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Brilhantina | Pilea microphylla

A dinheirinho, como também é conhecida, é uma pequena planta suculenta espontânea, muitas vezes ignorada ou vista como mato ou erva daninha. Utilizada tradicionalmente como planta medicinal, é um potencial agente antimicrobiano e antioxidante. Como PANC, também tem utilidade na culinária. Floresce e frutifica praticamente o ano todo.

Detalhe da minúscula inflorescência da brilhantina

Cultivo

  • Luminosidade: Prefere luz indireta a brilhante, evitando luz solar direta intensa.
  • Rega: Rega regular, permitindo que o solo seque entre as regas para evitar o encharcamento.
  • Substrato: Solo bem drenado e rico em matéria orgânica.
  • Adubação: Pode ser adubada com fertilizante balanceado diluído durante a primavera e o verão.
  • Propagação: Pode ser propagada facilmente por estacas de caule e por sementes.
  • Pragas e doenças mais comuns: Suscetível a ataques de pulgões, ácaros e cochonilhas. Pode ser afetada por fungos se o solo estiver muito úmido.
  • Podas: Pode ser podada para manter sua forma e estimular um crescimento compacto.

Informações Gerais

  • Região de origem: América do Sul.
  • Forma de vida: Herbácea.
  • Ciclo: Perene.
  • Porte: Pequeno, alcançando cerca de 15-30 centímetros de altura.
  • Família: Urticaceae.
  • Tipo de inflorescência: Sua inflorescência é axilar, com flores diminutas, que florescem durante todo o ano.
  • Tamanho e cor das flores: Flores pequenas e brancas, não muito chamativas.
  • Floração época do ano: Primavera e verão.
  • Polinizadores: É especialmente polinizada pelo vento, mas também por abelhas e outros insetos polinizadores.
  • Tamanho dos frutos: Pequenos, geralmente não muito notáveis.
  • Tipo do fruto: Fruto seco e pequeno.
  • Cor do fruto: Varia, mas geralmente verde ou marrom.
  • Fruto é comestível para humanos? Não é normalmente consumido.
  • Tipo de folhas: Pequenas, arredondadas, verde-escuras, que se assemelham a moedas.
  • Tipo de caule: Caule herbáceo, suculento.
  • Tipo de raiz: Raiz subterrânea, terrícola, prefere solos ácidos, precisa de boa umidade no solo porém é resistente a períodos secos.
  • pH ideal: pH ligeiramente ácido a neutro, em torno de 6 a 7.
  • Clima: Prefere os climas equatorial, subtropical a temperado.
  • Toxicidade: Considerada não tóxica para humanos e animais de estimação.
  • Geadas ou ondas de calor: Sensível a geadas, proteção é necessária em climas frios. Pode sofrer em ondas de calor intensas.
  • Espaçamento em relação a outras plantas: Pode ser plantada com um espaçamento de cerca de 20 a 30 centímetros em relação a outras plantas.
  • Temperatura ideal para desenvolvimento: Entre 18°C e 24°C.
  • Outras informações relevantes: Evite correntes de ar e locais muito secos, pois podem prejudicar a saúde da planta. Evite também regar em excesso, pois isso pode levar ao apodrecimento das raízes.

Uso medicinal

Em algumas regiões, a planta é utilizada em remédios populares para tratar problemas digestivos leves, como indigestão e cólicas estomacais. Acredita-se que a planta possui propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, quando aplicada topicamente em cortes ou feridas menores.

Há relatos de que a planta também ajuda a:

  • Reduzir a taxa de açúcar e normaliza o nível de glicose no sangue;
  • Estimula o bom funcionamento do pâncreas e do fígado;
  • Reduz colesterol e contribui para a perda de peso;
  • Previne as diabetes;
  • Estimula criação de glóbulos vermelhos, prevenindo a leucemia;
  • Antipirética(reduz a febre);
  • Usada em casos de diarréia e asma, dores de cabeça e de barriga;
  • Purificadora de vesícula;
  • Anti-inflamatório;
  • Purificadora de ventre em casos de problemas reprodutivos.
  • Possui propriedades radioprotetoras. Seus compostos fenólicos previnem o dano ao DNA provocado pela radiação em tratamentos de radioterapia contra o câncer ou exposição ao sol.

Popularmente, a planta é diurética, evitando cálculos renais. Porém, esta afirmação carece de comprovação científica.

Apesar dos usos medicinais mencionados neste texto, utilizando a Pilea microphylla, não há informações sobre sua biologia e eficácia terapêutica.

Seu caule herbáceo

Como preparar

Preparado em chá e tomado de duas a três vezes ao dia. Baixa toxicidade.

Usos culinários

Pode ser consumida in natura, em refogados e saladas.

Sua rusticidade permite seu desenvolvimento em quase qualquer ambiente. No detalhe, ela nasceu entre as rachaduras no concreto.

Erros mais comuns no cultivo

  • Excesso de água: Regar em excesso pode levar ao apodrecimento das raízes. É importante permitir que o solo seque entre as regas.
  • Luz inadequada: Expor a planta à luz solar direta intensa pode causar queimaduras nas folhas, enquanto a falta de luz pode resultar em crescimento fraco e perda de folhagem.
  • Solo inadequado: O solo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica. Um solo compactado ou mal drenado pode causar problemas de raiz.
  • Falta de poda: Não podar a planta regularmente pode resultar em um crescimento desigual ou desordenado.
  • Pragas e doenças: Pulgões, ácaros e cochonilhas são pragas comuns que podem afetar a brilhantina se não forem controladas. Além disso, problemas fúngicos podem surgir em solos muito úmidos.
  • Nutrição inadequada: Falta de adubação ou adubação excessiva pode afetar negativamente o crescimento e a saúde da planta.

Contraindicações

A planta não possui efeito tóxico agudo. Porém, o seu uso indiscriminado e prolongado pode ser prejudicial à saúde, devido à possível formação de micronúcleos diretamente causados por mutações no DNA ou indiretamente, devido à inibição da polimerização dos microtúbulos, ocasionando provável citotoxicidade. Desta forma, o conselho é: Utilize quando quiser, mas sem exageros.

Atenção: Não é recomendável a utilização de qualquer planta para fins medicinais ou culinários, sem antes: 1. estar seguros de sua correta identificação; 2. de conhecer sua procedência; e 3. saber todos os efeitos que a espécie em questão possa ter saúde na humana. Na dúvida, não faça uso da planta e consulte um médico.

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