Inflorescência em verticilos axilares,
flores pequenas, róseas. Fruto globoso, 0,5-0,9 mm, vermelho.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
356 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Iridaceae
Sinônimos: Alophia coerulea (Vell.) Chukr, Sisyrinchium coeruleum Vell.
Nomes populares: baririço-azul, ruibarbo-do-campo
Erva, altura até 50 cm, catáfilos 6-10 cm de comprimento e 1,6-2 cm de largura. Folhas
lineares, plissadas, estreitas, 34-55 cm de comprimento e 0,2-1,4 cm de largura. Inflo-
rescência geralmente uma por planta, flores lilases ou roxas. Fruto cápsula, 2,5-3 cm de
comprimento e 0,7-1 cm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
358 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Iridaceae
Sinônimo: Sisyrinchium hoehnei I.M.Johnst.
Nome popular: ruibarbo-do-campo
Erva cespitosa, folhas basais, lineares, planas, 18-40 cm de comprimento e 1-3 mm
de largura. Inflorescências 2 a 10 por planta, congestas, flores amarelas. Fruto cápsula
globosa, 1,5-3 mm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
360 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Sisyrinchium
purpurellum
362 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Sisyrinchium restioides
364 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Iridaceae
Nomes populares: baririçó, batatinha-do-campo, ruibarbo, ruibarbo-do-campo, rui-
barbo-amarelo
Erva bulbífera, altura ao redor de 80 cm, formando touceiras ou comumente com um
único caule. Folhas cilíndricas 1-5, 8-12 cm de comprimento e 1-3 mm de largura.
Flores amarelas ou alaranjadas, com listras castanhas a vináceas, em inflorescência
terminal. Fruto cápsula, oval ou oboval-oblonga, 1-2 cm de comprimento e 0,6-1,5 cm
de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos, com a parte aérea
vegetando apenas na primavera e início do verão.
366 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Nome popular: mendoca
Erva, subarbusto ou arbusto, altura 0,3-1,8 m. Ramos castanho-avermelhados, densa-
mente vilosos a hirsutos. Folhas simples, alternas, em geral agrupadas no ápice, com-
primento 4-19 cm, largura 1-6,5 cm, obovais a oblongas, ambas as faces vilosas a hir-
sutas, base atenuada, margem crenada a serreada, ápice agudo a obtuso-arredondado,
pecíolo curto, densamente viloso ou velutino. Flores 1-7, tubulosas, amarelo-claras, em
inflorescência terminal. As folhas e os cálices vermelhos dão à inflorescência como um
todo a cor vermelha. Fruto drupáceo, esverdeado quando imaturo, negro na maturida-
de, 1 cm de comprimento, 4 mericarpos.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
368 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Eriope crassipes Benth.
Erva, altura 25-34 cm, com xilopódio. Ramos hirsurto-lanuginosos na base. Folhas cur-
to-pecioladas, simples, opostas, comprimento 2,5-4 cm, largura 2-3 cm, ovais a elíp-
ticas, base obtusa a levemente cordada, ápice arredondado e margem crenada, rijas e
ásperas, pilosidade esparsa ou ausente. Flores lilases a roxas, em racemo ou panícula
terminal. Fruto núcula, 2-3 x 1,5-2 mm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
370 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Erva, até 70 cm, ramos flexuosos, ramos estriados, pilosidade abundante. Folhas sim-
ples, opostas, curto-pecioladas, ovais, elípticas ou raro obovais, comprimento 1,5-2,3
cm, largura 2,0-3,5 cm, margem irregularmente dentada, ápice obtuso a agudo, base
aguda a obtusa, pubescentes em ambas as faces, com a nervação terciária muito evi-
dente. Flores diminutas, alvas com máculas purpúreas, em densos pseudoverticilos, dis-
postos em entrenós espaçados ao longo dos ramos e congestos no ápice. Fruto aquênio
oblongo-achatado.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
372 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Subarbusto ramoso, ereto, até 35 cm. Ramos tetrágonos, sulcados, rufo-pilosos, trico-
mas longos. Folhas simples, opostas, ascendentes, subsésseis, ovais, cerca de 2,5 cm de
comprimento e 1 cm de largura, base obtuso-arredondada ou atenuada, ápice agudo,
mucronado, margem irregularmente serreada, glabras ou com pelos longos e esparsos
próximo à base, pontoações impressas em todo o limbo. Flores diminutas brancas, aglo-
meradas em capítulos subglobosos. Fruto núcula.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos moderadamente úmidos.
374 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Subarbusto ereto, caule único, até 1 m de altura, ramos tetrágonos, denso-lanosos, es-
branquiçados. Folhas simples, opostas cruzadas, sésseis, agrupadas na base do caule,
ovado-elípticas a espatuladas, comprimento 6,5-14 cm, largura 2-5,5 cm, base cunea-
da ou atenuada, ápice obtuso a arredondado, margem crenada, exceto no terço basal,
ambas as faces hirsutas ou velutinas, nervação terciária muito evidente. Flores róseas
diminutas, em capítulos hemisféricos que mantêm as brácteas, formando uma espiga
congesta vinácea no ápice do ramo. Fruto núcula achatada.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
376 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Nome popular: hortelã-do-cerrado
Arbusto, até 1 m, de aspecto viloso, ramos levemente tetrágonos, pilosos. Folhas aro-
máticas, subsésseis, simples, opostas ou verticiladas, largo-ovais ou orbiculares, cerca
de 3 cm de comprimento e 2 cm de largura, base arredondada a cordada, ápice obtuso
ou arredondado, margem crenada, vilosa em ambas as faces, nervação terciária muito
evidente em ambas as faces. Flores lilases, em capítulos globosos com cerca de 2,5 cm
de diâmetro, longamente pedunculados. Fruto carcerulídio.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
378 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Arbusto, até 2 m de altura, pouco ramificado, ramos longos, flexuosos, pilosos. Folhas
simples, verticiladas, subsésseis, ovais ou largamente ovais, comprimento 1,5-6 cm,
largura 1,5-4 cm, base cordada, ápice arredondado, margem crenada, pilosidade em
ambas as faces, mais abundante e esbranquiçada na face inferior. Flores róseas a lilases,
diminutas, dispostas em capítulo globoso com muitos tricomas, de coloração verde.
Fruto núcula achatada.
Ocorre em fisionomias savânicas ou florestais, em terrenos secos.
380 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Erva ou subarbusto, altura até 70 cm, pouco ramificado. Caule tetrágono, ereto, com
alguns ramos opostos ao longo do caule, com pilosidade acinzentada. Folhas sésseis,
simples, opostas, linear oblongas, comprimento 1,5-3,5 cm, largura 0,3-0,5 cm, ápice
obtuso, margem revoluta, pilosas. Flores lilases, pilosas, em racemo espiciforme ou es-
piga terminal, densamente verticilada. Fruto núcula ovoide.
Ocorrem em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
382 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lamiaceae
Subarbusto, até 1,5 m de altura, geralmente com caule único. Ramos tetrágonos, viná-
ceos, estrigosos, ásperos, folhas agrupadas na base do caule. Folhas subsésseis, simples,
opostas cruzadas, ascendentes, estreitamente elípticas, elíptico-oblanceoladas a oblon-
go-lanceoladas, comprimento 5-10,5 cm, largura 0,8-2,8 cm, ápice agudo, base aguda
a arredondada, margem crenado-serreada, pilosidade esparsa, nervura central vinácea
na face inferior. Flores vermelhas, em racemo terminal. Fruto núcula achatada, cerca de
4 x 3 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
384 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lentibulariaceae
Erva submersa ou palustre, ereta, estolões cilíndricos. Folhas simples, pinatífidas, com
segmentos irregulares, capilares, o distal transformado em utrículo ovoide. Flores ró-
seo-purpúreas, 1-2 no ápice do escapo, cujo comprimento varia de 2-11,5 cm. Fruto
cápsula.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos ou alaga-
diços.
386 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lentibulariaceae
Sinônimos: Utricularia dentata Weber ex Benj., Utricularia lundii A.DC., Utricularia
polyschista Benj.
Erva terrestre ou palustre, ereta, estolões cilíndricos, ramificados. Folhas simples, linea-
res, ápice agudo, utrículos pedicelados, globosos, nas ramificações dos estolões. Flores
amarelas grandes, em inflorescência racemosa, eixo floral geralmente glabro, raramente
com pilosidade esparsa na base, escapo com 24-90 cm de comprimento. Fruto cápsula
globosa, 3-4 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos ou alagadiços.
388 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Utricularia subulata L.
Lentibulariaceae
Erva terrestre ou palustre, estolões filiformes, ramificados. Folhas simples, 2-11 mm de
comprimento, estreitamente lineares, ápice subagudo, utrículos sésseis, ovoides, nos
estolões e nas folhas. Flores amarelas, 1-7, em inflorescência racemosa, ereta, escapo
4-19 cm de comprimento, filiforme, vináceo, glabro ou raramente papiloso na base.
Fruto cápsula globosa, 1-1,5 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos ou alaga-
diços.
389
Utricularia
subulata
390 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lentibulariaceae
Erva terrestre ou palustre, estolões cilíndricos, ramificados. Folhas simples, modera-
damente numerosas, 3-5 mm de comprimento, estreitamente lineares, utrículos pedi-
celados, ovais. Flores amarelas, em inflorescência racemosa ereta ou flexuosa, eixo
floral 4-17 cm, cilíndrico, glabro a esparsamente glanduloso na base, 1-8 flores. Fruto
cápsula globosa, 1-1,2 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos ou ala-
gadiços.
392 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cuphea
linarioides
394 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lythraceae
Subarbusto ereto, cerca de 1 m de altura, ramos flexuosos, com tricomas curtos e
adpressos. Folhas simples, opostas, subsésseis, 10-25 mm de comprimento e 4-14 mm
de largura, geralmente lanceoladas, ápice agudo, base obtusa, comprimento geralmente
maior que duas vezes a largura, margem revoluta, glabras ou quase, discolores, nervura
principal sulcada na face superior, nervação secundária mais escura que o limbo na
face inferior. Flores róseas, em inflorescência racemosa. Fruto cápsula.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
396 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malpighiaceae
Erva a subarbusto perene, 8-15 cm, usualmente com caule único, quando jovem reves-
tido por tricomas claros, longos, adpressos e aciculados. Folhas simples, opostas, ovais
a oval-lanceoladas, base cordada a arredondada, ápice agudo, apiculado, multinerva-
das, discolores, densamente revestidas em ambas as faces de tricomas longos, claros,
que conferem às folhas um aspecto argênteo. Flores amarelas, isoladas, axilares. Fruto
samarídeo.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
398 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Banisteriopsis
campestris
400 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malpighiaceae
Banisteriopsis
malifolia
402 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malpighiaceae
Arbusto escandente ou trepadeira lenhosa. Folhas opostas, ovais, comprimento 2-8 cm,
largura 1,5-6 cm, ápice agudo a acuminado, base truncada ou cordada, face superior
glabra, a inferior com tricomas adpressos esbranquiçados, um par de glândulas na base
da nervura principal. Flores róseas, com glândulas verdes na base, que se tornam ama-
relas quando velhas, em inflorescência terminal ou axilar, em umbelas 4- floras. Fruto
esquizocarpo, composto por três samarídios róseos quando jovens, comprimento maior
que 3 vezes a largura.
Ocorre em fisionomias savânicas e florestais, em terrenos secos.
404 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Banisteriopsis variabilis
405
406 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Byrsonima
intermedia
408 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malpighiaceae
Arbusto ereto, até 1,5 m de altura, densamente ramificado. Folhas simples, opostas,
elípticas, lanceoladas a obovais, comprimento 3-6 cm, largura 1,5-3 cm, ápice arre-
dondado a emarginado, base aguda a cuneiforme, com pilosidade serícea nas folhas jo-
vens, depois glabras, nervação reticulada anastomosante. Flores de coloração variável,
pétalas brancas, tornando-se róseas quando velhas, o estandarte amarelo, tornando-se
alaranjado a vermelho com o tempo. Fruto drupa globosa amarela, cerca de 5 mm de
diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
410 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malpighiaceae
Arbusto, até 2 m de altura, ramos jovens revestidos por pilosidade ferrugínea. Folhas
simples, opostas, elípticas, comprimento 4-8 cm, largura 2-4 cm, base obtusa a arredon-
dada, ápice obtuso a curto-acuminado, glabras na face superior, pilosidade acobreada
na face inferior, especialmente ao longo das nervuras. Flores amarelas, dispostas em
panículas que se destacam pela ramificação densamente revestida por pilosidade ferru-
gínea. Fruto samarídeo.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
412 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Heteropterys
campestris
414 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malpighiaceae
Trepadeira, ramos pilosos, especialmente quando jovens. Folhas simples, opostas, ovais
a deltoides, comprimento 3-8 cm, largura 1-4 cm, base obtusa a subcordada, ápice
obtuso a emarginado, apiculado, pilosidade em ambas as faces, mais abundante na
face inferior, duas glândulas discoides no pecíolo. Flores amarelas, em inflorescências
umbeliformes ou racemiformes. Fruto samarídeo.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
416 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Tetrapterys salicifolia
418 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malvaceae
Subarbusto palustre, ereto, pouco ramificado, glabro, cerca de 1,5 m de altura, ramos
cilíndricos, estriados, glabros. Folhas simples, alternas, curto-pecioladas, rijas, estreito
elípticas a linear-lanceoladas, maiores na base dos ramos, cerca de 8 cm de compri-
mento e 1 cm de largura nos ramos floríferos. Base atenuada, ápice agudo, mucronado,
duas nervuras paralelas ao longo da margem, partindo da base e afastadas da nervura
central. Flores alvacentas, com os estames vináceos mais longos que as pétalas. Fruto
subgloboso, cerca de 1 cm de diâmetro, com acúleos esparsos.
Ocorre em fisionomias campestres e mata-galeria, em terrenos permanentemente úmi-
dos ou alagadiços.
420 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Helicteres brevispira
422 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malvaceae
Erva a subarbusto prostrado, cerca de 20 cm de altura, toda a planta pubescente. Folhas
simples, alternas, ovais, cerca de 3 cm de comprimento e 2 cm de largura, ápice agudo
e base cordiforme, multinervadas na base, discolores, com a face inferior recoberta por
densa pilosidade esbranquiçada, margem largo-serreada. Existem plantas com flores
brancas e plantas com flores róseo-alaranjadas, isoladas, axilares ou terminais. Frutos
verdes, envoltos pelas sépalas, com aspecto de balõezinhos, cerca de 1,5 cm de com-
primento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
424 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Pavonia garckeana
426 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Malvaceae
Peltaea
polymorpha
428 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Sida ciliaris L.
Malvaceae
Nome popular: guanxuminha
Subarbusto ereto ou prostrado, pubescente, altura ao redor de 15 cm. Folhas simples,
alternas, elípticas, discolores, cerca de 2 cm de comprimento e 0,8 cm de largura, ápi-
ce águdo a obtuso, mucronado, base obtusa a cordiforme, margem denteada do meio
para o ápice. Flores isoladas, axilares ou terminais, róseo-amareladas, com a base das
pétalas vinácea. Fruto cápsula globosa, cerca de 7 mm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
429
Malvaceae
Nomes populares: guanxuma, linho-do-campo
Planta herbácea ereta, até 80 cm de altura, anual, pouco ramificada, pubescente. Folhas
simples, alternas, lineares ou estreito-lanceoladas, cerca de 5 cm de comprimento e 0,5
cm de largura, ápice agudo e base obtusa, margem ciliada, pontoações na face superior
do limbo. Flores alvas, com a base das pétalas vinácea, em inflorescência terminal.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
430 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Waltheria indica L.
Malvaceae
Sinônimo: Waltheria americana L.
Nomes populares: guanxuma, malva-veludo
Subarbusto ereto ou prostrado, ramificado, pubescente. Folhas simples, alternas, ovais,
estreito-ovais ou elípticas, cerca de 6 cm de comprimento e 3 cm de largura, ápice ob-
tuso a arredondado, base cordiforme a obtusa, margem irregularmente serreada. Flores
amarelas pequenas, em inflorescências axilares. Fruto cápsula castanha, cerca de 4
mm. Difere de W. communis pelas folhas mais estreitas e por não ter a planta a colora-
ção esbranquiçada característica daquela espécie.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos, comum em ambien-
tes perturbados.
432 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Mayacaceae
Erva aquática, emergente ou submersa, ramificada ou não, até 25 cm de altura. Folhas
espiraladas, linear-triangulares, muito próximas umas das outras, cerca de 3 mm de
comprimento e 0,5 cm de largura, dando ao ramo folhoso o aspecto de coníferas,
com menos de 1 cm de espessura. Flores solitárias, terminais, róseas a lilases. Fruto
cápsula elipsoide a globosa.
Ocorre em fisionomias campestres, em ambientes alagadiços.
434 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Acisanthera alsinaefolia
436 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Cambessedesia espora
Melastomataceae
(A.St.-Hil. ex Bonpl.) DC. subsp.
ilicifolia (DC.) A.B.Martins
Subarbusto ereto, pouco ramificado, até 60 cm de altura. Ramos cilíndricos, pilosos.
Folhas rijas, pequenas, 3-10 x 2-7 mm, dispostas em grupos espiralados ao longo dos ra-
mos, entrenós curtos, quase sésseis, ovaladas a cordiformes, base cordada, ápice agudo,
margem inteira ou esparsamente serreada. Flores amarelas, em inflorescências tirsoi-
deas, axilares ou terminais, receptáculo com tricomas glandulares esparsos, cálice com
lacínias reflexas e de base cordada. Fruto cápsula pequena, cerca de 4 mm, globosa ou
urceolada.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a permanentemente
úmidos.
437
Melastomataceae
Subarbusto, cerca de 30 cm de altura, ereto a semiprostado. Ramos, em geral, quadran-
gulares, folhas sésseis ou curto-pecioladas, dispostas em grupos opostos ao longo dos
ramos, de modo que aparentam ser verticiladas. Folhas pequenas, 3-10 x 1-5 mm, lan-
ceoladas a elípticas, base atenuada, ápice agudo, margem denteada ou inteira. Flores
vermelhas com a base das pétalas amarela, em dicásio simples ou composto, terminal
ou axilar, receptáculo campanulado, cálice com lacínias cordiformes. Fruto pequena
cápsula oblonga, cerca de 6 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em ambientes secos a sazonalmente úmidos, even-
tualmente em afloramentos rochosos.
438 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
439
Cambessedesia
hilariana
440 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Sinônimo: Tibouchina hieracioides (DC.) Cogn.
Nome popular: quaresmeirinha
Erva ereta, até 40 cm. Eixo caulinar simples, robusto, cilíndrico, revestido densamente
por tricomas longos e espessos na base, coloração castanha a nigrescente. Folhas cur-
to-pecioladas, simples, opostas, 4-8 x 2-4 cm, ovado-elípticas ou oblongo-lanceoladas,
base aguda a arredondada, ápice agudo a obtuso, margem simples ou serrilhada, cilia-
da, face adaxial e abaxial com tricomas longos e rígidos. Flores lilases, em inflorescên-
cia tirsoide. Fruto cápsula, cerca de 8 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a sazonalmente úmi-
dos ou pedregosos.
442 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Banisteriopsis variabilis
443
Melastomataceae
Subarbusto a arbusto até 3 m. Toda a planta revestida por tricomas hirsutos e esparsa-
mente glandulares. Folhas ovais a oblongo-ovais, cerca de 7 cm de comprimento e 5
cm de largura, base arredondada a cordada, ápice em geral pouco acuminado, margem
ciliada, inteira a crenulada. Flores em inflorescência tirsoide, lateral, pétalas brancas.
Fruto baga, quase negra, com remanescentes do receptáculo e do cálice.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente, úmidos
ou em mata-galeria.
444 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Desmoscelis
villosa
446 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Subarbusto a arbusto, altura geralmente inferior a 2 m, densamente recoberto por tri-
comas róseos a vináceos, indumento hirtelo a hirsuto e furfuráceo-estrelado. Folhas
simples, opostas, pecioladas, 5-14 cm de comprimento e 3-7 cm de largura, multiner-
vadas (5-7) na base ou próximo à base, elípticas ou ovado-elípticas, base arredondada
a cordada, ápice agudo, acuminado ou obtuso, nervação fortemente impressa na face
superior e proeminente na face inferior. Inflorescência rósea, tirsoide, anteras róseo-es-
curas a púrpura. Fruto bacídeo nigrescente e lustroso, semiesférico, mantendo a coroa
avermelhada, cerca de 6 mm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e mata-galeria, em terrenos sazonal a permanente-
mente úmidos.
448 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Sinônimos: Macairea adenostemon DC., Macairea sericea Cogn.
Nome popular: capuchinha
Subarbusto a arbusto, altura até 1,5 m, grande parte da planta com tricomas seríceos e
glandulosos. Folhas simples, opostas, pecioladas, comprimento ao redor de 6 cm e lar-
gura 4 cm, oboval a elíptica, base em geral aguda, ápice agudo a arredondado, margem
inteira, face adaxial hirsuto-glandular, face abaxial densamente serícea, multinervada
na base, nervação reticulada impressa na face superior e proeminente na inferior. Flores
dispostas em panícula longa, pétalas róseas a purpúreas. Fruto cápsula, 3 mm de com-
primento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos sazonal a permanentemen-
te úmidos.
450 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Nomes populares: guamirim-do-cerrado, jacatirão
Arbusto pouco ramificado, altura geralmente inferior a 1 m. Ramos revestidos de tri-
comas estrelados e claros, dando um aspecto esbranquiçado à planta. Folhas simples,
opostas cruzadas, discolores, ovais, sésseis ou quase, cerca de 10 x 5 cm, base ar-
redondada a cordada, ápice arredondado a subagudo mucronado, margem crenada,
face adaxial glabra, a abaxial com muitos tricomas claros e estrelados. Flores brancas,
dispostas em inflorescência tipicamente escorpioide, terminal. Fruto baga atropurpúrea
quando madura, com muitas sementes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a moderadamente
úmidos.
452 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Nomes populares: guamirim-do-cerrado, papa-terra, canela-de-velha
Arbusto, até 1,5 m de altura. Ramos tetrágonos, revestidos de muitos tricomas estrelados
esbranquiçados. Folhas simples, opostas cruzadas, discolores, pecioladas, 5-15 x 3-7
cm, elípticas, ovado-oblongas ou oval-lanceoladas, base obtusa, ápice arredondado,
obtuso a subacuminado, margem subcrenada, face superior glabra, a inferior com tri-
comas estrelados canescentes. Flores brancas, em panícula escorpioide longa, terminal.
Fruto baga atropurpúrea com muitas sementes.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos.
454 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Microlicia humilis
456 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Nome popular: microlícia
Subarbusto cespitoso, muito ramificado. Ramos tetrágonos, eretos, comumente recur-
vados, recobertos por tricomas rígidos e eriçados junto a tricomas glandulares sésseis.
Folhas simples, sésseis, até 9,0 x 5,0 mm, ovais, margem ciliada, tricomas apenas na
face abaxial, três nervuras. Flores róseas, violáceas ou purpúreas. Fruto cápsula oval,
cerca de 4 mm, em parte recoberta pelo receptáculo.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
458 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Sinônimo: Microlepis oleifolia (DC.) Triana
Arbusto ramoso, ereto, acinzentado, até 2 m de altura. Ramos jovens cilíndricos ou
quase, estriados. Folhas curto-pecioladas, geralmente opostas cruzadas, às vezes tri a
tetra-verticiladas, 5-10 x 1- 3,5 cm, oval-lanceoladas, lanceoladas ou oblongo-lanceo-
ladas, trinervadas, base arredondada, ápice agudo a obtuso, face adaxial com minús-
culos tricomas estrelados, face abaxial com muitos tricomas estrelados. Flores lilases a
roxo-escuras, em longa inflorescência paniculada. Fruto cápsula, cerca de 5 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
460 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Nome popular: são-joãozinho
Subarbusto a arbusto, altura até 2 m, ereto, toda a planta revestida com tricomas híspi-
do-glandulosos. Folhas curto-pecioladas, simples, opostas, ovais, 7 x 4 cm, base corda-
da, ápice agudo ou curtamente acuminado. Flores magenta, em inflorescência tirsoide
ampla, terminal. Fruto cápsula ovoide, com cerca de 7 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos sazonal a permanentemen-
te úmidos.
462 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Melastomataceae
Nome popular: quaresmeirinha
Subarbusto folhoso, tricótomo, até 1 m. Caules tetrágonos eretos, ramos glanduloso-hís-
pidos e viscosos. Folhas simples, opostas, 1-9 x 0,5-3 cm, lanceoladas ou oblongo-elíp-
ticas, ápice agudo, base quase arredondada, margem serreada a duplamente serreada,
faces adaxial e abaxial glanduloso-híspidas e viscosas, pecíolo curto ou séssil. Flores
róseas, dispostas em dicásios simples ou panículas, terminais ou axilares. Fruto cápsula,
4-8 mm, recoberta pelo receptáculo prolongado.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos sazonal a permanentemen-
te úmidos.
464 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Nomes populares: maria-preta, murta
Subarbusto, arbusto ereto ou até arvoreta, sendo menor o porte dos indivíduos quanto
mais ensolarado o ambiente. Folhas curto-pecioladas, simples, opostas, ovais, elípticas
a lanceoladas, 3-5 x 1,5-3 cm, face adaxial glabra, abaxial pilosa a glabrescente, ápice
agudo a longo acuminado, em geral com pequeno mucro, base aguda a cordada, com
glândulas translúcidas evidentes imersas no limbo. Flores brancas, em dicásio trifloro,
axilar. Fruto globoso, glabro, vermelho ou negro quando maduro, 5-9 mm, coroado
pelas cicatrizes das sépalas do cálice.
Ocorre em fisionomias campestres, savânicas e florestais, em terrenos secos ou mode-
radamente úmidos.
466 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Campomanesia adamantium (Cambess.) O.Berg
Nomes populares: gabiroba, guabiroba, guavira, gabiroba-do-campo, gabiroba-do-
-cerrado, gabiroba-lisa
Subarbusto ou arbusto, altura até 2 m, geralmente vários caules de casca descamante,
partindo de sistema subterrâneo robusto. Folhas curto-pecioladas, simples, opostas,
4-10 x 1,5-2,5 cm, elípticas a oblongas, glabras em ambas as faces, base aguda ou ob-
tusa, ápice agudo, margem geralmente revoluta, nervação secundária proeminente na
face inferior. Se maceradas, têm o mesmo aroma dos frutos. Glândulas não visíveis no
limbo. Flores brancas, solitárias, axilares, longo-pediceladas. Fruto baga globosa, verde
a amarelada quando madura, glabra, 1,5-2 cm, suculenta, coroada pelas cinco sépalas
persistentes.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos.
467
Myrtaceae
Nomes populares: guabiroba, guavira, gabiroba-do-campo, gabiroba-felpuda
Subarbusto a arbusto ereto, altura até 1,5 m, geralmente vários caules partindo de siste-
ma subterrâneo robusto. Pecíolo curto, densamente pubescente, folhas simples, opos-
tas, 3,5-6,0 x 2,5-3,5 cm, elípticas a lanceoladas, base cuneada, ápice agudo ou ligeira-
mente acuminado, face adaxial glabrescente, pilosidade na face abaxial, especialmente
sobre as nervuras, proeminentes na face inferior. Glândulas não visíveis no limbo. Flores
brancas, em inflorescência tirsoide pubérula, axilar ou terminal. Fruto baga subglobosa,
1,3-1,9 cm, verde a amarelada, esparsa a densamente pubescente, coroada pelas cinco
sépalas remanescentes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
468 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Eugenia anomala D.Legrand
Sinônimos: Eugenia vallsiana Mattos, Hexachlamys humilis O.Berg, Hexachlamys ano-
mala (D.Legrand) D.Legrand
Nome popular: uvaia-do-campo
Subarbusto, não ultrapassando 30 cm de altura, com sistema subterrâneo sobolífero,
podendo formar ampla população de indivíduos clonais. Folhas curto-pecioladas, sim-
ples, opostas cruzadas, estreito-elípticas a estreito-oblanceoladas, 5-10 x 0,4-0,6 cm,
ápice agudo, base aguda a cuneada, glabras ou puberulentas quando jovens, nervação
reticulada. Glândulas translúcidas visíveis no limbo. Flores brancas, solitárias, axilares.
Fruto baga globosa a elipsoide, avermelhada antes da maturação e amarela quando
madura, cerca de 2 cm de diâmetro, geralmente rente ao chão.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
469
Myrtaceae
Sinônimos: Psidium herbaceum O.Berg, Guajava herbacea (O.Berg) Kuntze
Nomes populares: perinha-do-cerrado, cabamixa-mirim
Subarbusto, em geral não ultrapassando 30 cm de altura, mas podendo alcançar até 2
m em alguns casos, ramos castanhos. Sistema subterrâneo sobolífero, podendo formar
ampla população clonal. Folhas curto-pecioladas, simples, opostas cruzadas, as jovens
avermelhadas, as adultas verde-claras, elípticas a espatuladas, 5-8 x 1,5-3 cm, ápice
obtuso, base aguda a obtusa, glabras e com a nervação impressa na face superior, gla-
bras a pubescentes com nervação proeminente na face inferior. Glândulas não visíveis
no limbo. Flores brancas, solitárias, axilares. Fruto baga elipsoide, glabra a pubescente,
piriforme ou obovada, 4-6 x 2-4 cm, amarela quando madura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Cambessedesia
hilariana
470 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Eugenia bimarginata DC.
Nomes populares: guamirim, jambolão-do-campo
Subarbusto a arbusto até 2 m. Ramos cilíndricos castanhos, de aparência cerosa. Folhas
simples, opostas, sésseis ou quase, 5-8 x 2-8 cm, elípticas a oblongas, glabras em ambas
as faces, levemente discolores, ápice em geral obtuso, base obtusa a cordada. Nervura
principal e as secundárias mais claras que o limbo na face superior, nervura coletora
a 2 mm da margem, que é levemente espessada. Flores alvo-rosadas, em fascículos
axilares. Fruto baga elipsoide ou globosa, glabra e lustrosa, até 1 cm de comprimento,
amarela a vinácea, coroada pelas quatro sépalas remanescentes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
471
Myrtaceae
Nome popular: cagaita
Subarbusto, arbusto a pequena árvore, podendo formar populações clonais a partir de
um sistema subterrâneo amplo. Ramos e folhas jovens avermelhados. Folhas curto-pe-
cioladas, simples, opostas, glabras, lustrosas na face superior, 3-8 x 2-4 cm, elípticas a
oblongo-lanceoladas, base aguda a arredondada, ápice acuminado, nervura coletora a
2 mm da margem. Flores brancas, solitárias ou em fascículos de 3 a 6. Fruto baga globo-
sa a piriforme, glabra ou pubérula, 2-4 x 3-5 cm, amarela a alaranjada quando madura,
coroada pelas quatro sépalas remanescentes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
472 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Eugenia klotzschiana O.Berg
Nomes populares: pera-do-campo, pera-do-cerrado, cabacinha-do-campo
Subarbusto de folhagem verde-escura opaca, altura até 1 m, ereto a semiprostrado,
podendo formar populações clonais a partir de um sistema radicular único. Ramos e
pecíolos pilosos, de coloração castanha. Folhas simples, opostas, elípticas a espatula-
das, 6-12 x 3-5 cm, base aguda a obtusa, ápice arredondado, face adaxial glabra ou
pubescente, face abaxial densamente pilosa, mais clara que a face superior, margem
revoluta, glândulas translúcidas imersas no limbo. Flores brancas, em grupos axilares ou
terminais de 1-4 flores. Fruto baga piriforme, suculenta, ácida, 6-13 x 5-8 cm, revestida
por pilosidade velutina amarelo-pardacenta.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
473
Myrtaceae
Nome popular: aperta-guela
Subarbusto ou arbusto pouco ramificado, até 1,5 m, um ou poucos caules partindo da
base. Folhas sésseis ou curto-pecioladas, simples, opostas cruzadas, ovais ou largo-e-
lípticas, 4-10 x 2-6 cm, base obtusa a cordada, ápice obtuso a arredondado, rígidas,
glabras ou com pilosidade esparsa na face inferior, margem cartilaginosa espessa, re-
voluta, glândulas translúcidas imersas no limbo. Flores brancas, em fascículos axilares.
Fruto baga globosa a elipsoide, amarela a vinácea, até 1 cm de comprimento, glabra e
lustrosa, coroada pelas quatro sépalas remanescentes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
474 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Eugenia pitanga (O.Berg) Nied.
Nomes populares: pitanga-do-campo, pitanga-do-cerrado, pitanga-anã, pitanga-peba
Subarbusto a arbusto, altura até 1,5 m, podendo formar populações clonais a partir de
um sistema subterrâneo amplo. Folhas curto-pecioladas, simples, geralmente opostas,
3-7 x 1-3 cm, ovais a elípticas, base aguda a obtusa, ápice agudo, mais claras e com
pontoações glandulares evidentes na face inferior. Flores brancas, em geral solitárias,
axilares. Fruto baga globosa a subglobosa, levemente achatada, costada ou sulcada
longitudinalmente, 1-1,5 cm, vermelha a vinácea, coroada pelas quatro sépalas rema-
nescentes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
475
Myrtaceae
Nome popular: cereja-do-cerrado
Subarbusto prostrado, arbusto a arvoreta com altura até 3 m. Ramos descamantes, ge-
ralmente com espessamentos nos indivíduos subarbustivos. Folhas curto-pecioladas,
simples, opostas, 2-6 x 1-3 cm, densamente pontoadas por glândulas translúcidas. Nas
plantas subarbustivas as folhas são elípticas e de margem plana, glabras, enquanto nas
plantas maiores são espatuladas e com a margem ondulada, com pilosidade esparsa ou
ausente. Flores brancas, axilares, em grupos de 1-4. Fruto baga subglobosa, elipsoide
ou piriforme, até 1,5 cm de comprimento, amarela a vermelha, lustrosa, coroada pelas
quatro sépalas remanescentes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
476 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Eugenia pyriformis Cambess.
Sinônimo: Eugenia uvalha Cambess.
Nome popular: uvaia-do-campo
Subarbusto, arbusto a arvoreta, até 3 m de altura. Ramos jovens revestidos de tricomas
alvacentos. Folhas curto-pecioladas, simples, opostas, estreito-elípticas a estreito-lan-
ceoladas, 5-7 x 1-2 cm, base aguda a obtusa, ápice agudo, pilosidade esbranquiçada a
argêntea em ambas as faces, mais abundante na face inferior. Flores brancas, isoladas
ou em dicásios axilares. Fruto baga subglobosa, pubescente, levemente achatada, ama-
rela a alaranjada, cerca de 2-3 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos.
477
Myrtaceae
Nome popular: araçá-miúdo
Arbusto a pequena árvore, até 3,0 m, casca suberosa até nos ramos. Folhas subsésseis
a curto-pecioladas, simples, opostas, elípticas, ovais a oblongas, 4,5-11 x 2,0-5,0 cm,
base obtusa a subcordada, ápice obtuso a emarginado, face superior glabra a pubes-
cente, a inferior densamente pilosa, glândulas translúcidas imersas no limbo. A nervura
principal, mais clara que o limbo, é recurvada, dando à folha certa concavidade no
sentido longitudinal. Flores brancas, 2-6 em racemos axilares. Fruto baga elipsoide a
piriforme, amarela a vinácea, coroada pelas quatro sépalas remanescentes, até 2 cm de
comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
478 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Psidium australe Cambess.
Nomes populares: araçá-do-campo, araçá-de-moita
Subarbusto a arbusto, 30-80 cm, com um ou muitos caules partindo do xilopódio. Ra-
mos jovens tetrágonos, subalados. Folhas curto-pecioladas, simples, opostas, obovadas,
estreito-obovadas, raro elípticas, 4,5-10 x 3,0-5,5 cm, curto-pecioladas, base cuneada
a aguda, ápice arredondado, levemente apiculado, glabras em ambas as faces. Flores
brancas, axilares, solitárias ou em inflorescência triflora. Fruto baga, 2,0-3,5 x 1,5-2,0
cm, esverdeada mesmo quando madura, coroada pelas cinco sépalas remanescentes.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos.
479
Psidium australe
480 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Myrtaceae
Psidium firmum O.Berg
Nome popular: araçá, goiabinha-do-campo
Subarbusto a arbusto ereto, até 1,0 m. Folhas sésseis ou curto-pecioladas, simples, opos-
tas, 3,5-9,0 x 2,0-6,5 cm, ovais, elípticas ou oblongas, base obtusa a arredondada, ápice
obtuso, apiculado, glabras ou com tricomas esparsos, densamente pontuado-glandulo-
sas, aromáticas quando maceradas. Flores brancas, solitárias, em racemos ou dicásios
axilares de 2 a 6 flores. Fruto baga amarelo-esverdeada, em geral subglobosa, glabra,
1,5-2,8 cm, coroada pelas cinco sépalas remanescentes.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
481
Myrtaceae
Sinônimo: Psidium cinereum Mart. ex DC.
Nomes populares: araçá, araçá-catuba, araçá-do-campo
Subarbusto a arbusto até 1,5 m, xilopodífero. Ramos jovens tetrágonos, alados ou não,
glabros ou com tricomas acinzentados abundantes. Folhas curto-pecioladas, simples,
opostas, 3,5-7,5 x 2,5-4,5 cm, obovadas, oblanceoladas ou elípticas, base aguda, ápice
arredondado a obtuso, curto-acuminado, glabras ou pubérulas na face superior, face
inferior de pubérula a densamente pilosa, de coloração acinzentada, glândulas translú-
cidas de difícil visualização no limbo. Flores brancas, 1-3 axilares. Fruto baga globosa a
subglobosa, 2,0-4,0 x 1,5-3,5 cm, glabra ou pilosa, amarela a roxa, coroada pelas cinco
sépalas persistentes. A forma da espécie em que os tricomas são praticamente ausentes
correspondia a P. cinereum.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos.
482 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Ochnaceae
Nome popular: batiputá
Subarbusto até árvore. Folhas simples, alternas, subsésseis, ovado-elípticas, base obtusa
ou aguda, ápice agudo, arredondado ou acuminado, 7,5-10 cm de comprimento e 4-6
cm de largura, margem crenada a serreada, glabras, rijas, lustrosas, avermelhadas quan-
do novas, nervuras secundárias recurvadas ascendentes. Flores amarelas numerosas,
em panícula terminal. Fruto drupa ovoide, cerca de 1,2 cm, roxo-escura, receptáculo
vermelho.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
484 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Sauvagesia erecta L.
Ochnaceae
Erva ou subarbusto de até 70 cm, caules flexíveis, tenros, avermelhados. Folhas simples,
alternas, dispostas em ângulo aberto em relação ao ramo, membranáceas, concolores,
planas ou quase, sésseis ou subsésseis, 1-3,5 cm de comprimento e 0,3-1 cm de largura,
elípticas a lanceoladas, margem serreada, ápice agudo, base atenuada. Flores solitárias,
às vezes duas, raramente mais, axilares, alvas ou róseo-claras. Fruto cápsula ovoide,
3,5-8 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
485
Ochnaceae
Sinônimos: Sauvagesia ovata Mart. & Zucc., Sauvagesia racemosa var. nana A.St.-Hil.
Nome popular: erva-de-são-martinho
Subarbusto de 30-80 cm, ramos eretos, rijos, vináceos. Folhas simples, alternas, ascen-
dentes ao longo do ramo, rijas, côncavas, sésseis a subssésseis, levemente discolores,
0,5-4,5 cm de comprimento e 0,5-1,5 cm de largura, elípticas, ovado-elípticas, base
aguda a obtusa, ápice obtuso, estreito-arredondado ou agudo, mucronado, margem ser-
rilhada e castanha. Flores róseas, em racemos terminais. Fruto cápsula ovoide-cônica,
cerca de 8 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
486 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Erva a arbusto ereto, glabro, avermelhado, altura ao redor de 1 m, caule anguloso, viná-
ceo. Folhas simples, alternas, sésseis, estreitamente lineares, 1,2-5 cm de comprimento
e 3-4 mm de largura, nervuras secundárias conspícuas na face inferior. Flores amarelas,
axilares. Fruto cápsula alongado-obcônica, cerca de 1 cm de comprimento e 4 mm de
largura.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
487
Onagraceae
Ludwigia filiformis
488 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Onagraceae
Nome popular: cruz-de-malta
Erva a arbusto esbranquiçado, altura ao redor de 1 m, muito ramificado, ramos angulo-
sos, com pilosidade serícea. Folhas simples, alternas, sésseis a curto-pecioladas, 1-7,5
cm de comprimento e 0,2-1,2 cm de largura, as superiores menores, estreitamente lan-
ceoladas, ápice agudo, pilosidade serícea em ambas as faces, mais densa na inferior,
margem com pontoações glandulosas. Flores amarelas, axilares. Fruto cápsula ovoide,
cerca de 1 cm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
490 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Erva terrícola ereta, vários caules partindo da base, cerca de 1 m de altura, sem pseudo-
bulbos, a parte aérea presente apenas em época de florescimento. Folhas alternas, espi-
raladas e justapostas ao longo do caule, elípticas a lanceoladas, 7-11 x 1,5-3 cm, ova-
do-lanceoladas a oblongo-lanceoladas, menores em direção ao ápice, base decorrente,
ápice agudo, verde-acinzentadas. Flores róseas a lilases, pediceladas, em inflorescência
racemosa terminal, pauciflora, ereta. Fruto cápsula. Diferencia-se de C. paranaensis por
ter as folhas mais largas e as flores mais escuras.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos. Floresce
após fogo ou após vários dias consecutivos de chuva.
492 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Erva terrícola com pseudobulbo. Folhas eretas, estreitamente linear-lanceoladas, ate-
nuadas e plicadas na base, ápice acuminado, 20-30 x 0,8-1,2 cm. Flores marrom-aver-
melhadas a purpúreas, dispostas em racemo simples, ereto, multifloro, pedúnculo del-
gado, ornado com bainhas triangulares, espaçadas e fortemente apressas. Fruto cápsula
deiscente.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos a moderadamente úmidos, às
vezes pedregosos.
494 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Epidendrum
denticulatum
496 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Epidendrum secundum Jacq.
Orchidaceae
Nome popular: boca-de-dragão
Erva rupícola, ereta ou ascendente, até 1 m de altura. Folhas sésseis, alternas dísticas,
3-10 × 1-3 cm, oblongas ou oblongo-lanceoladas, ápice agudo a obtuso, articuladas e
amplexicaules na base, limbo côncavo com linhas pardas na face abaxial. Flores róseas,
em inflorescência terminal. Fruto cápsula elíptico-oblonga, multicostada, cerca de 2 cm
de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, especialmente em terrenos pedregosos,
em ambientes secos.
497
Epidendrum
secundum
498 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Epistephium sclerophyllum Lindl.
Nome popular: manto-de-nossa-senhora
Erva terrícola, 30-70 cm de altura, um ou vários caules partindo da base. Folhas alter-
nas, espiraladas e em ângulo fechado ao longo do caule, sésseis, arredondadas a oval-
-lanceoladas, base arredondada a cordada, ápice agudo a acuminado, multinervadas na
base, verde-glaucas. Flores magenta a purpúreas, em inflorescência racemosa terminal,
pauciflora, ereta. Fruto cápsula linear-oblonga, multicostada, 3-4,5 x 0,6-0,8 cm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
499
Epistephium
sclerophyllum
500 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Galeandra junceoides Barb.Rodr.
Erva terrícola, unicaule, até 60 cm de altura. Pseudobulbo carnoso. Folhas alternas,
agrupadas na base do caule, lineares, 20-40 x 1-2 cm, canaliculadas, carenadas. Flores
amarronzadas a vináceas, em racemo ereto. Fruto cápsula deiscente. Difere de G. mon-
tana pelas folhas menores, canaliculadas, não plicadas.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a moderadamente
úmidos.
501
Orchidaceae
Erva terrícola, até 60 cm de altura, unicaule. Caule intumescido em pseudobulbo, em
geral branco, subterrâneo a parcialmente subterrâneo. Folhas plicadas, alternas dísticas,
45-50 × 2-2,5 cm, lineares, ápice agudo. Flores castanho-esverdeadas, róseas a viná-
ceas, em inflorescência racemosa, terminal, pauciflora. Fruto cápsula deiscente. Difere
de G. junceoides pelas folhas plicadas, não canaliculadas.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Galeandra
junceoides
502 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Galeandra xerophyla Hoehne
Erva terrícola, unicaule, 20-45 cm de altura. Pseudobulbos ovoides, 5,0 x 2,0 cm. Fo-
lhas alternas, agrupadas na base do caule, lineares, 8-30 x 0,5-1,5 cm, imbricadas.
Flores castanho-esverdeadas, em racemo ereto, pedúnculo até 10 cm. Fruto cápsula
deiscente. Difere de G. junceoides pela coloração esverdeada das flores.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
503
Galeandra montana
Galeandra xerophyla
504 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Habenaria secunda Lindl.
Nome popular: orquídea-caranguejo
Erva terrícola, até 80 cm, ereta, foliosa. Túbera subterrânea elipsoide. Folhas alternas,
ovaladas ou oblongo-ovaladas, as basais maiores, 6-14 x 2-4 cm, base amplexicaule,
ápice agudo. Flores em geral esverdeadas externamente e mais claras internamente,
dispostas em racemo longo e terminal, estreito, multifloro. Fruto cápsula deiscente.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
505
Orchidaceae
Erva terrícola, 50-70 cm de altura. Túberas globosas subterrâneas, mais desenvolvidas
após a floração, sem pseudobulbo. Caule ereto, cilíndrico. Folhas sésseis, alternas ao
longo do ramo, linear-lanceoladas, 4-9,5 x 0,7-1,3 cm, ápice agudo a acuminado. Flo-
res alvo-amareladas, 1-4 em inflorescência terminal. Fruto cápsula deiscente.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos a moderadamente úmidos, às
vezes pedregosos.
506 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Pelexia laminata Schltr.
Erva terrícola, altura cerca de 40 cm. Folhas verticiladas, agrupadas junto à base do
caule, pecioladas, lanceoladas a estreitamente elípticas, 4-35 × 2,3-2,5 cm. Flores al-
vo-everdeadas, em inflorescência racemosa, apical, densamente pilosa. Fruto cápsula
canelada ou costada.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos ou pedregosos.
507
Orchidaceae
Erva terrícola, caule único, muito curto, altura ao redor de 40 cm. Raízes carnosas. Fo-
lhas longo-pecioladas, basais, elípticas a oval-lanceoladas, 6-11 x 2-5 cm, ápice agudo,
base aguda a obtusa, margem serrilhada, mais clara que o limbo. Flores sésseis, verdes,
pequenas e numerosas, em inflorescência racemosa ereta, terminal. Fruto cápsula.
Ocorre em fisionomias florestais.
508 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Rodriguezia decora (Lem.) Rchb.f.
Erva epífita ou mais raramente terrícola, altura ao redor de 40 cm. Rizoma longo, dis-
posto entre os pseudobulbos espessados. Folhas alternas, estreitamente ovais a elípticas,
base atenuada, ápice agudo, 3-13 x 0,7-2,5 cm. Flores alvo-rosadas com máculas viná-
ceas, em inflorescência racemosa terminal. Fruto cápsula.
Ocorre em fisionomias florestais, especialmente em mata-galeria.
509
Rodriguezia decora
510 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orchidaceae
Sacoila lanceolata (Aubl.) Garay
Erva terrícola, ramos eretos, 20-90 cm de altura, raízes carnosas, pilosas. Folhas 3-6, fre-
quentemente ausentes na antese, sésseis ou brevemente pecioladas, elíptico-oblongas
a linear-lanceoladas, 5-40 × 1-5 cm, ápice agudo ou acuminado. Flores ereto-patentes,
tubulosas, róseo-alaranjadas a avermelhadas, em inflorescência pubérula multiflora.
Ovário ovoide-oblongo ou elíptico-fusiforme, pubérulo, oblíquo, 7-17 mm de compri-
mento.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos a mo-
deradamente úmidos.
511
Orobanchaceae
Erva a subarbusto ereto, raramente ramificado, glabro, altura ao redor de 80 cm. Folhas
simples, opostas, em geral alternas em direção ao ápice, rijas, ásperas, linear-lanceo-
ladas a lanceoladas, geralmente recurvadas ou falcadas, 3,7-10 cm de comprimento e
3-7 mm de largura, ápice agudo, base ligeiramente decorrente, trinervadas, nervuras
proeminentes na face inferior e sulcadas na superior. Flores arroxeadas ou lilases, rara-
mente azuis ou róseas, em espiga terminal simples ou ramificada. Fruto cápsula ovoide,
apiculada, comprimento ao redor de 6 mm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
512 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orobanchaceae
Buchnera ternifolia Kunth
Sinônimo: Buchnera lobelioides Cham. & Schltd.
Erva a subarbusto, raramente ramificado na base, 30-50 cm de altura, ramos pilosos.
Folhas simples, opostas, oblongas, elípticas, lanceoladas ou oblanceoladas, 2,8-6,2 cm
de comprimento e 0,5-1,7 cm de largura, ápice agudo, obtuso ou arredondado, base
arredondada, margem esparsamente serreada ou subinteira, com pilosidade concentra-
da nas nervuras e na margem. Flores lilases, róseas ou roxas, em espiga terminal. Fruto
cápsula oblonga ou ovoide, mucronada, 6 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
513
Orobanchaceae
Sinônimos: Escobedia curialis (Vell.) Pennell, Escobedia scabrifolia Ruiz & Pav.
Nome popular: açafrão-do-mato
Erva a subarbusto raramente ramificado, 0,5-1,5 m de altura, ramos glabros a densa-
mente pilosos. Folhas simples, opostas cruzadas, sésseis a subsésseis, rijas, ásperas em
ambas as faces, ovais, oblongas ou ovado-oblongas, 4-10 cm de comprimento e 1,6-5,7
cm de largura, ápice agudo a obtuso, base arredondada, truncada ou subcordada, mar-
gem ligeiramente serreada, tricomas concentrados nas nervuras. Flores brancas, gran-
des, solitárias, axilares. Fruto cápsula ovoide ou elipsoide, 2-2,7 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
514 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Orobanchaceae
Esterhazya macrodonta (Cham.) Benth.
Erva a arbusto glauco, 0,8-1,5 m de altura, pouco ramificado. Folhas simples, opostas,
sésseis, verde-glaucas, lineares a linear-oblanceoladas, frequentemente arqueadas, 1,2-
2,5 cm de comprimento e 1-3 mm de largura, ápice agudo a acuminado, apiculado,
base atenuada. Flores solitárias, axilares, grandes, vermelhas a alaranjadas. Fruto cáp-
sula negra, ovoide, geralmente mucronada, 1-1,4 cm de comprimento e 6-9 mm de
largura.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
515
Orobanchaceae
Sinônimos: Esterhazya nervosa Benth., Esterhazya petiolata Barringer, Esterhazya triflo-
ra R.B. de Moura & R.J.V.Alves
Nome popular: imbiri
Subarbusto a arbusto pouco ramificado, raramente erva, 0,5-1,5 m de altura. Folhas
simples, opostas ou 3-verticiladas, glabras, sésseis a curto-pecioladas, elípticas a es-
patuladas, 1,5-5,7 cm de comprimento e 0,2-1,4 cm de largura, ápice agudo, obtuso
ou arredondado, geralmente apiculado a mucronulado, base aguda a atenuada. Flores
grandes, alaranjadas a vermelhas, em inflorescência racemosa. Fruto cápsula ovoide,
mucronada, 9-11 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos a moderadamente úmidos.
516 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
517
Esterhazya splendida
518 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Oxalidaceae
Oxalis conorrhiza Jacq.
Nome popular: trevo-vermelho
Erva não ultrapassando 20 cm de altura, de coloração vinácea. Ramos jovens esparsa-
mente pilosos. Folhas simples, alternas espiraladas, longipecioladas, trifolioladas, digi-
tadas, geralmente vináceas, folíolos obovados, 1,5-8 mm de comprimento e 3,5-13 mm
de largura, ápice bilobado, lobos arredondados a oblongos, base cuneada a obtusa,
quase glabros na face superior e esparsamente pilosos na inferior, margem ciliada. Flo-
res amarelas, com estrias vináceas, em cimeiras. Fruto cápsula elipsoide, 4,5 mm de
comprimento e 3,5 mm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
519
Oxalidaceae
Erva ou subarbusto ereto, 15-60 cm de altura, ramos jovens densamente hirsuto-pu-
bescentes. Folhas compostas 3-folioladas, com pilosidade densa e adpressa, peciólulos
hirsutos, raque até 1 cm, canaliculada. Folíolos obovais, elípticos a suborbiculares, 1-3
cm de comprimento e 1-3 cm de largura, o terminal maior e mais largo, ápice retuso
a arredondado, base obtusa a arredondada. Flores amarelas, em cimeira umbeliforme.
Fruto cápsula, ovoide a oblonga, 5,5-7 mm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, especialmente em terrenos pedregosos.
520 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Passifloraceae
Passiflora cincinnata Mast.
Nomes populares: maracujá, maracujá-do-mato
Trepadeira, base do caule com quilhas suberosas, caules jovens estriados. Folhas sim-
ples, alternas, discolores, verde-arroxeadas na face superior e esbranquiçadas na face
inferior, palmatilobadas, 3-5 lobos oval-oblongos, oboval-oblongos ou oblongo-lanceo-
lados, o central com 4,4-10 cm de comprimento e 1,6-3,7 cm de largura, os dois basais
bem menores, ápice agudo ou arredondado, às vezes mucronado, base atenuada, mar-
gem serreada a crenada, um par de nectários no pecíolo. Flores grandes, azul-arroxea-
das, solitárias. Fruto baga globosa, cerca de 4-7 cm, amarelada quando madura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
521
Passiflora
cincinnata
522 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Passifloraceae
Passiflora clathrata Mast.
Nomes populares: maracujá-rasteiro, maracujá-anão, maracujá-do-cerrado
Subarbusto ereto ou prostrado, altura geralmente inferior a 60 cm, pilosidade abundan-
te, caules estriados a subangulosos nas partes jovens, gavinhas ausentes. Estípulas pro-
fundamente laciniadas. Folhas simples, alternas, inteiras a trilobadas, base arredondada
a cordada, 2,9-6,1×2,3-4,6 cm, lobos oblongo-elípticos ou ovados, o central 0,8-2,1 cm
de comprimento e 1-3 cm de largura, os laterais menores, ápice agudo ou arredondado,
margem denticulada a subinteira. Flores alvas, com a corona purpúrea na base, que
permanecem abertas apenas no período da manhã. Fruto baga globosa a subglobosa,
pilosa, amarelada, cerca de 2,5 cm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
523
Passiflora foetida L.
Passifloraceae
Nome popular: maracujá
Trepadeira herbácea hirsuta, com tricomas glandulares, de odor forte e desagradável.
Estípulas reniformes, com divisões, a central maior e pinatissecta, ou todas filiformes,
unidas na base. Folhas simples, alternas, inteiras a trilobadas, base cordada, lobo central
1,7-3,9 cm de comprimento e 1,7-3,9 cm de largura, lanceolado, elíptico ou oblongo,
ápice agudo, os laterais menores, ovado-oblongos ou obovados, ápice arredondado.
Flor lilás muito clara, solitária, corona azul-arroxeada na base e no ápice. Fruto baga
globosa ou subglobosa, cerca de 2 cm, amarela ou avermelhada.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Passiflora
clathrata
524 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Passifloraceae
Passiflora lepidota Mast.
Subarbusto prostrado, 20-40 cm, ramos verde-claros. Estípulas dentiformes, irregular-
mente lobadas ou inteiras. Folhas simples, alternas, reniformes a semilobadas, 2-3,9 cm
de comprimento e 2,9-4,1 cm de largura, ápice obtuso a arredondado, base profunda-
mente cordada. Pelos lepidotos dispersos na face inferior do limbo, dando aspecto de
pontoação amarelada, e pontos proeminentes na face superior. Flores solitárias, alvas a
amareladas com a corona azul-arroxeada na base e no ápice. Fruto baga globosa, 2-2,5
cm, amarelada.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
525
Phyllantaceae
Nome-popular: quebra-pedra
Erva a subarbusto, altura geralmente inferior a 50 cm, ramos avermelhados, achatados
na porção terminal. Folhas simples, alternas dísticas, presentes apenas nos ramos secun-
dários, largamente ovais a arredondadas, 3-9 mm de comprimento e igual largura, ápice
cuspidado a obtuso, base arredondada a atenuada, avermelhadas, levemente discolo-
res. Flores diminutas, brancas com listras vermelhas, em inflorescências fasciculadas.
Fruto subgloboso, cerca de 2 mm.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos a mo-
deradamente úmidos.
526 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Scoparia dulcis L.
Plantaginaceae
Sinônimo: Scoparia nudicaulis Chodat & Hassl.
Nomes populares: vassourinha, vassourinha-de-botão, vassourinha-doce
Erva com altura geralmente inferior a 50 cm, ramos quadrangulares numerosos. Folhas
verticiladas, raramente opostas, sésseis ou subsésseis, oblanceoladas a lanceoladas,
0,6-3,6 cm de comprimento e 1-8 mm de largura, ápice agudo, raramente obtuso ou ar-
redondado, margem serreada a partir da metade do limbo, base atenuada, glabras, com
pontoações densas em ambas as faces. Flores brancas, solitárias ou geminadas, axilares.
Fruto cápsula subglobosa, cerca de 3 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
527
Poaceae
Sinônimo: Andropogon leptocladus Hack.
Planta perene, cespitosa, poucas folhas, colmos delgados eretos, altura de 0,40-0,60
m, nós pilosos, coroa de tricomas alvos. Folhas alternas ao longo dos colmos, bainhas
foliares glabras a pilosas. Lâminas basais e caulinares linear-lanceoladas, 6-15 cm de
comprimento e 0,1-0,3 cm de largura, glabras a pilosas, planas, ápice atenuado, lígula
membranoso-ciliada sobressalente. Inflorescência com um ramo solitário terminal e
espiguetas em pares, lanceoladas, com presença de arista. Sem material reprodutivo a
espécie se confunde com Axonopus aureus, espécie que tem folhas mais rijas e nerva-
ção mais evidente.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos.
528 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Andropogon bicornis L.
Poaceae
Sinônimos: Anatherum bicorne (L.) P.Beauv., Saccharum bicorne (L.) Griseb.
Nomes populares: capim-rabo-de-burro, capim-rabo-de-boi, capim-peba
Planta perene, cespitosa, colmos eretos, altura de 0,6-1,8 m, nós pilosos. Lâminas fo-
liares lineares sem estreitamento na base, 23-60 cm de comprimento a 0,2-0,6 cm de
largura, pilosas geralmente na face inferior, especialmente na base, ásperas ao toque
no sentido do ápice para a base, ápice agudo, tricomas marginais próximos à região da
lígula. Inflorescência corimbiforme, muito ramificada, tricomas alvos, sedosos, maiores
que a espigueta.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
529
Poaceae
Sinônimos: Andropogon hypogynus var. anatherus Hack., Andropogon hypogynus var.
conjungens Hack., Andropogon hypogynus var. genuinus Hack.
Nome popular: capim-mole-do-brejo
Planta perene, cespitosa, colmos eretos, altura de 1-1,5 m, nós glabros. Lâminas folia-
res conduplicadas, 30-60 cm de comprimento e 0,4-0,5 cm de largura, pubescentes a
glabras, ápice agudo, lígula composta por uma membrana ciliada. Inflorescência arro-
xeada, racemosa, terminal e axilar, 5-7 cm de comprimento, digitada, pedicelos com
tricomas longos. Quando não tem material reprodutivo, pode ser confundida em campo
com Andropogon leucostachyus; no entanto, em A. leucostachyus, as folhas são mais
estreitas, delgadas e se dobram, com o ápice tocando o chão, enquanto em A. hypo-
gynus as folhas geralmente se mantêm eretas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonalmente úmidos.
530 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Epidendrum
secundum
Andropogon
leucostachyus
532 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Leptocoryphium lanatum (Kunth) Nees
Nomes populares: capim-prateado, capim-zaranza, zaranza
Planta perene, cespitosa, prefoliação convoluta, altura 0,15-1,1 m. Lâminas foliares li-
neares, verde-pálidas, planas ou convolutas, 7-60 cm de comprimento e 0,1-0,5 cm de
largura, ápice agudo, base reta, glabras ou pilosas, lígula membranoso-ciliada. Inflo-
rescência alva, vilosa, em panícula típica, 8-20 cm de comprimento. Espiguetas com
densos tricomas alvos.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a permanentemente
úmidos.
534 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Planta perene, cespitosa, altura de 0,6-1m, bainha foliar com colo glabro. Lâminas
foliares glabras ou menos comumente com tricomas longos na face adaxial, planas,
30-40 cm de comprimento e 0,3-0,4 cm de largura, nervação proeminente (espessada)
nas margens, lígula pilosa. Quando velhas, as lâminas se tornam recurvadas na base da
planta, dando um aspecto encaracolado. Panícula espiciforme, densiflora, 20-25 cm de
comprimento. Espiguetas aristuladas, aristas retas, tripartidas, 2-4 cm de comprimento.
Em campo, quando não há material reprodutivo, a espécie pode ser confundida com
Paspalum lachneum, devido às lâminas recurvadas na base da planta; no entanto, P.la-
chneum apresenta lâminas foliares densamente pilosas, com tricomas longos, e não
possui espessamento nas margens.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Galeandra
junceoides
536 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Aristida doelliana Henrard
Nome popular: capim-panasco
Planta perene, cespitosa, poucas folhas, aspecto delgado, altura de 0,35-0,9 m, col-
mos ramificados nos nós superiores, bainha foliar com colo glabro. Folhas alternas ao
longo dos colmos, lâminas foliares com 5-25 cm de comprimento e 0,1-0,4 cm de
largura, eretas, conduplicadas, geralmente glabras ou com tricomas longos na base da
face adaxial, lígula membranosa ciliada. Panícula contraída subaberta, 10-23 cm de
comprimento. Espiguetas aristuladas, com aproximadamente 2 cm de comprimento,
aristas retas, tripartidas, de coloração roxo-escura quando imaturas.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
Galeandra montana
538 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Axonopus chrysites (Steud.) Kuhlm., Axonopus exasperatus (Nees) G.A.Black
Nome popular: capim-pé-de-galinha
Planta perene, cespitosa, altura 30-70 cm, flexuosa, com rizomas curtos, nós glabros,
folhas alternas ao longo dos colmos, as jovens convolutas. Bainhas foliares glabras,
vilosas ou com tricomas longos marginais. Lâminas foliares lineares, 6-15 cm de com-
primento e 2-3 mm de largura, planas, nervuras bem visíveis em ambas as faces, a
central proeminente na face inferior, ápice agudo, vilosas ou com tricomas marginais
na metade inferior da lâmina, lígula membranoso-ciliada. Inflorescência de coloração
castanha, 3-6 ramos subdigitados, 5-9 cm de comprimento, tricomas dourados nas mar-
gens e em tufos densos sob as espiguetas, diferenciando esta espécie de outras do gêne-
ro Axonopus. Sem material reprodutivo confunde-se com Agenium leptocladum. Em A.
aureus, a lâmina foliar é mais rígida, com nervuras bem marcadas e nós glabros.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a moderadamente
úmidos.
540 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Axonopus brasiliensis
542 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Axonopus barbigerus (Kunth) Hitchc., Paspalum barbatum var. pellitum
(Nees ex Trin.) Döll
Nome popular: capim-cabeludo
Planta perene, cespitosa, com altura de 0,8-2 m, nós pilosos e prefoliação convoluta,
aspecto esbranquiçado. Bainhas foliares vilosas. Lâminas lineares, 20-40 cm de com-
primento e 0,2-0,6 cm de largura, geralmente planas ou raramente conduplicadas, ápi-
ce agudo, vilosas em ambas as faces ou com tricomas submarginais apenas na face
abaxial, lígula membranoso-ciliada. Inflorescência com mais de 20 ramos, com 7-18
cm de comprimento, alternos ou subverticilados, dispostos em uma raque com até 30
cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a sazonalmente
úmidos.
544 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Axonopus barbiger (Kunth) Hitchc.
Planta perene, cespitosa, com altura de 0,25-1 m, nós glabros ou pilosos. Bainhas fo-
liares glabras ou esparsamente pilosas, margens podendo ser ciliadas. Lâminas foliares
filiformes, 5-60 cm de comprimento e 0,1-0,7 cm de largura, ápice acuminado e pun-
gente, glabras a densamente pilosas, podendo apresentar coloração argêntea, lígula
pilosa. Inflorescência com até 25 ramos alternos ou subverticilados, ramos com 5-15
cm de comprimento. Distingue-se de Axonopus pellitus pelas lâminas foliares filiformes
e pela ocorrência restrita a ambientes úmidos.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos.
546 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Echinolaena hirta Desv.
Nomes populares: capim-flor, capim-flechinha
Planta prostrada anual, rizomatosa, altura de 0,8-1 m, radicante nos nós inferiores, nós
pilosos. Bainhas foliares com margem ciliada, colo glabro ou piloso. Folhas alternas ao
longo dos colmos, lâminas foliares planas, 1,4-7,5 cm de comprimento e 0,2-0,7 cm
de largura, lanceoladas ou linear-lanceoladas, glabras a densamente pilosas na face
abaxial, margem cartilaginosa, ápice pungente, base cordada a subcordada, assimétri-
ca, lígula com tricomas longos na face posterior. Inflorescência verde-clara, composta
por um ramo unilateral reflexo, 1,5-5,2 cm de comprimento. Espiguetas híspido-tuber-
culadas.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
548 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Planta perene, cespitosa, altura de 0,11-0,63 m, os colmos podendo apresentar um anel
glandular sob os nós, colo glabro. Bainhas geralmente pilosas ou com pilosidade ape-
nas nas margens. Lâminas foliares apresentam dimorfismo: I) planas, esverdeadas, 5-8
cm de comprimento e 0,1-0,4 cm de largura, glabras ou com tricomas nas margens e
nervura central; II) castanho-avermelhadas, recurvadas na base da planta, lígula pilosa.
Inflorescência composta por panícula subaberta, 5-13 cm de comprimento. Espiguetas
estramíneas.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
550 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Eragrostis floridana Hitchc., Eragrostis fragilis Swallen, Eragrostis trichocotea
var. floridana (Hitchc.) Witherspoon
Planta perene, cespitosa, altura 20 a 75 cm. Bainhas foliares densamente pilosas, lâmi-
nas foliares eretas, com 28 a 60 cm de comprimento e até 0,5 cm de largura, pilosas,
tricomas longos e alvos em ambas as faces ou apenas na face abaxial, lígula pilosa.
Panícula aberta, 15 a 30 cm de comprimento, laxa, axilas com tricomas longos. Espi-
guetas plúmbeas.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
552 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Eragrostis eucampta Pilg., Eragrostis mattogrossensis Pilg., Eragrostis rufes-
cens var. spiciramea Döll
Nome popular: capim-orvalho
Planta perene, cespitosa, altura 0,4-0,83 m, colmos não glandulosos. Folhas alternas
ao longo do colmo, bainhas pilosas. Lâminas foliares eretas, 7-21 cm de comprimento
e 0,3-0,4 cm de largura, densamente pilosas em ambas as faces ou somente na face
adaxial, ou ainda com tricomas apenas na base, lígula pilosa. Inflorescência esbranqui-
çada, em panícula subaberta, densa a subdensa, 8-35 cm de comprimento, axilas gla-
bras, menos comumente com tricomas nas axilas basais, ramos ascendentes. Espiguetas
esverdeadas ou estramíneas com tons violáceos, antécios fortemente imbricados.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
554 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Anatherum holcoides Nees
Erva perene, cespitosa, rizomas curtos, 0,32-1,15 m de altura, colmos de coloração
vinácea, nós densamente pilosos, com tricomas longos e alvos. Lâminas foliares glabras
ou com poucos tricomas longos, 10-43 cm de comprimento e 0,3-0,5 cm de largura,
com denso tufo de tricomas longos e alvos na base da face adaxial atrás da lígula. In-
florescência em panícula contraída, 5-13 cm de comprimento, esparsamente pilosa,
espiguetas com tricomas castanho-dourados. Florescimento após a passagem do fogo.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
556 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Eustachys
distichophylla
558 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Gymnopogon laevis Nees, Gymnopogon laevis var. pluriflorus Döll
Planta perene, cespitosa, com rizomas curtos, aspecto decumbente, com altura de 0,35-
0,80 m. Folhas alternas ao longo dos colmos, lâminas foliares lanceoladas, ápice acu-
minado, com estreitamento na base, 2-6 cm de comprimento e 0,4-0,8 cm de largura,
lígula arroxeada, com linha de tricomas alvos e longos na face posterior. Panícula com 8
até 30 ramos, 4,5-5 cm de comprimento, de coloração arroxeada quando as espiguetas
estão imaturas. Espiguetas com três aristas desiguais. Distingue-se de G. foliosus pelo
maior porte, lâmina foliar maior e aspecto decumbente.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
560 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Nome popular: sapé, capim-sapé
Planta perene, rizomatosa, altura de 30 a 95 cm, colmos vináceos. Bainhas pilosas,
lâminas foliares eretas, 20 a 52 cm de comprimento e até 2 cm de largura, planas ou
convolutas, podendo apresentar tricomas na face abaxial, lígula pilosa. Inflorescência
em panícula contraída ou subcontraída, 6 a 20 cm de comprimento, com aspecto sedo-
so. Espiguetas densamente pilosas, tricomas alvos e longos.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos a sazonalmente úmidos.
562 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
563
Poaceae
Imperata brasiliensis
564 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Tristachya chrysothrix Nees, Diandrostachya chrysothrix (Nees) J.Felix
Nomes populares: brinco-de-princesa, capim-flechinha, trigo-da-felicidade
Planta perene, cespitosa, ereta, com 0,50-0,80 m de altura. Bainha foliar pubescente a
densamente pilosa. Lâminas foliares lineares, ápice agudo, 30-40 cm de comprimento e
0,3-0,45 cm de largura, glabras ou menos frequentemente pilosas, com tricomas longos
e macios, planas, face abaxial com coloração verde-clara e opaca, com nervuras para-
lelas bem marcadas, a principal não distinta, diferindo da face adaxial cerosa verde-es-
curo, lígula composta por uma franja de tricomas. Inflorescência em panícula aberta,
15-35 cm de comprimento, tricomas dourados longos. Espiguetas aristuladas, tricomas
dourados com base marrom.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
566 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Panicum rotundum Hitchc. & Chase
Nome popular: colchão, pé-de-galinha
Planta perene, cespitosa, menos comumente decumbente, altura 0,26-0,98 m, nós pi-
losos, os inferiores às vezes radicantes. Bainhas foliares pilosas. Lâminas foliares largas,
planas, linear-lanceoladas, acuminadas, base arredondada ou subcordada, 8-22,5 cm
de comprimento e 0,5-1 cm de largura, com tricomas esparsos ou, mais comumen-
te, densos em ambas as faces, lígula membranoso-ciliada. Inflorescência em panícula
aberta, 9,5-25 cm de comprimento, raque pilosa com axilas glabras. Espiguetas ovais,
solitárias, pilosas, cerca de 2 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou em áreas perturbadas, em terrenos
secos.
568 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Planta perene, cespitosa, 0,32-1,50 m de altura, nós comumente glabros. Folhas basais
e alternas ao longo do colmo, bainhas foliares glabras ou esparsamente pilosas. Lâminas
foliares largas, lineares ou lanceoladas, planas ou revolutas, 12-40 cm de comprimento
e 0,7-1,8 cm de largura, ápice pungente, glabras, margens com tricomas tuberculados,
lígula membranoso-ciliada. Inflorescência em panícula aberta, 30-50 cm de compri-
mento, raque glabra, rósea, axila glabra. Espiguetas solitárias, elípticas, glabras ou es-
parsamente pilosas. Em campo, na ausência de inflorescência, pode ser confundida
com plantas jovens de Tristachya leiostachya, sendo distinguíveis pela nervura marginal
cartilaginosa espessa em T. leiostachya.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
570 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Paspalum diamantinum Swallen
Nome popular: capim-fofinho
Planta perene, cespitosa, formando touceiras agrupadas, altura 0,20-0,60 m, nós gla-
bros ou esparsamente pilosos, prefoliação convoluta. Bainhas foliares pilosas. Lâminas
foliares lineares ou conduplicadas, 5-20 cm de comprimento e 0,2-0,3 cm de largura,
agudas, pilosas em ambas as faces, lígula membranoso-ciliada. Inflorescência com 2 a
4 ramos, 3-6 cm de comprimento, florescimento geralmente após a queima. Espiguetas
solitárias, verde-acinzentadas, pilosas. Facilmente identificada em campo, mesmo sem
material reprodutivo, pela textura macia das folhas que compõem sua base.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
572 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Planta perene, cespitosa, formando touceiras amplas, com 1-1,65 m de altura, com
rizomas curtos, nós glabros. Bainhas foliares glabras ou densamente pubescentes. Fo-
lhas basais, lâminas foliares lineares, rígidas, 6,5-40 cm de comprimento e 0,4-0,8 cm
de largura, densamente pilosas em ambas as faces, gerando uma textura macia, ápice
agudo, nervura central conspícua, lígula membranoso-ciliada. Inflorescência com 3-10
ramos, 7-18 cm de comprimento, ramos basais alternos e terminais verticilados, sem
inflorescência axilar, raque estreitamente alada com margem hialina, estramínea a cas-
tanha, glabra ou ciliada nas margens. Espiguetas solitárias, estramíneas, cordiformes,
aladas e pilosas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
574 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Paspalum proximum Mez
Nome popular: capim-rígido-do-campo-úmido
Planta perene, cespitosa, formando touceiras amplas de folhas rijas, com 60-80 cm de
altura, nós glabros ou pilosos, prefoliação convoluta. Folhas basais, bainhas foliares
glabras ou pilosas. Lâminas foliares eretas, canaliculadas, filiformes, 18-35 cm de com-
primento e 0,1-0,15 cm de largura, conduplicadas, agudas, nervura central evidente,
pilosidade esparsa na face abaxial, tricomas em direção à margem, lígula membra-
noso-ciliada. Inflorescência com dois ramos, 2-8 cm de comprimento, inflorescência
axilar ausente, raque não alada, estramínea ou castanha, glabra, escabra nas margens.
Espiguetas solitárias, estramíneas, pilosas nas margens.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
576 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Paspalum erianthum Nees ex Trin.
Planta perene, cespitosa, com rizomas curtos, altura ao redor de 80 cm, nós e bainha
densamente pilosos, colmos castanho-escuros, geralmente glabros. Lâminas foliares
lanceoladas e planas, geralmente estreitadas para a base, agudas, densamente pilosas
em ambas as faces, 9-20 cm de comprimento e 4-10 mm de largura. Inflorescência den-
samente pilosa, composta por 3-6 ramos alternos, ascendentes, os apicais mais curtos.
Espiguetas castanhas a vináceas, densamente revestidas por tricomas longos lanosos,
esbranquiçados.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos.
577
Poaceae
Planta perene, cespitosa, altura 0,26-0,60 m, nós glabros. Bainhas foliares glabras. Lâ-
minas foliares filiformes, 16-40 cm de comprimento e 0,01-0,1 cm de largura, convo-
lutas, agudas, pilosas na base em ambas as faces, tricomas longos, presentes no ápice
apenas na face abaxial, ou às vezes apenas nas margens, lígula membranoso-ciliada.
Inflorescência composta por um ramo de 4-7 cm de comprimento, tufo de tricomas al-
vos na base da inflorescência. Espiguetas binadas, estramíneas ou vináceas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
578 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Planta perene, cespitosa, 70-80 cm de altura, rizomas curtos, nós glabros a levemente
pilosos, prefoliação convoluta. Bainhas foliares pilosas ou hirsutas, especialmente na
porção apical. Lâminas foliares lanceoladas, planas ou conduplicadas, acuminadas,
13-45 cm de comprimento, 3-9 mm de largura, glabras a pilosas em ambas as faces.
Inflorescência com 3-5 ramos alternos, 9-18 cm de comprimento. Espiguetas binadas,
castanhas, obovais, com ápice arredondado.
Ocorrem em fisionomias campestres, em terrenos secos.
580 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Paspalum verrucosum Hack.
Planta perene, cespitosa, altura 0,38-0,72 m, rizomas curtos, nós pilosos. Bainhas fo-
liares pilosas. Lâminas foliares lineares, 10,5-22 cm de comprimento e 0,1-0,3 cm de
largura, involutas ou planas, agudas, quando velhas se tornam recurvadas na base da
planta, tricomas longos na face abaxial, curto-pilosas na face adaxial, lígula membra-
noso-ciliada. Inflorescência com 2 ramos, 5,9-7,5 cm de comprimento, estramínea.
Espiguetas solitárias, pilosas, castanho-claras, tubérculos dos tricomas com coloração
vinácea muito escura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
582 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Paspalum papillosum Spreng.
Nome popular: capim-forquilha
Planta anual, cespitosa, com 0,12-0,40 m de altura, nós glabros, prefoliação convoluta.
Bainhas foliares glabras ou pilosas próximo à margem. Lâminas foliares lineares, pla-
nas, 2-8,6 cm de comprimento e 0,1-0,2 cm de largura, agudas, tricomas curtos junto à
nervura central, tricomas longos próximos à margem na face abaxial, lígula membrano-
so-ciliada. Inflorescência com 2 ramos, 1-4 cm de comprimento, conjugados, glabra a
levemente pilosa. Espiguetas solitárias, estramíneas, tricomas subglobulares esparsos a
densos geralmente na porção superior.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a sazonalmente
úmidos.
584 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Paspalum pectinatum
586 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Erianthus asper Nees
Nomes populares: macega-estaladeira-branca, capim-rabo-de-boi, capim-touceira
Planta perene, cespitosa, com 0,67-3 m de altura, nós pilosos, tricomas alvos longos.
Bainhas foliares glabras ou pilosas. Lâminas foliares linear-lanceoladas, 12-75 cm de
comprimento e 1,5-3,5 cm de largura, glabras ou glabrescentes em ambas as faces,
nervura central proeminente na face adaxial, com coloração branca, lígula membra-
noso-ciliada. Inflorescência plumosa contraída, 12-47 cm de comprimento, rósea a es-
branquiçada, sedosa, raque e pedicelos pilosos, anel de tricomas na base da espigueta,
que ultrapassam o seu tamanho. Espiguetas aristuladas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos permanentemente úmidos a alagadiços.
588 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Panicum vilvoides Trin., Sacciolepis strumosa (C.Presl) Chase, Sacciolepis
campestris (Nees) Parodi ex Nicora
Nome popular: capim-mourão
Planta perene, cespitosa, ereta, com 0,3-0,50 m de altura, colmos marrom-escuros,
comprimidos, radicantes nos nós inferiores. Bainhas foliares glabras, margens ciliadas.
Folhas alternas ao longo dos colmos, lâminas foliares lineares, 6,4-28 cm de compri-
mento e 0,4-0,6 cm de largura, base estreita, pilosa na face adaxial, lígula com tricomas
longos na face posterior. Inflorescência em panícula espiciforme contraída, verde-acas-
tanhada, 11-43 cm de comprimento. Espiguetas pilosas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
590 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Schizachyrium microstachyum
Poaceae
(Desv. ex Ham.) Ro-
seng., B.R.Arrill. & Izag.
Sinônimos: Andropogon microstachyum Desv. ex Ham.
Planta perene, cespitosa, altura 0,40-1,50 m. Bainhas glabras, com coloração averme-
lhada ou arroxeada. Lâminas foliares lineares, 0,65-1,20 m de comprimento e 0,3-0,5
cm de largura, ápice agudo, glabras, menos comumente pilosas em ambas as faces,
lígula membranosa com coloração arroxeada. Inflorescência em panícula muito rami-
ficada, menos frequentemente corimbiforme. Espiguetas com tricomas alvos e longos.
Em campo, quando não tem material reprodutivo, pode ser confundida com Eustachys
distichophylla, cujo ápice das folhas é obtuso.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes perturbados, em terrenos
secos.
592 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Andropogon hirtiflorus (Nees) Kunth, Andropogon semiberbis Kunth, Schi-
zachyrium semiberbe Nees
Nome popular: capim-vermelho
Planta perene, cespitosa, com rizomas curtos, 0,40-1,20 m de altura, colmos averme-
lhados. Lâminas foliares linear-lanceoladas, ápice agudo a acuminado, conduplicadas,
5-20 cm de comprimento e 3-6 mm de largura, glabras, podendo apresentar tricomas
marginais alvos e longos na porção basal. Inflorescência em panícula racemiforme,
com um ramo florífero por espatéola, podendo apresentar de 3-25 racemos, espatéola
convoluta, tricomas alvos. Espiguetas aristuladas.
Ocorrem em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
594 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Andropogon minarum Kunth, Sorghum minarum Hack, Trachypogon mi-
narum Nees
Nomes populares: capim-louco, capim-açu
Planta perene, cespitosa, poucas folhas, alternas na base dos colmos, 0,85-2,55 m de
altura, nós pilosos. Bainhas foliares glabras. Lâminas foliares planas ou convolutas, 20-40
cm de comprimento, 4-7,5 mm de largura, glabras, escabras na face adaxial, tricomas
longos marginais próximos à base, ápice agudo, lígula membranoso-ciliada. Inflorescên-
cia em panícula espiciforme violácea a enegrecida, muito peculiar, 15-37 cm de com-
primento. Espiguetas aristuladas, aristas longas e escuras, com tricomas alvos, longos.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
596 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Agrostis aenea Spreng.
Nome popular: capim-barba-de-bode
Planta perene, cespitosa, altura 0,75-1,8 m, colmos grossos, eretos. Bainhas foliares gla-
bras ou pilosas nas margens. Lâminas foliares grandes, comprimento 30-80 cm, largura
0,5-1,5 cm, geralmente planas, menos comumente convolutas, tricomas longos muito
visíveis na margem, lígula composta por uma franja de tricomas. Inflorescência em
panícula aberta, piramidal, 17-42 cm de comprimento, ramos verticilados, desprovidos
de espiguetas próximo à base.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
598 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Panicum decipiens Nees
Planta perene, rizomatosa, altura 0,30-0,90 m. Bainhas foliares glabras ou esparsamen-
te pilosas, margens podem ser ciliadas. Lâminas foliares planas ou conduplicadas, 6-16
cm de comprimento e 0,2-0,6 cm de largura, face adaxial pilosa, face abaxial glabra ou
esparsamente pilosa, ápice agudo ou acuminado, lígula membranoso-ciliada. Inflores-
cência em panícula contraída, subespiciforme, 3-11 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
600 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimos: Andropogon montufarii Kunth, Andropogon plumosus Humb. & Bonpl. ex
Willd.
Nomes populares: capim-fino, fura-bucho
Planta perene, cespitosa, altura 0,67-1,81 m, formando touceiras grandes ou grupos de
plantas menores difíceis de individualizar. Bainhas foliares geralmente glabras. Folhas
basais, lâminas foliares lineares, 16-45 cm de comprimento e 0,3-0,4 cm de largura,
planas ou menos frequentemente convolutas, glabras ou pilosas, nervura central bem
marcada e assimétrica. Inflorescência com um ramo florífero, raramente com dois ra-
mos, 10-21 cm de comprimento, com aspecto “descabelado” quando seca. Espiguetas
aristuladas, arista pilosa.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
602 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Poaceae
Sinônimo: Panicum parvifolium Lam.
Nome popular: capim-roxo-do-brejo
Planta perene, decumbente, altura 0,18-0,65 m, podendo formar raízes nos nós inferio-
res, nós marrons. Folhas alternas ao longo dos colmos, bainhas foliares glabras, margens
às vezes ciliadas. Lâminas foliares planas, 1,5-6 cm de comprimento e 0,3-1 cm de
largura, podendo apresentar coloração arroxeada, oval-lanceoladas, acuminadas, base
subcordada ou cordada, glabras ou esparsamente pilosas, lígula membranoso-ciliada.
Inflorescência em panícula típica arroxeada, 4-10 cm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
604 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asemeia hebeclada
Polygalaceae
(DC.) J.F.B.Pastore & J.R.Abbott. var.
hebeclada
Sinônimo: Polygala hebeclada DC. var. hebeclada
Erva pouco ramificada, altura ao redor de 40 cm, caule cilíndrico, pubescente. Folhas
simples, alternas, 1,5-6,5 × 0,1-0,6 cm, lineares, estreitamente lanceoladas ou estreita-
mente elípticas, base aguda, ápice agudo ou atenuado, margem geralmente revoluta.
Nervura principal sulcada na face superior e proeminente na face inferior, nervuras
secundárias 2-3 de cada lado, ascendentes. Flores róseas a lilases, em inflorescência
racemosa terminal. Fruto cápsula, glabra, 4,5-5 × 3,2-6 mm, elipsoide ou oboval.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos a sazonalmente úmi-
dos, eventualmente pedregosos.
606 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Asemeia hirsuta
608 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Polygalaceae
Nome popular: timutu
Erva ereta, folhosa, altura 10-40 cm. Caule anguloso-alado, glabrescente. Folhas sim-
ples, as da base 3-4 verticiladas, raro até quase ao ápice, mais para o ápice alternas,
numerosas, geralmente imbricadas, 19-30 × 5-10 mm, sésseis ou curto-pecioladas, elíp-
ticas ou ovais, base geralmente obtusa, ápice agudo a obtuso, mucronado, glandulo-
so-pontoadas, tricomas glandulares em ambas as faces. Flores alvo-esverdeadas, em
racemo congesto no ápice, com cerca de 3 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro.
Fruto cápsula elíptica a suborbicular, cerca de 3 mm de comprimento. Diferencia-se
de P. timoutoides por ter a inflorescência mais robusta e as folhas mais largas e mais
agrupadas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos a sazonalmente úmidos, ou
pedregosos.
610 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Polygalaceae
Subarbusto procumbente a ascendente, folhoso, altura 15-30 cm, em geral muito ramifi-
cado, ramificação dicotômica, ramos cilíndricos. Folhas simples, alternas, às vezes con-
gestas, patentes, 9-16 x 2,5-4 mm, estreito-elípticas, base e ápice agudos, glabrescentes
ou com tricomas esparsos. Flores alvo-rosadas a lilases, dispostas em racemo terminal
semigloboso. Fruto cápsula arredondada, cerca de 2 mm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos bem drenados ou pedregosos, em ele-
vadas altitudes.
612 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Polygalaceae
Sinônimo: Polygala angulata DC.
Nomes populares: poaia-do-campo, ipeca-do-campo
Erva ou subarbusto ereto, folhoso, cespitoso, 10-50 cm de altura. Caule penta-angu-
lar e alado, glabro, partindo de xilopódio bem desenvolvido. Folhas simples, alternas,
adpressas no caule, sésseis ou subsésseis, 1,5-5,5 × 0,8-1,5 cm, elípticas, ovadas, lan-
ceoladas ou obovadas, ápice agudo, obtuso ou arredondado, mucronado, três nervuras
proeminentes partindo da base. Flores alvas, róseas a roxas, dispostas em racemo termi-
nal cilíndrico-piramidal, multifloro. Fruto cápsula ovado-elíptica ou oblongo-elíptica,
subalada, 3,5-5 x 1,5-3,5 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos secos, às vezes pedregosos.
614 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Polygalaceae
Sinônimo: Polygala hygrophiloides S.Moore
Nomes populares: timutu
Erva pouco ramificada, ereta a decumbente, 10-25 cm de altura. Caule anguloso-ala-
do, glabrescente. Folhas subimbricadas ou não, alternas ou verticiladas nos nós basais,
em geral sésseis, 6-20 × 0,8-2 mm, lineares, estreitamente elípticas ou estreitamente
lanceoladas, ápice agudo, levemente mucronado, base obtusa a aguda, raros tricomas
glandulosos em ambas as faces. Flores alvo-esverdeadas a róseas, em racemo terminal
cilíndrico-cônico, congesto. Fruto cápsula subglobosa, 1,5-2 × 1,5-2 mm. Diferencia-se
de P. cuspidata por ter a inflorescência menor e as folhas menores, mais estreitas e mais
esparsas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
616 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Pontederia cordata L.
Pontederiaceae
Sinônimos: Pontederia cordata L. var. cordata, Pontederia cordata var. ovalis (Mart.)
Solms
Nomes populares: rainha-dos-lagos, dama-dos-lagos
Erva palustre estolonífera, altura ao redor de 60 cm. Folhas simples, lanceoladas, ovais
ou elípticas, comprimento ao redor de 20 cm, largura ao redor de 7 cm, base obtusa a
aguda, ápice agudo, glabras. Flores azuis ou brancas, dispostas em espigas multifloras
eretas. Fruto aquênio envolto pelos restos das tépalas. Às diferentes cores das flores
eram atribuídas as variedades: cordata, para flores brancas; ovalis, para flores azuis.
Ocorre em ambientes ripários, em terrenos alagadiços.
617
Portulacaceae
Nome popular: beldroega-do-campo
Erva anual, prostrada, altura geralmente inferior a 15 cm, caule geralmente avermelha-
do. Folhas subsésseis, simples, congestas ou alternas ao longo dos ramos, suculentas,
elípticas a lanceoladas, tamanho variável, ao redor de 2 cm de comprimento e 0,7 cm
de largura, ápice agudo, com tricomas brancos longos e sedosos no pecíolo. Flores de
coloração magenta, em inflorescência terminal pauciflora. Fruto pixídio séssil, cerca de
6 mm.
Ocorre em fisionomias campestres ou em ambientes perturbados, em terrenos secos.
618 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rapateaceae
Nomes populares: estrela-amarela, botão-verde
Erva palustre rosulada, raízes esponjosas, espessas. Folhas lineares, cerca de 40 cm de
comprimento e 1 cm de largura, ápice agudo, bainha invaginante, conduplicada. Ner-
vura central proeminente amarelada na face abaxial. Flores amarelas em um aglome-
rado de espiguetas unifloras. Fruto cápsula obovoide, cerca de 5 mm de comprimento.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos alagadiços ou turfosos.
620 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Sinônimos: Diodia multiflora DC., Diodia appariciana Rizzini, Spermacoce multiflora
(DC.) Delprete
Erva rizomatosa, ereta ou prostrada, altura geralmente inferior a 50 cm, ramos qua-
drangulares com pilosidade densa, radicantes nos nós basais. Folhas simples, opostas,
1,5-5,5 cm de comprimento e 0,5-1,3 cm de largura, elípticas, oblongas ou obovadas,
coriáceas, face inferior pilosa, ápice agudo, nervuras secundárias sulcadas, paralelas,
em ângulo fechado em relação à nervura central. Flores brancas, em inflorescências
axilares multifloras, junto à inserção das folhas, frutos indeiscentes obovoides, cerca de
3,5 mm.
Ocorre em fisionomias campestres, em ambientes moderadamente úmidos.
622 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Borreria paulista
624 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Sinônimos: Borreria graminifolia M.Martens & Galeotti, Borreria laevigata M.Martens
& Galeotti, Spermacoce verticillata L.
Nomes populares: poaia, ipecacuanha
Subarbusto ereto ou decumbente, ramos quadrangulares, delgados, glabros ou com fina
pilosidade. Folhas simples, opostas, sésseis ou curto-pecioladas, em pseudoverticilos,
1,3-4 cm de comprimento e 0,2-1 cm de largura, elípticas a oblongas, ápice agudo,
glabras ou com papilas sobre a nervura central na face inferior, nervação secundária
ascendente, não sulcada. Flores brancas com anteras azuis, em glomérulos axilares
espaçados ao longo dos ramos e terminais. Fruto cápsula, 1,5-2 mm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
626 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Sinônimos: Condalia lanceolata Ruiz & Pav
Nomes populares: erva-de-corocochó, piririca
Erva prostrada, ramos alongados, tetrágonos, flácidos, vináceos. Folhas simples, opos-
tas, 2,9-8,5 cm de comprimento e 1-3,5 cm de largura, lanceoladas ou ovadas, ápice
agudo, margem ciliada, velutinas, verdes ou vináceas em ambas as faces, pilosidade
densa sobre as nervuras na face inferior, estípulas lineares, nervuras secundárias para-
lelas, levemente sulcadas, pecíolo e nervura central vináceos. Flores azul-arroxeadas,
em glomérulo terminal. Fruto baga esponjosa, elipsoide a obovoide, azul, lustrosa, com
pilosidade esparsa.
Ocorre em fisionomias savânicas e florestais, em terrenos secos ou moderadamente
úmidos.
628 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Sinônimo: Alibertia obtusa K.Schum.
Nome popular: marmelada-do-campo
Arbusto geralmente formando populações clonais amplas, 0,5-1 m de altura, ramos
comumente trifurcados, castanho-avermelhados, casca desprendendo-se em lâminas.
Folhas simples, opostas, 4-9 cm de comprimento e 1,5-5,5 cm de largura, elípticas a
oblanceoladas, lustrosas na face superior, opacas e mais claras na face inferior, ner-
vação terciária reticulada evidente em ambas as faces, estípulas triangulares. Flores
brancas, as femininas solitárias e as masculinas agrupadas. Fruto baga globosa castanha,
cerca de 1,5 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
630 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Nome popular: maria-preta
Erva ou subarbusto glabro, altura ao redor de 30 cm. Folhas simples, opostas ou ver-
ticiladas, sésseis a curto-pecioladas, glabras, lustrosas, 3,6-5,2 cm de comprimento e
2,3-3,9 cm de largura, elípticas ou ovado-elípticas, ápice agudo a apiculado, base ob-
tusa a arredondada. Flores azuis ou mais raramente brancas, em inflorescência cimosa
multiflora, terminal ou axilar. Fruto com dois mericarpos globosos a elipsoides, cerca de
2,6 mm de comprimento e 2,3 mm de largura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
632 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Sinônimo: Diodella teres (Walter) Small, Diodia teres Walter
Nomes populares: corre-mundo, mata-pasto
Erva anual, prostrada ou ereta, 30-50 cm de altura, ramos quadrangulares, pilosos. Fo-
lhas simples, opostas, sésseis, 1,5-3,2 cm de comprimento e 0,2-0,5 cm de largura,
estreitamente ovadas, ápice agudo ou longo-acuminado, base obtusa ou suavemente
cordada, bordo recurvado, levemente áspero, nervura central sulcada, as secundárias
inconspícuas, pilosidade sobre a nervura em ambas as faces, estípulas longas, filifor-
mes. Flores róseas, com quatro pétalas, axilares ao longo de todo o ramo. Fruto esqui-
zocarpo, 2,5-3 mm.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
634 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Mitracarpus hirtus
636 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Sinônimos: Psychotria noxia A.St.-Hil., Uragoga rigida (Bredem. ex Schult.) Kuntze
Nomes populares: douradinha, douradão, douradinha-do-cerrado, gritadeira-do-cam-
po, tangaraca, erva-de-rato-grande
Subarbusto ou arvoreta de até 2 m, neste caso com a casca suberosa, espessa, com
fendas longitudinais. Folhas simples, opostas, subopostas, às vezes verticiladas, 10,5-21
cm de comprimento e 3,5-14,5 cm de largura, elípticas, oblanceoladas, obovadas ou
ovadas, ápice obtuso ou arredondado, geralmente glabras, estípulas triangulares. Flores
amarelas em inflorescência piramidal ou cilíndrica, grande, terminal, de eixo amarelo
ou avermelhado. Fruto drupa ovoide, cerca de 4,5 mm de comprimento, roxo-escura a
negra.
Ocorre em fisionomias campestres ou savânicas, em terrenos secos.
638 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Sinônimo: Richardsonia grandiflora Cham. & Schltdl.
Nomes populares: poaia-do-campo, poaia-branca, poaia-falsa
Erva rizomatosa prostrada, ramos cilíndricos a quadrangulares, altura geralmente infe-
rior a 30 cm. Folhas simples, opostas, sésseis, 1,5-5 cm de comprimento e 0,3-1,3 cm de
largura, linear-lanceoladas, pilosas em ambas as faces. Flores róseas, com seis pétalas,
em glomérulos vináceos geralmente terminais. Fruto esquizocarpo, pardo, 2-3 mm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
640 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Rubiaceae
Nomes populares: peidorreira, sangue-de-cristo, sangue-de-nosso-senhor
Subarbusto ereto, 0,3-1 m, ramos com pilosidade densa, entrenós longos. Folhas sim-
ples, opostas, 4-8,5 cm de comprimento e 2-4,1 cm de largura, elípticas ou ovado-lan-
ceoladas, ápice agudo a curtamente acuminado, base arredondada, obtusa ou aguda,
com densa pilosidade branca em ambas as faces, estípulas triangulares. Flores tubulo-
sas, brancas, congestas na axila das folhas. Fruto baga avermelhada, cerca de 0,8 cm de
comprimento e 0,5 cm de largura, branco-pilosa.
Ocorre em fisionomias campestres, em ambientes secos, especialmente em terrenos
pedregosos.
642 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Sipanea
hispida
644 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Santalaceae
A.DC.
Erva com altura ao redor de 30 cm, ramos angulosos, estriados, glabros, verdes. Folhas
alternas espiraladas, reduzidas, 0,5 a 1 mm de comprimento, justapostas aos ramos.
Flores esverdeadas, isoladas, sésseis, espiraladas ao longo dos ramos, mais próximas
entre si rumo ao ápice. Fruto drupa ovoide, verde, estriada.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal ou permanentemente úmidos.
646 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Serjania erecta
648 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Sapotaceae
Sinônimos: Pouteria suffruticosa Rizzini, Lucuma subcaerulea Pierre ex Glaziou,
Pseudolabatia subcaerulea (Pierre ex Dubard) Aubrév.
Nome popular: curriola-rasteira
Subarbusto pouco ramificado, emitindo ramos aéreos curtos, recobertos por pilosidade
ferrugínea quando jovens, a partir de estrutura subterrânea ramificada, altura geralmen-
te inferior a 50 cm. Folhas simples, alternas, cerca de 12 cm de comprimento e 4,5 cm
de largura, espatuladas ou oblanceoladas, base aguda, ápice agudo, obtuso a arredon-
dado, pilosidade ferrugínea em ambas as faces em folhas jovens e depois glabras na face
superior. Inflorescência fasciculada, geralmente axilar, flores pequenas, esverdeadas.
Fruto baga obovoide a esférica, cerca de 3,5 cm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
650 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Smilacaceae
Nome popular: japecanga-de-folha-larga
Trepadeira de caule cilíndrico, liso ou estriado, às vezes sulcado, acúleos eretos ou cur-
vos, agrupados nos nós. Folhas simples, alternas, glabras, com bainha lisa, sem acúleos,
formato e tamanho variáveis, elípticas ou ovais, 4 a 22 cm de comprimento e 1,5 a 17
cm de largura. Flores pequenas, esverdeadas, em inflorescências axilares umbeliformes.
Fruto baga globosa, de coloração alaranjada a negra.
Ocorre em fisionomias savânicas e florestais, em terrenos secos.
652 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Solanaceae
Sinônimo: Schwenckia americana Rooyen
Erva ereta, pouco ramificada, pubescente. Folhas curto-pecioladas ou subsésseis, sim-
ples, alternas, lineares, base e ápice agudos, cerca de 3 cm de comprimento e 0,3 cm
de largura, pubescentes em ambas as faces. Flores tubulosas, arroxeadas, terminais ou
axilares, mais claras junto ao cálice e amarelas no ápice. Fruto cápsula globosa, cerca
de 3 mm.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
654 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Solanum paniculatum L.
Solanaceae
Nomes populares: jurubeba, jurubebinha
Arbusto ereto, pouco ramificado, pubescente e armado, altura ao redor de 2 m. Folhas
simples, alternas, de forma e tamanho variáveis, às vezes inteiras, outras vezes lobadas,
comprimento ao redor de 15 cm e largura 10 cm, discolores, com a face inferior reves-
tida por densa pilosidade esbranquiçada. Flores lilases, em inflorescências terminais.
Fruto baga globosa, verde a amarelada, lustrosa, cerca de 2 cm de diâmetro.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas ou ambientes perturbados, em terrenos
secos.
656 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Piriqueta aurea
658 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Piriqueta rosea
660 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Turneraceae
Sinônimo: Turnera hilaireana var. minor Urb.
Erva ereta, 3-17 cm, ramos com tricomas longos, macios e eretos. Folhas simples, alter-
nas, eretas, verde-escuras, 0,7-2,8 cm de comprimento e 0,4-1,5 cm de largura, elíp-
ticas, obovadas, ovadas a estreito-ovadas, base atenuada a truncada, ápice agudo a
obtuso, margem inteira a serreada, pilosas em ambas as faces ou apenas nas nervuras,
tricomas ligeiramente mais longos sobre as nervuras. Flores amarelas, axilares. Fruto
subesférico, 3-4 mm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
662 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lantana camara L.
Verbenaceae
Sinônimos: Lantana morii Moldenke, Lantana tiliaefolia Cham., Lantana camara var.
rosea (Mosty ex Mattoon) Moldenke
Nomes populares: camará, cambará, camará-de-cheiro
Arbusto ramificado, até 2 m de altura, ramos pilosos. Folhas simples, opostas, aromá-
ticas, 2,5-10 cm de comprimento e 1,2-6,5 cm de largura, ovais a lanceoladas, ápice
agudo a acuminado, base obtusa, margem serreada, face superior pubescente e face
inferior com pilosidade esbranquiçada. Inflorescências cimosas, 1-2 por axila, flores pe-
riféricas laranja a avermelhadas e flores do centro amarelas. Fruto drupa globosa, verde
quando imatura e enegrecida quando madura.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
664 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Verbenaceae
Sinônimos: Lippia bradeana var. velutina Moldenke, Lippia lupulina var. albiflora Tronc.,
Lippia paraguariensis Briq.
Nome popular: rosa-do-campo
Subarbusto com xilopódio, cerca de 50 cm de altura, ramos levemente tetragonais,
pilosos. Folhas simples, opostas, coriáceas, ovais, 1,5-5 cm de comprimento e 2-4 cm
de largura, curto-pecioladas, ápice agudo, base obtusa, margem crenado-serreada, com
pilosidade macia ao tato em ambas as faces, aromáticas quando maceradas. Flores ró-
seas a lilases, em inflorescências cimosas axilares ou terminais, envoltas por brácteas
também róseas. Fruto esquizocarpo obovoide, com dois mericarpos.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
666 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
667
Lippia lupulina
668 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lippia origanoides
670 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Verbenaceae
Sinônimos: Stachytarpheta australis Moldenke, Stachytarpheta dichotoma (Ruiz & Pav.)
Vahl, Stachytarpheta subulata Moldenke
Nome popular: gervão-roxo
Subarbusto com altura geralmente inferior a 1 m, às vezes prostrado. Folhas simples,
lobadas ou geralmente inteiras, obovais ou largo-espatuladas, 1,3-6,5 cm de compri-
mento e 0,5-3 cm de largura, ápice agudo, base atenuada ou decorrente no pecíolo,
margem crenado-serrilhada, com pilosidade esparsa em ambas as faces. Inflorescência
terminal em espiga, pedúnculo com brácteas verdes ou castanho-arroxeadas, flores tu-
bulosas de coloração azul ou violeta, raramente brancas. Fruto com cerca de 3 mm de
comprimento, marrom-escuro.
Ocorre em fisionomias campestres ou ambientes perturbados, em terrenos secos.
672 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Vitaceae
Sinônimos: Cissus erosa subsp. linearifolia (Baker) Lombardi, Cissus erosa var. salutaris
(Kunth) Planch., Cissus salutaris Kunth, Cissus urupaensis Hoehne
Nome popular: cipó-de-fogo
Liana ou subarbusto prostrado, com xilopódio, ramos cilíndricos ou alados. Folhas al-
ternas, trifolioladas, às vezes simples e lobadas, sésseis ou curto-pecioladas, folíolos
centrais com 3,7-20 cm de comprimento e 1,5-14 cm de largura, obovais, elípticos ou
rômbicos, base atenuada, os laterais geralmente menores, ovais, oblongos ou elípticos,
base atenuada, obtusa a arredondada, ápice agudo, margem denteada. Inflorescência
umbeliforme, flores vermelhas, pedúnculos geralmente vermelhos. Fruto baga globosa
a elipsoide, cerca de 5-8 mm.
Ocorre em fisionomias campestres e savânicas, em terrenos secos.
674 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Xyridaceae
Sinônimo: Xyris zahlbruckneri Heimerl
Erva perene, cespitosa, com rizomas curtos, bulbiformes, altura ao redor de 50 cm. Fo-
lhas espiraladas, geralmente planas, eretas, cerca de 20 cm de comprimento e 2 mm de
largura, algumas vezes subcilíndricas, estriadas, tuberculadas, ásperas, com margens es-
cabras. Flores amarelas, inflorescência em espiga multiflora, globosa a ovoide, cerca de
10 mm de comprimento, brácteas castanhas com a porção central em tom mais claro,
coriáceas, margens irregularmente laceradas quando maduras, escapo às vezes sinuoso.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
676 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Xyridaceae
Sinônimos: Xyris restiacea Mart., Xyris strobilifera Kunth
Erva perene, cespitosa, rizomas curtos, com aproximadamente 1 m de altura, base es-
pessa, bulbiforme, castanho-escura, lustrosa. Folhas lineares, planas, com até 30 cm de
comprimento, densamente branco-ciliadas. Escapo carenado com cílios alvos, poden-
do apresentar manchas avermelhadas. Flores amarelas, inflorescência em espiga ovoide
a elipsoide, alongada, cerca de 15 mm de comprimento, brácteas castanho-escuras,
margens laceradas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos ou
alagadiços.
678 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Xyridaceae
Sinônimos: Xyris laxifolia Mart., Xyris macrocephala var. major (Mart.) L.A.Nilsson
Nomes populares: botão-de-ouro, jupiedi
Erva perene, cespitosa, podendo alcançar 1,20 m de altura, base castanho-arroxeada.
Folhas planas, com disposição dística, 27-55 cm de comprimento e mais de 1 cm de
largura, levemente estriadas, glabras. O escapo pode apresentar pontoações avermelha-
das. Flores amarelas, inflorescência em espiga multiflora ovoide a elipsoide, cerca de
20 mm de comprimento, brácteas castanho-escuras, com manchas verde-acinzentadas
na porção central, margens levemente laceradas. Pode ser confundida com Xyris jupi-
cai, distinguindo-se pelo porte maior e pela coloração castanho-arroxeada da base das
folhas.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos ou
alagadiços.
680 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Xyridaceae
Sinônimo: Xyris gracilescens Malme
Erva perene, cespitosa, com cerca de 70 cm de altura, base castanha. Folhas planas,
verde-glaucas, com disposição dística ou espiralada, 20-40 cm de comprimento e 2 mm
de largura, estriadas, ápice acuminado, nervuras marginais espessas e escabro-ciliadas.
Flores amarelas, inflorescência em espiga multiflora, globosa a subglobosa, cerca de
10 mm de comprimento, brácteas castanho-escuras, margens diferenciadas, fortemente
laceradas e revolutas. Escapo às vezes sinuoso.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos.
682 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Xyridaceae
Erva perene, cespitosa, com aproximadamente 70 cm de altura, base avermelhada a
enegrecida, muito lustrosa. Folhas eretas, em disposição espiralada, com aproxima-
damente 45 cm de comprimento, lâmina subcilíndrica ou filiforme, ápice atenuado,
lustrosa, estriada. Flores amarelas, inflorescência em espiga multiflora, ovoide a sub-
globosa, cerca de 10 mm de comprimento, brácteas castanho-claras, arredondadas,
margens inteiras.
Ocorre em fisionomias campestres, em terrenos sazonal a permanentemente úmidos ou
alagadiços.
684 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
685
Bibliografia
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691
Glossário
692 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Folha palmatinérvea Com nervuras em forma da palma da mão, lembrando a distribuição dos dedos.
Folha paripinada Folha pinada na qual a raque termina em um par de folíolos, podendo também
a extremidade ser livre ou modificada em gavinha ou em algum outro tipo de
estrutura.
Folha peniparalelinérvea Folha com as nervuras secundárias paralelas como as cerdas de uma pena.
Folha pinada Folha com folíolos distribuídos ao longo de um eixo único (raque), geralmente no
mesmo plano, dando a aparência de uma pena.
Folha pinatífida Folha de nervação pinada, cuja margem é recortada de forma que as fendas
chegam até a metade do limbo.
Folha pinatissecta Folha de nervação pinada, cuja margem é recortada até mais da metade do
limbo.
Folha séssil Desprovida de pecíolo.
Folha simples Quando o limbo apresenta-se inteiro ou lobado, mas não subdividido.
Folha subséssil Com pecíolo muito curto, quase imperceptível.
Folha ternada Folha composta por três folíolos que partem de um mesmo ponto no ápice do
pecíolo.
Folha trifoliolada Composta por três folíolos.
Folhas alternas dísticas Quando a inserção das folhas se dá em um único plano, alternando-se nos dois
lados do caule.
Folhas alternas espiraladas Quando a inserção das folhas se dá em vários planos ao longo do caule,
formando uma espiral.
Folhas congestas Folhas cujo espaçamento é pequeno, formando densos conjuntos.
Folhas convolutas Folhas enroladas longitudinalmente em forma de cilindro.
Folhas imbricadas Folhas que se sobrepõem parcialmente, como as telhas de um telhado.
Folhas involutas Prefoliação em que as bordas são enroladas para dentro.
Folhas laxas Folhas com distribuição esparsa ao longo dos ramos.
Folhas opostas Com um par de folhas em cada nó, uma em cada face do caule.
Folhas opostas cruzadas Quando um par de folhas opostas se dispõe em cruz em relação ao par mais
próximo.
Folhas verticiladas Folhas reunidas em número de três ou mais em cada nó, formando um verticilo
foliar.
Folículo Fruto simples, seco, deiscente, que se abre pela sutura do único carpelo de que é
formado, com uma ou mais sementes.
Folíolo Cada uma das partes laminares de uma folha composta.
Fronde Folhas das pteridófitas.
Furfuráceo Com minúsculas escamas (aspecto pulverulento).
699
Margem serreada Margem que apresenta dentes como os de uma serra, inclinados para o ápice.
Margem serrilhada Finamente serreada.
Mata ciliar Vegetação arbórea densa e contínua acompanhando os cursos d’água, em
terrenos bem drenados, em regiões onde a zona de interflúvio é coberta por
cerradão.
Mata de brejo Caracteriza-se por vegetação arbórea muito densa, com baixa diversidade de
espécies, tolerantes à saturação hídrica e alagamento do terreno ao longo de todo
o ano.
Mata-galeria Vegetação arbórea ocorrendo às margens de pequenos cursos d’água (as copas
formando um túnel ou galeria), em regiões onde a zona de interflúvio é coberta
por fisionomias campestres de cerrado.
Membranáceo Com a consistência de membrana. De aparência delicada. Membranoso.
Mericarpo Parte de um fruto esquizocarpo que se desprende após a maturação.
Moniliforme Cilíndrico e com estreitamentos bastante pronunciads em intervalos mais ou
menos regulares.
Monosperma Com uma única semente.
Mucronado Terminando em uma ponta curta, afiada e rígida, que é a continuação da nervura
principal.
Mucronulado Semelhante ao mucronado, porém com o mucro (ponta no ápice) muito
reduzido.
Nervação anastomosada Nervação secundária formando uma rede, pela interligação das extremidades das
nervuras.
Nervação reticulada Nervuras secundárias e terciárias formando uma malha quadriculada em todo o
limbo.
Nervura Cada um dos feixes de tecido vascular que percorrem o limbo foliar,
assemelhando-se a veias.
Nervuras acródromas ba- Nervuras primárias que, partindo da base (ou pouco acima da base), dirigem-se
sais ou suprabasais para o ápice foliar com um trajeto curvo.
Nervuras actinódromas Três ou mais nervuras primárias que divergem radialmente a partir de um ponto
único, geralmente basal.
Nigrescente Enegrecido, tendendo para o preto.
Nutante Pêndulo, inclinado.
Obtuso Terminando em ângulo obtuso (maior que 90o).
Ocre Marrom amarelado.
Opaco Sem brilho.
Opérculo Tampa que cobre a abertura no ápice de certos frutos.
Orbicular Forma mais ou menos circular, arredondada.
702 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Ramificação tricótoma Quando um ramo se divide, em um mesmo ponto, em três outros ramos.
Ramos tetrágonos Quando o ramo possui quatro ângulos. O mesmo que quadrangular.
Ráquila Eixo secundário da raque. Em Poaceae e em Cyperaceae, é o eixo de onde se
originam as pequenas flores ou os antécios.
Raque Eixo principal de uma folha composta ou de uma inflorescência.
Receptáculo Parte apical do pedúnculo de uma flor ou inflorescência, em geral alargado, no
qual se inserem algumas ou todas as partes da flor.
Reflexo Órgão ou estrutura (folha, bráctea, pedicelo etc.) voltado para a base do caule (ou
de qualquer outro eixo) em que se insere.
Reniforme Forma de rim, lateralmente expandida, com a concavidade na base.
Reptante Planta prostada, que tem o hábito de crescimento totalmente horizontal,
geralmente com nós radicantes.
Rizoma Caule subterrâneo horizontal.
Rombiforme Que tem forma de losango, rômbico, angulado na porção mediana.
Rostrado Ápice de um órgão (folha, fruto ou semente) que termina gradualmente em ponta
dura, larga, reta ou curvada.
Rostro patente Rostro com ângulo aberto (no máximo 90º) em relação ao órgão ao qual está
conectado.
Rostro uncinado Rostro que tem ganchos (curvado para trás), como os espinhos.
Rugoso Com pequenas protuberâncias na superfície.
Sâmara Fruto simples, seco, indeiscente, provido de uma ou mais alas (expansões do
pericarpo).
Samarídeo Carpídeos ou mericarpos providos de projeções alares.
Septicida Quando a abertura do fruto se dá pela ruptura do septo, que é a parede interna
dos frutos que separa os lóculos.
Seríceo Com brilho de seda.
Setoso Com pelos finos e longos, em forma de seta.
Sincarpo Fruto que possui carpelos unidos.
Sinflorescência Conjunto de inflorescências.
Soros Pontos escuros, formados por agregados de esporângios, na face inferior das
folhas de pteridófitas.
Subarbusto Planta de pequeno porte, altura geralmente inferior a 50 cm e com a base
lenhosa.
Suberoso Com casca espessa, macia e leve (consistência de cortiça).
Suculento Espesso, carnoso.
Tépala Cada uma das unidades do perianto quando não existem sépalas e pétalas
diferenciadas.
704 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Índice
Remissivo
706 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Lessingianthus tomentellus (Mart. ex DC.) H.Rob. ...............145 Fridericia platyphylla (Cham.) L.G.Lohmann .........................170
Lucilia lycopodioides (Less.) S.E.Freire ...................................146 Jacaranda caroba (Vell.) DC. .....................................................171
Mikania officinalis Mart. ............................................................147 Jacaranda decurrens Cham. ...................................................... 172
Moquiniastrum barrosoae (Cabrera) G.Sancho ....................148 Jacaranda oxyphylla Cham. .......................................................174
Moquiniastrum pulchrum (Cabrera) G.Sancho ....................149 Jacaranda rufa Silva Manso .......................................................175
Oligandra lycopodioides Less. ..................................................146 Memora axillaris Bureau ex K.Schum. ..................................165
Orthopappus angustifolius (Sw.) Gleason .............................150 Memora pedunculata (Vell.) Miers 166
Oyedaea ovata (Gardner) Benth. ..........................................127 Zeyheria digitalis (Vell.) Hoehne ...........................................176
Porophyllum angustissimum Gardner .................................... 151 Zeyheria montana Mart. ............................................................176
Porophyllum exsertum Baker ...............................................152 BIXACEAE..............................................................................178, 179
Porophyllum lanceolatum DC. .................................................152 Cochlospermum regium (mart. Ex schrank) pilg. ..........178, 179
Porophyllum martii Baker ....................................................152
Porophyllum riedelii Sch.Bip. ex Baker .................................151 BORAGINACEAE..........................................................................180
Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC. ..................................153 Euploca salicoides (Cham.) J.I.M.Melo & Semir ...................180
Pterocaulon angustifolium DC. ................................................154 Heliotropium salicoides Cham. ............................................180
Pterocaulon lanatum Kuntze ....................................................155 BROMELIACEAE................................................................... 181-185
Pterocaulon rugosum (Vahl) Malme .......................................156 Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm. .....................................181
Richterago radiata (Vell.) Roque ...............................................157 Bromelia balansae Mez .............................................................182
Seris denticulata DC. ...........................................................157 Dyckia coccinea Mez ..........................................................185
Stenocephalum megapotamicum (Spreng.) Sch.Bip. ..........158 Dyckia linearifolia Baker ............................................................184
Trichocline collina Baker ......................................................159 Dyckia tuberosa (Vell.) Beer .....................................................185
Trichocline radiata (Vell.) S.F.Blake ......................................157 BURMANNIACEAE......................................................................186
Trichocline speciosa Less. .........................................................159 Burmannia bicolor Mart. ...........................................................186
Trichogonia attenuata G.M.Barroso ........................................160
CALOPHYLLACEAE.............................................................. 188-190
Tricholine paraguayensis Baker ............................................159
Kielmeyera rubriflora Cambess. .......................................188, 189
Vernonanthura mucronulata (Less.) H.Rob. ...........................161
Kielmeyera variabilis Mart. & Zucc. subsp. variabilis ..190, 191
Vernonanthura oligactoides (Less.) H.Rob. ............................162
Vernonanthura oligolepis (Sch.Bip. ex Baker) H.Rob. ..........163 CAMPANULACEAE.............................................................. 192-194
Vernonanthura polyanthes (Spreng.) A.J.Vega & Dematt. ....164 Lobelia aquatica Cham. .............................................................192
Vernonia bardanoides Less. .................................................139 Lobelia camporum Pohl ............................................................193
Vernonia brevifolia Less. ......................................................140 Lobelia paulista E.Wimm. .....................................................193
Vernonia chamissonis Less. ...................................................134 Siphocampylus sulfureus E.Wimm. .........................................194
Vernonia erythrophila DC. ...................................................141 Siphocampylus sulfureus var. glaber E.Wimm. ..................... 194
Vernonia glabrata Less. ........................................................142 Siphocampylus verticillatus var. glaber Zahlbr. .....................194
Vernonia grandiflora Less. ....................................................144 CARYOPHYLLACEAE...................................................................195
Vernonia herbacea (Vell.) Rusby ..........................................123 Polycarpaea corymbosa (L.) Lam. ............................................195
Vernonia megapotamica Spreng. .........................................158 CELASTRACEAE.................................................................... 196-197
Vernonia mucronulata Less. .................................................161 Peritassa campestris (Cambess.) A.C.Sm. ..............................196
Vernonia obovata Less. ........................................................123 Tontelea micrantha (Mart. ex Schult.) A.C.Sm. .....................197
Vernonia oligactoides Less. ..................................................162
Vernonia oligolepis Sch.Bip. ex Baker ...................................163 CHRYSOBALANACEAE....................................................... 198-199
Vernonia platensis (Spreng.) Less. .........................................124 Licania humilis Cham. & Schltdl. .............................................198
Vernonia polyanthes (Spreng.) Less. .....................................164 Parinari obtusifolia Hook.f. .......................................................199
Vernonia psilostachya DC. ...................................................136 COMMELINACEAE......................................................................200
Vernonia remotiflora Rich. ...................................................137 Commelina erecta L. ..................................................................200
Vernonia remotiflora var. tricholepis (DC.) Baker ..................137 CONVOLVULACEAE........................................................... 201-214
Vernonia simplex Less. .........................................................125 Evolvulus fuscus Meisn. ............................................................201
Vernonia tomentella Mart. ex DC. ........................................145 Evolvulus macroblepharis Mart. ...............................................202
Viguiera arenaria Baker ..........................................................92 Evolvulus pterocaulon Moric. ..........................................203, 205
BIGNONIACEAE..................................................................165, 176 Evolvulus riedelii Meisn. ...........................................................206
Adenocalymma axillare (K.Schum.) L.G.Lohmann ...............165 Evolvulus sericeus Sw. var. sericeus .........................................208
Adenocalymma pedunculatum (Vell.) L.G.Lohmann ...........166 Evolvulus sericeus var. holosericeus (Kunth) Ooststr. .........207
Anemopaegma arvense (Vell.) Stellfeld ex de Souza ..........167 Ipomoea argentea Meisn. .........................................................209
Anemopaegma glaucum Mart. ex DC. ....................................168 Ipomoea delphinioides Choisy ................................................210
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau ..................................170 Ipomoea procurrens Meisn. .....................................................212
712 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Ipomoea villosa (Choisy) Meisn. ...........................................207 Haplostylis albiceps (Kunth) Nees ........................................233
Merremia digitata (Spreng.) Hallier f. .....................................213 Hypoporum hirtellum (Sw.) Nees .........................................241
Merremia tomentosa (Choisy) Hallier f. ......................... 214-215 Hypoporum leptostachyum (Kunth) Nees ............................242
CUCURBITACEAE................................................................ 216-217 Isolepis complanata (Retz.) Roem. & Schult. ........................228
Cayaponia espelina (Silva Manso) Cogn. ............................... 216 Isolepis fimbriata (Nees) Schrad. ex B.D.Jacks. .....................218
Melancium campestre Naud. ...............................................217 Isolepis junciformis Kunth ....................................................220
Melothria campestris (Naudin) H.Schaef. & S.S. Renner ....217 Isolepis scabra J.Presl & C.Presl ...........................................222
Lagenocarpus rigidus Nees ......................................................230
CYPERACEAE ...................................................................... 218-242 Lagenocarpus rigidus Nees subsp. rigidus ............................ 230
Abildgaardia paradoxa (Spreng.) Lye 221 Lipocarpha glomerata Nees .................................................231
Anogyna tremula Nees 230 Lipocarpha humboldtiana Nees ...............................................231
Asteroschoenus consanguineus (Kunth) Nees 235 Lipocarpha sellowiana Kunth ...............................................231
Asteroschoenus consanguineus var. angustifolius Nees ........235 Mariscus aggregatus Willd. ..................................................224
Asteroschoenus rigidus (Kunth) Nees, .................................234 Pycreus polystachyos (Rottb.) P.Beauv. ...................................232
Baeothryon tenuiculum (Schrad. ex Schult.) A.Dietr. ............227 Rhynchospora albiceps Kunth ..................................................233
Bulbostylis brasiliensis Palla ................................................220 Rhynchospora albobracteata A.C.Araújo ...............................234
Bulbostylis fimbriata (Nees) C.B.Clarke .................................218 Rhynchospora brownii Roem. & Schult. ...............................238
Bulbostylis hirtella (Schrad.) Urb. ........................................... 219 Rhynchospora brownii subsp. americana Guagl. .................238
Bulbostylis junciformis (Kunth) C.B.Clarke ...........................220 Rhynchospora consanguinea (Kunth) Boeckeler ..................235
Bulbostylis juncoides (Vahl) Kük. ex Osten ...........................219 Rhynchospora consanguinea var. rigida (Kunth) Kük. ...........234
Bulbostylis langsdorffiana (Kunth) C.B.Clarke ........................219 Rhynchospora exaltata Kunth ..................................................236
Bulbostylis paradoxa (Spreng.) Lindm. ...................................221 Rhynchospora globosa (Kunth) Roem. & Schult. .................237
Bulbostylis scabra (J.Presl & C.Presl) C.B.Clarke ..................222 Rhynchospora globosa (Kunth) Roem. & Schult. var. globosa 237
Bulbostylis sphaerolepis (Boeckeler) Beetle .........................222 Rhynchospora juncellus C.B.Clarke .....................................239
Calyptrocarya glomerulata (Brongn.) Urb. ............................223 Rhynchospora rugosa (Vahl) Gale ...........................................238
Calyptrocarya longifolia (Rudge) Kunth ................................223 Rhynchospora tenuis Link .........................................................239
Carex hirtella (Sw.) J.F.Gmel. ................................................241 Rhynchospora warmingii Boeckeler .......................................240
Carex sieberi Nees ex Kunth ................................................224 Schoenus paradoxus Spreng. ...............................................221
Cephaloschoenus globosus (Kunth) Nees .............................237 Schoenus rugosus Vahl ........................................................238
Chaetocyperus capillaceus (Kunth) Nees ..............................226 Scirpus capillaceus (Kunth) Griseb. ......................................226
Chaetospora globosa Kunth .................................................237 Scirpus complanatus Retz. ...................................................228
Chlorocharis balansaeana (Boeckeler) Rikli ..........................227 Scleria hirtella Sw. ......................................................................241
Chlorocyperus polystachyus (Rottb.) Rikli ............................232 Scleria leptostachya Kunth .......................................................242
Cryptangium arundinaceum Boeckeler .................................230 Scleria mollis Kunth .............................................................241
Cyperus acicularis (Schrad. ex Nees) Steud. ......................... 225 DILLENIACEAE.............................................................................243
Cyperus aggregatus (Willd.) Endl. ...........................................224 Davilla elliptica A.St.-Hil. ...........................................................243
Cyperus annuus Willd. ex Kunth ..........................................229
Cyperus aquatilis F.Muell. ....................................................232 DROSERACEAE..................................................................... 244-245
Cyperus bracteolatus Steud. ................................................225 Drosera communis A.St-Hil. .....................................................244
Cyperus complanatus (Retz.) Willd. ..................................... 228 Drosera dentata Benth .........................................................245
Cyperus odoratus L. ...................................................................225 Drosera sessilifolia A.St-Hil. .....................................................245
Cyperus polystachyos Rottb .................................................232 ERICACEAE.......................................................................... 248-2450
Cyperus sellowianus (Kunth) T.Koyama ................................ 231 Gaylussacia brasiliensis (Spreng.) Meisn. ..............................248
Dichromena brasiliensis Raddi ............................................. 239 Gaylussacia hispida Spreng. .................................................250
Dichromena canescens Maury ex Micheli ...........................233 Gaylussacia pseudogaultheria Cham. & Schltdl. ...............250
Dichromena capillaris Kunth ................................................239 ERIOCAULACEAE................................................................ 251-264
Dichromena consanguinea Kunth 235 Actinocephalus polyanthus (Bong.) Sano ..............................251
Dichromena exaltata (Kunth) J.F.Macbr. 236............................... Comanthera xeranthemoides (Bong.) L.R.Parra & Giul. .......254
Dichromena foliosa Hochst. ex Boeckeler ............................233 Dupatya flavescens (Bong.) Kuntze ......................................257
Dichromena rigida Kunth .....................................................234 Dupatya helminthorhiza (Mart. ex Körn.) Kuntze .................264
Eleocharis capillacea Kunth ......................................................226 Dupatya lundii (Körn.) Kuntze .............................................262
Eleocharis filiculmis Kunth ........................................................227 Eriocaulon candidum Moldenke ..........................................256
Ficinia ambigua Steud. .........................................................229 Eriocaulon caulescens Poir. ..................................................263
Fimbristylis affinis Hook. & Arn. ...........................................229 Eriocaulon flaccidum Bong. .................................................259
Fimbristylis complanata (Retz.) Link .......................................228 Eriocaulon flavescens Bong. .................................................257
Fimbristylis dichotoma (L.) Vahl ............................................... 229 Eriocaulon juniperinum (Kunth) Steud. .................................259
713
Eriocaulon kunthii Koern. .....................................................255 Andira humilis Mart. ex Benth. ........................................279, 281
Eriocaulon ligulatum (Vell.) L.B.Smith .....................................255 Arachis glabrata Benth. .............................................................282
Eriocaulon modestum Kunth ...................................................256 Bauhinia holophylla (Bong.) Steud. .........................................283
Eriocaulon modestum var. brevifolium Moldenke ................256 Calliandra dysantha Benth. ...............................................284, 285
Eriocaulon moldenkei Herter ...............................................256 Cassia calycioides (DC. ex Collad.) Greene .........................288
Leiothrix flavescens (Bong.) Ruhland .....................................257 Cassia cathartica Mart. ........................................................289
Paepalanthus amoenus var. bolivianus Moldenke .................258 Cassia desvauxii var. mollisima Benth. ..................................291
Paepalanthus babyloniensis Silveira .....................................259 Cassia fagonioides Vogel ......................................................292
Paepalanthus chiquitensis Herzog ..........................................258 Cassia flexuosa L. .................................................................293
Paepalanthus erectifolius var. glabra Silveira ........................258 Cassia nictitans L. ................................................................294
Paepalanthus erectifolius var. grandifolia Silveira ..................258 Cassia ochnacea (Vogel) H.S.Irwin & Barneby .....................295
Paepalanthus flaccidus (Bong.) Kunth ....................................259 Cassia rotundifolia Pers. .......................................................297
Paepalanthus flavescens (Bong.) Körn. .................................257 Centrosema angustifolium (Kunth) Benth. ............................286
Paepalanthus helminthorrhizus Mart. ex Körn. .....................264 Centrosema pubescens Benth. ................................................287
Paepalanthus lundii Körn. .........................................................262 Chamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene .............288
Paepalanthus macrotrichus Silveira ......................................262 Chamaecrista cathartica (Mart.) H.S.Irwin &
Paepalanthus polyanthus (Bong.) Kunth ...............................251 Barneby var. cathartica ..............................................................289
Syngonanthus caulescens (Poir.) Ruhland .............................263 Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip var.
Syngonanthus caulescens var. angustifolius Moldenke .........263 desvauxii ......................................................................................290
Syngonanthus glandulosus Gleason .....................................263 Chamaecrista desvauxii var. mollissima (Benth.) H.S.Irwin &
Syngonanthus helminthorrhizus (Mart. ex Körn.) Ruhland 264 Barneby........................................................................................ 291
Syngonanthus helminthorrhizus var. glandulosus Moldenke 264 Chamaecrista fagonioides (Vogel) H.S.Irwin & Barneby .....292
Syngonanthus tricostatus Gleason .......................................254 Chamaecrista flexuosa (L.) Greene .........................................293
Syngonanthus xeranthemoides var. angustifolius Moldenke .254 Chamaecrista nictitans (L.) Moench .......................................294
Syngonanthus xeranthemoides var. tricostatus (Gleason) Mol- Chamaecrista ochnacea (Vogel) H.S.Irwin & Barneby ........295
denke ..................................................................................254 Chamaecrista ramosa var. parvifoliola (H.S.Irwin) H.S.Irwin &
ERYTHROXYLACEAE............................................................ 265-266 Barneby .......................................................................296, 298, 299
Erythroxylum campestre A.St.-Hil. ..........................................265 Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene .............................297
Erythroxylum campestre var. obovale Mart. ......................... 265 Clitoria densiflora (Benth.) Benth. ..........................................300
Erythroxylum cuneifolium (Mart.) O.E.Schulz ......................266 Clitoria guianensis (Aubl.) Benth. ............................................301
Erythroxylum cuneifolium var. silvaticum O.E.Schulz ...........266 Collaea speciosa (Loisel.) DC. ..................................................302
Erythroxylum cuneifolium var. squarrosum O.E.Schulz ........266 Crotalaria balansae Micheli ..............................................303, 304
Crotalaria pallida var. obovata (G.Don) Polhill ......................304
ESTERHAZYA.................................................................................515
Desmanthus tatuhyensis Hoehne ........................................... 306
Esterhazya petiolata ................................................Barringer 515
Desmodium barbatum (L.) Benth. ...........................................307
EUPHORBIACEAE................................................................ 273-276 Desmodium discolor Vogel ..................................................308
Cnemidostachys bidentata Mart. & Zucc. ............................273 Desmodium subsecundum Vogel ...................................308, 309
Cnemidostachys serrulata Mart. ...........................................274 Eriosema campestre Benth. var. campestre ...........................310
Croton antisyphiliticus Mart. ..................................................267 Eriosema campestre var. macrophyllum (Grear) Fortunato 311
Croton campestris A.St.-Hil. .................................................... 268 Eriosema heterophyllum Benth. ..............................................312
Croton glandulosus L. ..............................................................269 Eriosema longifolium Benth. ....................................................313
Manihot caerulescens Pohl .......................................................270 Galactia benthamiana Micheli .................................................314
Manihot humilis Müll.Arg. ...................................................272 Galactia decumbens (Benth.) Chodat & Hassl. .....................315
Manihot tripartita (Spreng.) Müll.Arg. subsp. tripartita .....271 Galactia dimorpha Burkart .......................................................316
Manihot tripartita subsp. humilis (Müll.Arg.) D.J.Rogers & Galactia grewiaefolia (Benth.) Taub. .......................................317
Appan .................................................................................272 Galactia martii DC. .............................................................318, 319
Manihot tripartita var. genuina Müll.Arg. .............................271 Galactia pretiosa Burkart ..........................................................320
Manihot tripartita var. glabra Müll.Arg. ................................272 Galactia speciosa (Loisel.) Britton ........................................302
Microstachys bidentata (Mart. & Zucc.) Esser .......................273 Glycinopsis heterophylla (Benth.) Kuntze .............................333
Microstachys serrulata (Mart. & Zucc.) Müll.Arg. .................274 Glycyrrhiza mediterranea Vell ..............................................334
Sapium obovatum Klotzsch ex Müll.Arg. ...............................275 Indigofera bongardiana (Kuntze) Burkart ..............................321
Sebastiania serrulata (Mart.) Müll.Arg. .................................274 Indigofera gracilis Bong. ex Benth. .......................................321
Tragia uberabana Müll.Arg. ......................................................276 Macroptilium prostratum (Benth.) Urb. .................................322
FABACEAE ............................................................................ 277-344 Mimosa alleniana Morong ........................................................323
Aeschynomene falcata (Poir.) DC. ...........................................277 Mimosa capillipes Benth. .....................................................330
Ancistrotropis peduncularis (Kunth) A.Delgado ..................278 Mimosa debilis Humb. & Bonpl. ex Willd. ............................324
714 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
Mimosa dolens subsp. eryophylla (Benth.) Barneby ............327 IRIDACEAE .......................................................................... 357-366
Mimosa dolens var. acerba (Benth.) Barneby ........................325 Alophia coerulea (Vell.) Chukr .............................................357
Mimosa dolens var. calosa (Benth.) Barneby .........................326 Cipura paludosa Aubl. ...............................................................356
Mimosa dolens var. latifolia (Benth.) Barneby .......................328 Gelasine coerulea (Vell.) Ravenna ......................................357
Mimosa dolens var. rigida (Benth.) Barneby ..........................329 Sisyrinchium alatum Hook. var. minor Rusby .......................364
Mimosa gracilis var. capillipes (Benth.) Barneby ................... 330 Sisyrinchium balansae Baker ................................................364
Mimosa somnians var. viscida (Willd.) Barneby ....................331 Sisyrinchium coeruleum Vell. ...............................................357
Mimosa viscida Willd. .........................................................331 Sisyrinchium commutatum Klatt .............................................358
Mimosa xanthocentra Mart. .....................................................332 Sisyrinchium glaziovii Baker .................................................362
Periandra angulata Benth. .....................................................334 Sisyrinchium hasslerianum Baker ............................................359
Periandra angustifolia Benth. .................................................334 Sisyrinchium hoehnei I.M.Johnst. .........................................359
Periandra heterophylla Benth. ..................................................333 Sisyrinchium parviflorum Baker ...........................................364
Periandra mediterranea (Vell.) Taub. ...............................334, 335 Sisyrinchium purpurellum Ravenna ................................360, 361
Periandra racemosa Benth. ..................................................334 Sisyrinchium restioides Spreng. ......................................362, 363
Phaseolus prostratus Benth. .................................................322 Sisyrinchium secundiflorum Klatt .........................................358
Stylosanthes acuminata M.B.Ferreira & Sousa Costa .............336 Sisyrinchium vaginatum subsp. restioides (Spreng.) Beauverd
Stylosanthes bracteata Vogel .................................................337 ................................................................................................362, 363
Stylosanthes glutinosa H.B.K. ...............................................342 Sisyrinchium weirii Baker .........................................................364
Stylosanthes gracilis Kunth .......................................................338 Trimezia juncifolia (Klatt) Benth. & Hook. .............................365
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. ........................................340 JUNCACEAE..................................................................................366
Stylosanthes guianensis var. gracilis (Kunth) Vogel ................338 Juncus cyperinus Willd. ex Spreng .......................................366
Stylosanthes scabra Vogel ........................................................341 Juncus densiflorus Kunth ..........................................................366
Stylosanthes viscosa (L.) Sw. .....................................................342 Juncus densiflorus var. cyperinus Buchenau .........................366
Vigna peduncularis (Kunth) Fawc. & Rendle .........................278
LAMIACEAE........................................................................... 367-383
Zornia burkartii Vanni ...............................................................343
Amasonia hirta Benth. ...............................................................367
Zornia reticulata Sm. ..................................................................344
Cantinoa plectranthoides (Benth.) Harley & J.F.B.Pastore ..368
GENTIANACEAE ................................................................. 345-352 Eriope crassipes Benth. ..............................................................369
Calolisianthus pedunculatus (Cham. & Schltdl.) Gilg ..........345 Eriope macrostachya Mart. ex Benth. .....................................370
Calolisianthus pendulus (Mart.) Gilg ......................................346 Gymneia interrupta (Pohl ex Benth.) Harley & J.F.B.Pastore 371
Calolisianthus speciosus (Cham. & Schltdl.) Gilg .................347 Hypenia pauliana (Epling) Harley ............................................372
Chelonanthus alatus (Aubl.) Pulle ............................................348 Hyptis caespitosa A.St.-Hil. ex Benth. ....................................373
Curtia tenuifolia (Aubl.) Knobl. .................................................349 Hyptis campestris Harley & J.F.B.Pastore. ..............................374
Deianira nervosa Cham. & Schltdl. .........................................350 Hyptis nudicaulis Benth. ...........................................................375
Gentiana aphylla Jacq. .........................................................352 Hyptis sinuata Pohl ex Benth. ..................................................376
Irlbachia alata (Aubl.) Maas ..................................................348 Hyptis villosa Pohl ex Benth. ....................................................377
Irlbachia pedunculata (Cham. & Schltdl.) Maas ...................345 Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze .............................378
Irlbachia pendula (Mart.) Maas ............................................346 Medusantha mollissima (Benth.) Harley & J.F.B.Pastore ......379
Irlbachia speciosa (Cham. & Schltdl.) Maas ..........................347 Rhabdocaulon denudatum (Benth.) Epling ...........................380
Lisianthus pedunculatus Cham. & Schltdl. ...........................345 Rhabdocaulon lavanduloides (Benth.) Epling .......................381
Lisianthus pendulus Mart. ....................................................346 Salvia minarum Briq. ..................................................................382
Lisianthus speciosus Cham. & Schltdl. .................................347 Salvia scabrida Pohl ...................................................................383
Schultesia gracilis Mart. ............................................................351
LENTIBULARIACEAE............................................................ 384-391
Voyria aphylla (Jacq.) Pers. ........................................................352
Utricularia amethystina Salzm. ex A.St.-Hil. & Girard 3..........84
GESNERIACEAE .................................................................. 353-354 Utricularia cucullata A.St.-Hil. & Girard .................................385
Corytholoma tribracteatum (Otto & Dietr.) Fritsch ................353 Utricularia dentata Weber ex Benj. ......................................387
Gesnera tribracteata Otto & Dietr. .......................................353 Utricularia fusiformis Warm. ................................................390
Gesnera sceptrum var. igneum Mart. ....................................354 Utricularia globulariifolia Mart. ex Benj. ...............................390
Rechsteineria ignea (Mart.) Fritsch .........................................354 Utricularia gomezii A.DC. ....................................................390
Sinningia allagophylla (Mart.) Wiehler ...................................353 Utricularia lundii A.DC. .......................................................387
Sinningia elatior (Kunth) Chautems ........................................354 Utricularia monantha Benj. ..................................................390
Sinningia tribracteata (Otto & Dietr.) Wiehler .......................353 Utricularia nervosa G.Weber ex Benj. ....................................386
HALORAGACEAE.........................................................................355 Utricularia polyschista Benj .................................................387
Laurembergia tetrandra (Schott) Kanitz .................................355 Utricularia praelonga A.St.-Hil. & Girard ................................387
Serpicula brasiliensis Cambess. ............................................355 Utricularia subulata L. ................................................................388
715
VITACEAE......................................................................................673
Cissus erosa Rich. ........................................................................673
Cissus erosa subsp. linearifolia (Baker) Lombardi ..................673
Cissus erosa var. salutaris (Kunth) Planch. ............................673
Cissus salutaris Kunth ...........................................................673
Cissus urupaensis Hoehne ...................................................673
XYRIDACEAE......................................................................... 674-680
Abolboda brasiliensis Kunth .................................................674
Abolboda gracilis Huber ......................................................674
Abolboda longifolia Malme ................................................. 674
Abolboda pulchella Humb. ......................................................674
Xyris acuminata Miq. ex Steud. ............................................678
Xyris arenicola Miq. .............................................................678
Xyris asperula Mart. ...................................................................675
Xyris brevifolia Michx. ...............................................................676
Xyris ciliata Thunb. .....................................................................677
Xyris commixta Malme ........................................................682
Xyris communis Kunth .........................................................678
Xyris glabrata (Seub.) Griseb. ...............................................680
Xyris gracilescens Malme .....................................................681
Xyris intermedia Malme .......................................................676
Xyris jupicai Rich. .......................................................................678
Xyris laxifolia Mart. ..............................................................679
Xyris macrocephala Vahl ...........................................................679
Xyris macrocephala var. major (Mart.) L.A.Nilsson ...............679
Xyris megapotamica Malme .................................................682
Xyris pumila Pohl ex Seub. ................................................... 680
Xyris restiacea Mart. .............................................................677
Xyris savanensis Miq. ................................................................. 680
Xyris schizachne Mart. .............................................................. 681
Xyris simulans L.A.Nilsson ...................................................682
Xyris strobilifera Kunth .........................................................677
Xyris tortula Mart. ......................................................................682
Xyris uninervis Malme ............................................................... 683
Xyris zahlbruckneri Heimerl .................................................675
720 PLANTAS PEQUENAS DO CERRADO: BIODIVERSIDADE AMEAÇADA
INSTITUTO
FLORESTAL Sistema Ambiental Paulista