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Distribuição

Esta espécie foi descrita da cidade de Phra Nakhon Si Ayutthaya, província de Ayutthaya, região central da Tailândia, localizada na confluência dos rios Chao Phraya, Lopburi e Pa Sak.

Desde então, foi coletado em grande parte das bacias do médio e baixo Mekong na Tailândia, Laos, Camboja e Vietname, além das drenagens de Chao Phraya e Mae Klong no oeste e centro da Tailândia.

No Mekong são conhecidas várias populações que se podem sobrepor ligeiramente durante a época de desova, e especialmente na parte superior do sistema. Dos peixes selvagens coletados para o comércio de aquariofilia, acredita-se que muitos sejam originários do rio Songkhram, um afluente do Mekong no nordeste da Tailândia.

Habitat

Esta espécie é aparentemente bastante comum na sua área nativa e, de acordo com Rainboth (1996), mostra preferência por águas correntes, onde se refugia entre rochas submersas, raízes de árvores, etc., durante o dia, emergindo para forragear sob o manto da escuridão.

Faz migrações sazonais como parte do seu ciclo de vida e pode, portanto, ser encontrado em vários tipos de habitat, dependendo da época do ano, desde os principais canais dos rios até às drenagens tributárias menores e zonas temporariamente alagadas.

Co-ocorre com Yasuhikotakia lecontei, Y. morleti e Syncrossus helodes em grande parte da sua distribuição e numa pesquisa do rio Mun realizada na província de Surin, nordeste da Tailândia foi coletada ao lado de uma série de outras espécies de peixes, incluindo aqueles três mais Acantopsis choirhynchos, Lepidocephalichthys hasselti, Barbonymus altus, B. gonionotus, Cyclocheilichthys apogon, C. repasson, Discherodontus ashmeadi, Epalzeorhynchos frenatum, Esomus metalicalus, Hampala dispar, H. macrolepidota, Mystacoleucus marginatus, Barilius koratensis, Osteochilus hasseltii, Raiamas guttatus, Rasbora borapetensis, Rborapetensis dusonensis, R. rubrodorsalis, R. trilineata, Puntius orphoides, 'Puntius' partipentazona, Gyrinocheilus aymonieri, Trichopodus pectoralis, T. trichopterus, Trichopsis pumila, T. vittata, Pseudomystus siamensis, Mystus singaringan, Kryptopterus cryptopterus e Mastacembelus favus.

Comprimento Padrão Máximo

20 – 25 cm.

Tamanho do Aquário

Para manutenção a longo prazo, um aquário com medidas de base de 150 x 45 cm ou equivalente deve ser o menor considerado.

Manutenção

Todos os botideos precisam de uma configuração bem estruturada, embora a escolha real da decoração seja mais ou menos do gosto pessoal.

Um arranjo de estilo natural pode incluir um substrato de areia ou cascalho fino com muitas pedras e seixos desgastados pela água, além de raízes e galhos de troncos.

A iluminação pode ser relativamente moderada e plantas capazes de crescer em tais condições como Microsorum pteropus (Feto de Java), Taxiphyllum barbieri (musgo de 'Java') ou Anubias spp. pode ser adicionado se desejar. Estas podem ser agarradas a peças de decoração de forma a fornecer sombra útil.

Caso contrário, certifique-se de fornecer bastante cobertura, pois Yasuhikotakia spp. são curiosos e parecem gostar de explorar os seus arredores. Pedras, madeira, vasos de flores e ornamentos de aquário podem ser usados ​​em qualquer combinação para alcançar o efeito desejado.

Lembre-se de que eles gostam de se enfiar em pequenos espaços e fendas, de modo que itens com bordas afiadas devem ser omitidos, e quaisquer espaços ou orifícios pequenos o suficiente para que um peixe fique preso devem ser preenchidos com selante de silicone para aquários. Uma cobertura bem ajustada também é essencial, pois estas botias às vezes saltam.

Embora os botídeos não exijam condições turbulentas, preferem quando a água é bem oxigenada com um certo fluxo, são intolerantes ao acumular de resíduos orgânicos e requerem água limpa para prosperar.

Por estas razões, nunca devem ser introduzidos em ambientes biologicamente imaturos e adaptam-se mais facilmente a aquários maduros e estáveis. Em termos de manutenção, as trocas semanais de água de 30-50% do volume do tanque devem ser consideradas rotineiras.

Condições da Água

Temperatura: 23 – 28 °C

pH: 6,0 - 8,0

Dureza: 36 – 215 ppm

Dieta

Enquanto Yasuhikotakia spp. parecem ser principalmente carnívoros, também comem matéria vegetal, se disponível, muitas vezes incluindo plantas aquáticas de folhas moles. A dieta natural compreende moluscos aquáticos, insetos, vermes e outros invertebrados.

São pouco exigentes, mas devem receber uma dieta variada, incluindo produtos secos de qualidade, vermes vivos ou congelados, Tubifex, Artemia, etc., além de frutas e vegetais frescos, como pepino, melão, espinafre escaldado ou abobrinha.

Alimentos feitos em casa usando uma mistura de ingredientes naturais e ligados com gelatina também são altamente recomendados.

A minhoca picada também pode ser uma fonte útil de proteína, mas deve ser usada com moderação e, embora a maioria dos botideos também coma caracóis aquáticos, nunca deve ser considerada a resposta para uma infestação, pois não são moluscívoros obrigatórios.

Uma vez instalados num aquário, alimentam-se de forma ousada e costumam subir até a meia-água na hora das refeições.

Comportamento e compatibilidade

De temperamento mais brando do que alguns congêneres, como Y. eos e Y. morleti, mas é propenso a fases ocasionais de agressão e pode morder as barbatanas posteriores. Peixes lentos ou de barbatanas longas não devem ser colocados com ciprinídeos pelágicos ativos, como muitos Devario, Rasbora, Barilius, 'Puntius' e alguns Danio spp. representando tankmates mais adequados.

Em termos de outros habitantes do fundo, deve coexistir relativamente pacificamente com a maioria dos Botia e Syncrossus spp. ou em tanques muito grandes, Chromobotia macracanthus. Algumas botias cobitid e nemacheilid também são possibilidades, assim como membros de Epalzeorhynchos, Crossocheilus, Garra e muitos peixes gato.

Como sempre, uma pesquisa minuciosa antes de selecionar uma comunidade de peixes é a melhor maneira de evitar possíveis problemas.

Yasuhikotakia spp. são gregários, formam hierarquias sociais complexas e devem ser mantidos em grupos de pelo menos 5 ou 6 espécimes, preferencialmente 10 ou mais.

Quando mantidos sozinhos, podem tornar-se retraídos ou até mesmo agressivos com peixes de formato semelhante, e se apenas um par ou trio for comprado, o indivíduo dominante pode stressar o(s) outro(s) a ponto de parar de se alimentar.

Dito isto, aparentemente requerem contato regular com membros da mesma espécie, um fato exemplificado por uma série de rituais comportamentais que foram registados consistentemente em aquários.

Dimorfismo Sexual

As fêmeas sexualmente maduras são normalmente mais encorpadas e ficam um pouco maiores que os machos.

Reprodução

Algumas espécies de Yasuhikotakia, incluindo Y. modesta, são criadas comercialmente para o hobby por meio do uso de hormonas, mas não há relatos de reprodução por aquariofilistas privados, possível porque a maioria são reprodutores sazonais e migratórios na natureza.

Por exemplo, na bacia inferior do Mekong, Y. modesta sofre uma migração rio acima, aparentemente desencadeada pelo recuo dos níveis de água, entre novembro e março de cada ano, enquanto de maio a julho ela migra na direção oposta à medida que as águas sobem novamente.

Assim, entra em áreas inundadas para desovar no início da estação chuvosa, com ovos e alevins dispersos em zonas inundadas do sul do Camboja e na região do delta do Mekong.

No alto Mekong, acima de Khone Falls, foi registado que a espécie migra rio acima de fevereiro a maio ao lado de um Henicorhynchus sp.

Entra em afluentes e riachos menores e desova novamente no início da estação chuvosa com ovos e alevins igualmente arrastados para áreas alagadas onde completam os estágios iniciais de desenvolvimento.

O padrão exato das migrações é, portanto, ligeiramente diferente no alto Mekong, uma vez que os adultos devem mover-se para os afluentes para aceder às zonas inundadas, enquanto na bacia inferior podem fazê-lo diretamente através do canal principal do rio.

Os ovos foram registados entre fevereiro e julho com um forte pico em maio e junho, enquanto juvenis de cerca de 20 mm TL foram observados em vários momentos, dependendo da localidade, dispersando-se em canais perenes quando a profundidade/fluxo da água em tributários e planícies de inundação começa a diminuir.

Têm uma série de barras verticais escuras nos flancos que desaparecem à medida que atingem a maturidade.