Galeandra chapadensis

 

Galeandra, o nome deste gênero, é uma palavra híbrida. Do latim deriva a palavra “galea” , que significa “capacete”, e do grego a palavra “andro”, que significa “homem”, em referência  a antera das flores do gênero que parecem um capacete. Foi proposto pelo botânico John Lindley no ano de 1832.

Trata-se de um gênero composto por aproximadamente 30 espécies, originárias da faixa que começa no sul da Flórida, atravessa toda a América Central e chega até o Paraguai. O Brasil é com certeza o principal centro de dispersão. Só na Floresta Amazônica estão presentes mais da metade destas espécies.

São plantas com fácil adaptação ao meio, podendo ser encontradas vegetando de forma epífita, rupícola, terrestre e humícola. É comum encontrar as plantas deste gênero fixadas em árvores cobertas de musgo, ou em solos secos e arenosos, pântanos, brejos úmidos, etc.

Agora vou falar da planta do dia, a Galeandra chapadensis, que vegeta de forma epífita nas matas ralas do cerrado do Planalto Central, em altitudes compreendidas entre 700 e 1600 metros.

O nome da espécie, chapadensis, é uma relação com a principal região de sua ocorrência, a Chapada dos Veadeiros, próximo à cidade de Alto Paraíso, em Goiás.

Trata-se de uma planta que possui pseudobulbos fusiformes que podem chegar a 15cm de comprimento, suportando normalmente duas folhas lanceoladas e decíduas, que chegam a 20cm de comprimento.

A inflorescência é apical, suportando normalmente 5 a 6 flores com diâmetro variando de 5 a 6cm. Sépalas e pétalas de cor verde ou bronze, e labelo de cor predominante branca com orla terminal rosada. Lindíssima combinação.

As espécies de Galeandra são parentes próximos do gênero Catasetum. Assim, a forma de cultivo é bastante similar. Seguem algumas dicas:

  • Sugiro cultivo em vasos plásticos ou caixetas de madeira, com substrato composto por partes iguais de casca de pinus, carvão vegetal e esfagno.
  • A Galeandra chapadensis precisa de muita água enquanto cresce, e depois uma redução gradual, a partir da floração, seguido por leves e espaçadas nebulizações durante o inverno, período de dormência da planta, no intuito de evitar que os pseudobulbeos murchem.
  • Esta espécie aprecia sombreamento de 50% e, por se tratar de orquídea natural de regiões quentes, o sugerido é o cultivo em temperaturas entre 15 e 40 graus.
  • Eventuais replantios e divisões de touceira devem ser programados para coincidir com o início das novas brotações, o que ocorre normalmente na primavera. Novas raízes serão produzidas rapidamente nesta época, e as plantas sentirão menos o impacto. Lembrem da dica: efetuar divisões deixando sempre pelo menos 3 bulbos em cada pedaço.

Florescem no verão, e a floração dura em média 20 dias.

Seguem algumas fotos ilustrativas:

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IMAGENS: fonte pesquisa GOOGLE

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12 pensamentos sobre “Galeandra chapadensis

    • Bom dia Rose. Sim. Trata-se de uma planta decídua, ou seja, que perde as folhas após a floração. Como dica importante recomendo reduzir significativamente o volume das regas após as folhas caírem, para evitar o apodrecimento dos pseudobulbos. Abs

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